O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de
Porto Alegre (STICC POA), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores
(UGT), em parceria com a Internacional da Construção e da Madeira (ICM),
promoveram em 12 de dezembro, a Festa de Natal dos Imigrantes.
O evento que aconteceu no Centro de Tradições Gaúchas (CTG), Pousada da
Figueira, reuniu 500 haitianos e senegaleses que, mesmo longe dos seus países
de origem e de seus familiares, puderam matar um pouco da saudade por meio da
companhia de seus amigos, as músicas e danças típicas.Durante o evento, uma
parceria foi firmada entre o STICC e o ICM em que toda a contribuição sindical
recolhida pelos imigrantes haitianos em Porto Alegre será destinada a seus
países de origem, com o objetivo de que lá o recurso seja usado para qualificar
os profissionais e diminuir a evasão.
“Esperamos que com isso mais sindicatos no Brasil e no mundo se
solidarizem com a gente e vejam as condições como vivem e trabalham esses
imigrantes”, disse Gelson Santana, presidente do Sindicato da Construção
Civil.
Segundo Nilson Nilton, representante regional da ICM para a América
Latina e Caribe, a iniciativa busca criar condições sustentáveis para o
desenvolvimento da indústria da construção no Haiti, com trabalho decente, com
proteção social e com saúde e segurança laboral. “A ideia é que dessa forma as
pessoas não precisem sair das suas casas, abandonar suas famílias e viver em
maiores dificuldades em outros países”, diz.
O presidente do STICC, Gelson Santana, destacou que cerca de 80% dos
trabalhadores migrantes no RS são oriundos do Haiti e o restante são da África,
atuando principalmente da construção civil. Ele observou que é o segundo ano de
realização do evento para “mostrar que o povo gaúcho é caloroso, amigo e
parceiro”. O grande objetivo, frisou, é dar “um exemplo para o mundo do que é
cuidar das pessoas”.
O dirigente recordou que os migrantes entram no país mas os governos
depois não prestam a devida assistência. “Queremos que eles façam uma reflexão
sobre a sua força e entendam que são capazes de construir uma nova realidade
para as suas vidas”, concluiu.
Fonte: UGT - 15/12/2016
www.miguelimigrante.blogspot.com
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