O papa Francisco citou os imigrantes, as crianças vítimas de
violência e as vítimas de conflitos pelo mundo em sua tradicional mensagem
"Urbi et Orbi" proferida no dia de Natal, no Vaticano.
Como de costume na mensagem "Urbi et Orbi"
("À Cidade de Roma e ao mundo inteiro", na tradução), o Papa pediu
paz para vários países que enfrentam situações de guerra, conflitos étnicos,
religiosos ou perseguições.
"Que Cristo seja
luz para as tantas crianças que sofrem com a guerra e os conflitos no Oriente
Médio e em vários países do mundo. Que seja conforto para o amado povo sírio,
que ainda não viu o fim das hostilidades que laceraram o país nesta
década", disse Francisco.
"Inspire hoje os
governantes e a comunidade internacional a encontrarem soluções que garantam a
segurança e a convivência pacífica dos povos da região e coloque fim aos seus
sofrimentos".
Mencionando cada um dos
países, o Papa citou a Terra Santa, o Líbano, a Venezuela, a Ucrânia e a
República Democrática do Congo.
"Que o Senhor Jesus
seja luz para a Terra Santa, onde ele nasceu e onde os povos esperam dias de
paz e segurança", ressaltou. "Para o Iraque e para o Iêmen, que sofre
uma grave crise humanidade. Penso nas crianças do Iêmen", completou o
Papa.
"Que Jesus seja apoio
ao povo libanês para que possa sair da atual crise e recupere a sua vocação de
ser uma mensagem de liberdade e de harmonia coexistência para todos",
pediu o argentino Jorge Mario Bergoglio.
O Papa também se referiu
às tensões na América devido aos recentes protestos em massa dos últimos meses.
"Que a esperança do
pequeno Menino de Belém para todo o continente americano, no qual diversas
nações estão atravessando uma temporada de movimentos sociais e
políticos".
"Que cuide do caro
povo da Venezuela, colocado longamente à prova por tensões políticas e sociais,
e não deixe faltar a ajuda que eles precisam", enfatizou.
Na mensagem, lida do
balcão da Praça São Pedro, o Papa desejou que o Natal "favoreça os
esforços dos que estão atuando pela justiça e reconciliação para superar as
várias crises e as tantas formas de pobreza que ofendem a dignidade de qualquer
pessoa".
"Que seja paz para
a população que vive nas regiões orientais da República Democrática do Congo,
agredida por persistentes conflitos", disse.
"Para a querida
Ucrânia, que ambiciona uma solução concreta de paz duradoura", pediu
Francisco. "Para o povo da África, que sofre situações políticas e obriga
as pessoas a imigrarem, privando-as de uma casa e de uma família".
No final da mensagem, o
Papa fez um apelo em nome dos imigrantes, dos pobres e das crianças vítimas de
violências e abusos.
"O Filho de Deus,
descido dos Céus para a Terra, defenda e apoio todos que, devido a essas e
outras injustiças, devem migrar, na esperança de uma vida segura. É a injustiça
que os obriga a atravessar desertos e mares, transformados em cemitérios. É a
injustiça que os abriga a enfrentar indizíveis, escravidão de todos os tipos e
tortura em campos de detenção desumanos. É a injustiça que os tira do lugar
onde poderiam ter esperança de uma vida digna", afirmou, referindo-se à
crise imigratória, um dos principais temas do Pontificado de Francisco.
"Seja luz para toda
a humanidade ferida. Degele nosso coração, muitas vezes duro e egoísta, e o
torne um instrumento do seu amor. Através dos nossos rostos pobres, dê o seu
sorriso às crianças do mundo todo: às abandonadas e às que sofreram
violência", pediu.
"Através dos nossos
braços fracos, vista os pobres que não têm com o que se cobrirem, dê pão aos
famintos e cura aos enfermos", ressaltou.
A mensagem "Urbi et
Orbi" encerra o calendário de celebrações de Natal do papa Francisco.
Radio Vaticano
www.miguelimigrante.blogspot.com
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