Foto Wikipedea
O Chile expulsará imigrantes irregulares que não forneceram
seus dados a um plano de registro biométrico voluntário, anunciou na
quinta-feira (30) o presidente Gabriel Boric, ao endurecer seu discurso contra
a migração irregular.
"Aqueles que estão irregulares no Chile, vamos
expulsá-los", disse Boric, durante uma cerimônia que apresentou um plano
para reforçar as tarefas das forças policiais no controle territorial,
desenvolvido perante ao aumento nos índices de criminalidade e aos registros
inéditos sobre a percepção de insegurança pública entre a população.
O líder esquerdista ordenou às autoridades policiais que
detenham e expulsem, no prazo de cinco dias, os imigrantes irregulares que
tenham mandado de detenção pendente.
"Em relação aos estrangeiros que estejam em situação
irregular e não tenham concluído o registro voluntário, embora não tenham um
mandado de detenção contra eles, será emitida uma ordem de expulsão",
especificou Boric.
Este ano, o governo promoveu um plano de registro biométrico
para estrangeiros irregulares. O processo, que já foi concluído, conseguiu
armazenar os dados de 127.000 pessoas.
A iniciativa focou em corrigir o déficit de informação sobre
a identidade dos estrangeiros que entraram irregularmente no Chile nos últimos
cinco anos, a grande maioria vindos da Venezuela.
No Chile, o aumento da imigração irregular prevalece em
debate, após uma série de casos policiais com estrangeiros envolvidos ganharem
uma grande repercussão - como o ataque com uma granada contra um agente da
polícia, em 19 de Novembro.
A oposição da direita ameaçou iniciar um julgamento político
contra a ministra do Interior e Segurança, Carolina Tohá, caso não seja
concluída a expulsão de 12 mil migrantes irregulares antes do final do ano.
O território chileno registra desde 2017 um aumento
exponencial na chegada de migrantes provenientes da Venezuela, milhares dos
quais cruzaram a fronteira através da Bolívia ou do Peru através de passagens
clandestinas.
Segundo estimativas oficiais, dos 1,7 milhão de estrangeiros
que chegaram ao Chile nos últimos anos - quase metade são venezuelanos.
O projeto da nova Constituição, que os chilenos deverão
votar em plebiscito no dia 17 de dezembro, contém um artigo que exige a
expulsão de migrantes irregulares no menor tempo possível.
folhape.com.br
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