quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Coral de crianças refugiadas participa de concertos de maestro João Carlos Martins em SP

O coral de crianças refugiadas Somos Iguais participará dos concertos de fim de ano do pianista e maestro brasileiro João Carlos Martins, que se encantou com projeto e decidiu incluir o grupo infanto-juvenil em quatro de suas apresentações em São Paulo.
Maestro João Carlos Martins com criança refugiada de Angola que vive no Brasil Foto: Projeto Somos Todos Iguais
Maestro João Carlos Martins com criança refugiada de Angola que vive no Brasil Foto: Projeto Somos Todos Iguais
O coral de crianças refugiadas Somos Iguais participará dos concertos de fim de ano do pianista e maestro brasileiro João Carlos Martins, que se encantou com projeto e decidiu incluir o grupo infanto-juvenil em quatro de suas apresentações em São Paulo.
Formado por 25 crianças refugiadas de Síria, Congo e Angola, o coral Somos Iguais é parte de um projeto idealizado pela voluntária de causas sociais Daniela Guimarães com o objetivo de ajudar pessoas vítimas de guerras e perseguições a reconstruir suas vidas no Brasil.
As apresentações acontecem nos dias 16, 17 e 18 de dezembro, no Teatro Santander, em São Paulo.
“O maestro foi de uma generosidade emocionante. Não hesitou um momento e embarcou, trazendo consigo a Fundação Bachiana. Tem sido um sonho, mas temos um longo caminho pela frente”, disse Daniela Guimarães, responsável pelo coral e pela iniciativa denominada Projeto Humanitário.
“Estamos ensaiando há 40 dias e o desenvolvimento tem sido extraordinário”, declarou o maestro. “Ter ao lado uma orquestra de ponta é algo que certamente ficará marcado na memória destas crianças para sempre”, completou, referindo-se à Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP, da qual é fundador e maestro titular. “A música tem um poder multiplicador incrível”.
Em sua participação, o coral interpretará a cantiga popular “Se Essa Rua Fosse Minha” e “The Lord Be Magnified”, do norte-americano Ron Kenoly. No programa, ainda há músicas eruditas de grandes compositores como Johann Sebastian Bach e repertório dos Três Tenores – Plácido Domingo, Luciano Pavarotti e José Carreras – como “Amigos Para Siempre” e “Nessun Dorma”.
Para percorrer o repertório dos Três Tenores originais, a Bachiana traz três tenores atuais: Jean William, Marcus Loureiro e Daniel Soufer. No domingo (17), a apresentação conta ainda com participação do cantor Tony Allysson.
Para contar a trajetória do Coral Somos Iguais, será montada uma exposição de fotografias e textos, os quais os espectadores poderão conferir antes das apresentações. A história está sendo registrada também em vídeo, que irá gerar um documentário em 2017.
O Projeto Humanitário foi reconhecido e ganhou apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). O Coral Somos Iguais é o passo mais recente e tem como foco principal a moradia.
O Brasil abriga hoje cerca de 9 mil refugiados de 79 nacionalidades e aproximadamente 26 mil solicitantes, de acordo com números do governo federal. O país teve papel pioneiro e de liderança na proteção internacional dos refugiados e é mundialmente reconhecido como um país acolhedor.
Ainda assim, as dificuldades são grandes. Os primeiros obstáculos são a língua e a cultura. Os principais problemas são comuns aos brasileiros: dificuldade em conseguir emprego, acesso à educação e aos serviços públicos de saúde e moradia.
Onu.BR
www.miguelimigrante.blogspot,com

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