Pelo menos 1.103 pessoas fugindo de situações de insegurança no Mali entraram na Mauritânia, publicou em novo relatório, na sexta-feira (26), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). A agência acrescentou que as condições enfrentadas pelos recém-chegados são “difíceis” e que 7.310 refugiados já foram contabilizados desde 24 de outubro. Desse total, 19% são mulheres adultas e 68% são crianças.
O fluxo de refugiados da Mauritânia nos últimos dois meses ocorre após um bloqueio de um grupo jihadista que conturbou o cotidiano na capital do Mali, Bamako, e em outras regiões do país. O Mali tem visto vários bloqueios desse tipo nos últimos meses, realizados por jihadistas do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM), ligado à Al-Qaeda.
O grupo comete atos violentos desde 2012, mergulhando o Mali em um estado contínuo de insegurança, agravado pela atividade de gangues criminosas.
Em meio a esse cenário, desde o final de outubro há um fluxo constante de refugiados para a Mauritânia vindos do Mali, onde a situação de segurança permanece “muito instável”, segundo o ACNUR. A agência relata dificuldades na identificação dos refugiados, uma vez que a fronteira entre os países é extensa e porosa.
A agência contabilizou 188 famílias entrando na Mauritânia esta semana e um total de 1.161 famílias desde 24 de outubro, mas acrescentou que os números reais provavelmente são maiores.
Segundo a ACNUR, como muitos usam pontos de passagem informais para entrar na Mauritânia, é difícil identificá-los, registrá-los e fornecer ajuda.
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