terça-feira, 20 de junho de 2023

Dia Mundial dos Refugiados pede mais apoio aos países anfitriões

 Secretário-geral da ONU, António Guterres, destaca que tema da celebração neste ano, “Esperança Longe de Casa”, faz apelo por mais oportunidades; chefe do Acnur, Filippo Grandi pede comprometimento com inclusão de pessoas que buscam abrigo.

As Nações Unidas marcam o Dia Mundial dos Refugiados neste 20 de junho. Em mensagem para a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, ressalta que mais de 100 milhões de pessoas que vivem em países abalados por conflitos, perseguições, fome e caos climático foram forçadas a fugir de suas casas.

Ele destaca que “não são apenas números”, são mulheres, crianças e homens que fazem viagens difíceis e muitas vezes enfrentam violência, exploração, discriminação e abuso. 

Apoio aos refugiados

Para Guterres, a celebração alerta que é dever de todos proteger e apoiar os refugiados, criando soluções para realojar pessoas e apoiar famílias a reconstruir suas vidas com dignidade.

O secretário-geral das Nações Unidas cita o Pacto Global para Refugiados, que prevê mais apoio internacional aos países anfitriões para aumentar o acesso à educação de qualidade, ao trabalho digno, à assistência médica, ao alojamento e à proteção social. 

Ao revelar o tema desse ano, “Esperança Longe de Casa”, o chefe da ONU faz um apelo ao mundo para que aproveite a esperança que os refugiados carregam nos seus corações.

Quênia como anfitrião

O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, está marcando a data com uma visita ao Quênia. Filippo Grandi esteve no campo de refugiados de Kakuma, e conheceu somalis que estão reconstruindo sua vida no país.

Grandi afirma que os quenianos acolheram generosamente refugiados por mais de 30 anos. Em diversas viagens pelo país, o alto comissário afirma ter visto o impacto para melhorar as condições dos refugiados e das comunidades de acolhimento.

Com essa passagem, ele quer destacar ao resto do mundo que é possível fazer mais para oferecer esperança, oportunidades e soluções aos refugiados, onde quer que estejam e seja qual for o contexto. 

Hawaye Ibrahim com seu filho Manane, que foi atacado por milicianos em sua casa em Darfur, Sudão. Agora estão refugiados no Chade.
UNHCR VIDEO
 
Hawaye Ibrahim com seu filho Manane, que foi atacado por milicianos em sua casa em Darfur, Sudão. Agora estão refugiados no Chade.

Inclusão e apoio aos países anfitriões

O Acnur defende que a inclusão é a melhor forma de apoiar os refugiados no exílio, prepará-los para que possam ajudar na reconstrução de seus países quando as condições permitirem seu retorno, ou para prosperar caso sejam reassentados em outro país.

No entanto, a agência reforça que os países anfitriões não podem fazer isso sozinhos: a comunidade internacional deve intensificar e fornecer os recursos financeiros para permitir a implementação de políticas. 

Para Grandi, é necessário mais comprometimento para incluir refugiados na sociedade, seja em escolas, locais de trabalho, sistemas de saúde e além, permitindo que os refugiados possam recuperar a esperança longe de casa.

Assim, ele faz um chamado para que líderes cumpram com sua responsabilidade de intermediar a paz para que a violência pare e os refugiados possam voltar para casa com segurança e voluntariamente.

O chefe do Acnur conclui pedindo aos governos por mais oportunidades de reassentamento de refugiados desesperadamente necessitados.


Onunews


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