Numa conferência de imprensa conjunta, os chefes da diplomacia dos quatro países salientaram que este "plano integrado de desenvolvimento" para a América Central é "o primeiro esforço regional" que sai do pacto global para a migração, que foi hoje adotado formalmente numa conferência intergovernamental em Marraquexe (Marrocos) por mais de 150 países, incluindo Portugal.
"Esta é a primeira e a mais importante aplicação do pacto", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard, avançando que o México prevê aplicar cerca de 30 milhões de dólares em investimento neste plano.
Os chefes da diplomacia de El Salvador, Guatemala e Honduras frisaram, por sua vez, que este plano regional pretende, entre outros aspetos, "ir ao fundo" das causas estruturais que desencadeiam os fluxos migratórios e assegurar a proteção dos migrantes em trânsito.
"Devemos mostrar ao mundo que é possível, é tangível e será mais eficaz que todas as medidas de contenção", referiu o recém-nomeado Marcelo Ebrard, destacando ainda que esta abordagem representa "uma mudança de paradigma do México em relação à migração".
Milhares de migrantes, provenientes de países da América Central como Honduras, El Salvador ou Guatemala, iniciaram em outubro passado uma longa e dura jornada rumo aos Estados Unidos.
Fugir da miséria, da violência de grupos criminosos organizados e alcançar o 'sonho americano' são as principais motivações destas pessoas.
Esta movimentação em massa de migrantes, que foi apelidada como a "marcha dos migrantes", começou nas Honduras, mas depois alastrou-se a outros países da região.
Depois de muitos quilómetros percorridos a pé, milhares de centro-americanos estão concentrados em Tijuana, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
A conferência intergovernamental dedicada ao pacto global para a migração e promovida pela ONU termina na terça-feira em Marraquexe.
DN
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