quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Saúde e populações migrantes: RESP debaterá tema no dia 21 de agosto; participe!


No dia 21 de agosto, às 13h, a Rede de Escolas de Saúde Pública da América Latina (RESP) vai promover o webinário Desafios na saúde para populações migrantes. O evento será transmitido pelo canal da RESP no Youtube


O webinário vai contar com as palestras do coordenador de Unidade de Saúde e Migração da Organização Internacional para as Migrações, Carlos Van der Laat; e da pesquisadora do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves/ENSP), Cristiane Andrade.

O evento será moderado pela professora e pesquisadora da Escola de Saúde Pública da Universidade da Costa Rica, Karol Rojas. 

"A migração não deve ser vista como um problema de saúde pública, pois ela é considerada um direito humano. A Lei Brasileira de Migração 13.445/2017 explicita a necessidade de não criminalização das migrações, bem como não discriminar suas motivações, reiterando a acolhida humanitária no país às pessoas migrantes. A partir desta legislação, também podemos encontrar o direito ao acesso aos serviços de saúde, assistência social, previdência social e ao trabalho digno, dentre outros. Portanto, é preciso que o nosso sistema de saúde pública esteja preparado para cuidar das pessoas migrantes, com respeito às culturas, às línguas, às histórias psicossociais de cada uma(um) que esteja no país. Por isso, a necessidade de políticas públicas de saúde para o acesso e a permanência no SUS, sobretudo, pensando na participação política de migrantes, refugiadas(os) e apátridas pelo direito à saúde", defendem as pesquisadoras do Claves/ENSP, Cristiane Andrade e Fernanda Ribeiro.

Segundo elas, os processos migratórios são heterogêneos e complexos, mesmo dentro de um grupo de migrantes de uma mesma nacionalidade: "O que tem sido reiterado pela literatura, de maneira geral, é que as pessoas pobres, negras, indígenas, mulheres e crianças, por exemplo, são as que mais são impactadas pelas opressões do racismo, sexismo, xenofobia e de outras violências nas suas trajetórias como migrantes. Neste sentido, fica cada vez mais evidenciada a importância de pensar o tema por meio dos subsídios dos estudos interseccionais e dos feminismos decoloniais, pois trazem as discussões das opressões e das inter-relações do colonialismo e das colonialidades nas vidas de migrantes ainda hoje".

nforme.ensp.fiocruz.br

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