sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Mulheres refugiadas compartilham experiências sobre empreendedorismo em São Paulo

Os meios para formalização da atividade profissional de refugiadas no Brasil foi um dos temas do encontro, promovido em parceria com Migraflix e MRV. Foto: ACNUR | Fellipe Abreu.
Os meios para formalização da atividade profissional de refugiadas no Brasil foi um dos temas do encontro, promovido em parceria com Migraflix e MRV. Foto: ACNUR | Fellipe Abreu.
Os meios para formalização da atividade profissional de refugiadas no Brasil foi um dos temas do encontro, promovido em parceria com Migraflix e MRV. Foto: ACNUR | Fellipe Abreu.

O empreendedorismo de mulheres refugiadas foi tema de mais um workshop do Projeto Empoderando Refugiados, realizado em São Paulo, no Museu da Imigração, na última segunda-feira (28).
O encontro, realizado em parceria com Migraflix e MRV, reuniu profissionais do mercado para um diálogo sobre refúgio e empreendedorismo com as atuais participantes do projeto.
Empoderando Refugiados é uma iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global, Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e ONU Mulheres com foco na empregabilidade de mulheres em situação de refúgio no Brasil.
Com a mediação de profissionais do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o encontro contou com um painel de discussão que tratou sobre o modo como mulheres refugiadas podem começar um novo negócio no Brasil ou formalizar a atividade profissional que já exercem.
Duas participantes de edições anteriores do Empoderando Refugiadas puderam compartilhar suas experiências na área do empreendedorismo gastronômico.

Emprego decente para refugiadas e migrantes

Yilmara e Ghazal, ex-participantes do Empoderando Refugiadas, compartilharam suas experiências com o empreendedorismo gastronômico. Foto: ACNUR | Fellipe Abreu.
Yilmara e Ghazal, ex-participantes do Empoderando Refugiadas, compartilharam suas experiências com o empreendedorismo gastronômico. Foto: ACNUR | Fellipe Abreu.
Yilmara, refugiada venezuelana, hoje é proprietária de um buffet que serve comidas típicas de seu país em São Paulo. Ela afirma que gerenciar um negócio em outro país é um desafio constante.
“Comecei procurando informação sobre como começar um negócio no Brasil e me cadastrei para fazer cursos. Empreender e desenvolver um negócio é dia a dia, um empreendedor precisa sempre revisar, analisar e pesquisar o que está dando certo e o que não está”, compartilhou Yilmara com a plateia.

Diante dos desafios de empreender, a ajuda que recebeu de brasileiros foi o que encorajou Ghazal, refugiada síria, a iniciar seu negócio de comida árabe no Brasil.
“Quando cheguei no país, há seis anos, foi difícil, é claro. Não falava português, não conhecia ninguém. Mas, com o tempo, conheci brasileiros que me ajudaram, e comecei a trabalhar fazendo comida em casa para encomendas e festas”, declarou Ghazal.

O encontro contou ainda com a participação da Migraflix – que aplicou uma metodologia de planejamento de negócios junto às refugiadas, e com representantes das empresas Airbnb; Consulado da Mulher (iniciativa da Cônsul/Whirpool); e Uber Eats, que apresentaram suas plataformas de incentivo ao empreendedorismo e como elas podem auxiliar quem deseja empreender no Brasil.

Sobre o Empoderando Refugiadas

Chegando, neste ano, em sua quarta edição, o Projeto Empoderando Refugiadas atende a mulheres em situação de refúgio em São Paulo (SP) e em Boa Vista (RR).
Além da série de workshops temáticos, o projeto também prevê sessões de mentoria e encontros de empregabilidade com empresas brasileiras.

A seleção das participantes é feita em parceria com o Programa de Apoio para Recolocação de Refugiados (PARR) – iniciativa da empresa EMDOC. Outros parceiros estratégicos são a Fox Time; o Grupo Mulheres do Brasil; a Migraflix; a We Work; e a Caritas São Paulo.

O Empoderando Refugiadas conta com o apoio da ABM AMRO; Carrefour; Conselho Britânico; Facebook; MRV; Lojas Renner; e Sodexo.

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