quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Presidente da Assembleia Geral da ONU quer mais apoio a imigrantes

Foto: Arquivo/AFP
"O pacto permite uma enorme flexibilidade para os países usarem as partes do pacto que podem ser adaptadas às suas decisões soberanas e estruturas legais existentes”, disse.

“É um instrumento de cooperação", acrescentou Espinosa, na sede da ONU, em Nova York.

A reação ocorre no momento em que líderes europeus e norte-americanos estabelecem uma série de restrições ao ingresso de imigrantes nos seus territórios. Decisão que agrava a situação de vulnerabilidade daqueles que buscam escapar das condições impróprias em seus países e na tentativa de melhor qualidade de vida.

Pacto Global  
Maria Espinosa descreveu o Pacto Global para a migração como um acordo histórico que ajudará a garantir que os migrantes em todo o mundo tenham seus direitos salvaguardados e sejam tratados de forma justa.

O assunto deve ser tratado, em dezembro, durante conferência em Marrakesh, no Marrocos. Na ocasião serão discutidos os objetivos para tornar a migração segura, ordenada e regular; aborda as preocupações dos governos signatários e reforça a soberania nacional e as vulnerabilidades enfrentadas pelos migrantes.

“A migração é parte da maneira como o mundo se desenvolve, interage e interconecta. Vimos recentemente fluxos migratórios incomuns que precisam ser enfrentados e resolvidos multilateralmente. E a resposta é justamente o Pacto Global”, ressaltou.

Maria Espinosa destacou que as decisões dos governos dos estados membros devem ser respeitadas: “Entendemos completamente a decisão de alguns países que decidiram não estar prontos para se comprometerem, e talvez seja porque estão levando a migração do problema muito a sério e precisam ter mais discussões e conversas internamente.”

Mudanças climáticas
Maria Espinosa também destacou a importância da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida pela taquigrafia COP24, a ser realizada em Katowice, na Polônia, em dezembro.

Segundo a presidente da Assembleia Geral da ONU, a mudança climática é como uma “questão de sobrevivência”. A ação urgente no meio ambiente é uma de suas prioridades.

Ressaltou que o mundo precisa avançar o mais rápido possível para uma economia verde, gerando tecnologias de baixo carbono, que produzirão milhares de empregos a mais. Uma mudança cultural nos padrões de produção e consumo é necessária se quisermos evitar que as temperaturas subam mais de 1,5º Celsius, finalizou.

Diario de Pernambuco
www.miguelimigrante.blogspot.com

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