segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Encontro global sobre refugiados começa em Genebra após década de deslocamento

Refugiado sírio de Deir ez-Zor carrega cobertores após distribuição do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Foto: ACNUR/Diego Ibarra Sánchez
Refugiado sírio de Deir ez-Zor carrega cobertores após distribuição do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Foto: ACNUR/Diego Ibarra Sánchez
Um encontro global de três dias, destinado a transformar a maneira como o mundo responde às situações de refugiados, começa hoje segunda-feira (16) em Genebra, na Suíça.
O primeiro Fórum Global de Refugiados reúne refugiados, chefes de Estado e de governo, líderes da ONU, instituições internacionais, organizações de desenvolvimento, líderes empresariais e representantes da sociedade civil, entre outros, no Palácio das Nações, casa do Escritório das Nações Unidas, em Genebra.
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) é co-organizadora do Fórum junto com a Suíça. O evento está está sendo convocado por Costa Rica, Etiópia, Alemanha, Paquistão e Turquia.
O objetivo do Fórum é gerar novas abordagens e compromissos de longo prazo de vários atores para ajudar os refugiados e as comunidades em que vivem.
Em todo o mundo, mais de 70 milhões de pessoas foram deslocadas por guerras, conflitos e perseguições. Mais de 25 milhões deles são refugiados, tendo sido forçados a cruzar fronteiras internacionais e impossibilitados de voltar para suas casas.
“Estamos emergindo de uma década de deslocamento, em que o número de refugiados aumentou”, disse o alto-comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi.
“Nesta semana, no primeiro Fórum Global sobre Refugiados, devemos concentrar nossos esforços na próxima década no desenvolvimento do que aprendemos e em ações para apoiar os refugiados e os países e comunidades que os hospedam.”
“Este Fórum é uma oportunidade de atestar nosso compromisso coletivo com o Pacto Global sobre Refugiados e apoiar as aspirações dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de não deixar ninguém para trás.”
As contribuições feitas no Fórum devem incluir assistência financeira, técnica e material; mudanças legais e políticas para permitir uma maior inclusão de refugiados na sociedade; locais de reassentamento e o retorno seguro para os refugiados como parte das soluções.
“Precisamos de mais ajuda como essa”, disse Joelle Hangi, da República Democrática do Congo, que é uma das patrocinadoras de refugiados do Fórum.
“Já existem muitos exemplos de cooperação — mas com o aumento do número de refugiados, precisamos de mais pessoas para nos apoiar, mais governos, empresas e comunidades para compartilhar a responsabilidade de ajudar os refugiados. É assim que iremos recuperar nossa liberdade e independência e retribuiremos aqueles que vieram para nos auxiliar.”
Os três dias de discussões, eventos especiais e diálogos de alto nível em Genebra se concentrarão em seis áreas principais: arranjos para compartilhamento de encargos e responsabilidades, educação, empregos e meios de subsistência, energia e infraestrutura, soluções e capacidade de proteção. Haverá muitas oportunidades para compartilhar uma série de iniciativas e boas práticas demonstrando como o Pacto Global sobre Refugiados pode fazer a diferença.
ONU
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