sábado, 3 de abril de 2021

De vários lugares da terra, imigrantes vieram formar a potência chamada Suzano

 


 Vindos da terra do Sol Nascente, os primeiros imigrantes japoneses, a bordo do navio Kasato Maru, desembarcaram no porto de Santos em 18 de junho de 1908. De lá para cá, outros navios com japoneses também chegaram ao Brasil, e as colônias foram crescendo e se espalhando por todo país. Suzano é uma das cidades brasileiras que mais receberam influências da cultura japonesa durante a imigração.

Os primeiros japoneses a se instalarem em Suzano foram Kisaku Haguihara e Noriyuki Oshima e dedicaram-se à agricultura. Hoje a população nipo brasileira no município tem cerca de 1,5 mil famílias.  A participação da colônia japonesa na história, na cultura e no desenvolvimento da cidade foi grande. Por exemplo, Pedro Miyahira, que foi prefeito de Suzano na década de 1970, viabilizou a vinda de indústrias japonesas para a cidade, segmento econômico que se destaca no município até os dias de hoje.

Suzano conta com clubes que mantêm as tradições, promovendo eventos esportivos e culturais, como a Festa da Cerejeira. Os principais clubes nipônicos são: Bunkyo Suzano (Associação Cultural Suzanense); ACEAS Nikkey (Associação Cultural, Esportiva, Agrícola de Suzano); Associação Fukuhaku; Associação Fukushima; Clube Agrícola Boa Vista; e Clube Agrícola Cultural e Esportivo Guaió.

Pela influência religiosa, há três templos na cidade com arquitetura oriental, são eles: Igreja Shingonshu Kongoji; Templo Honpa Hongwanji de Suzano e Templo Budista Nambei Shingonshu Daigozan Jomyoji, sendo que esse último foi inteiramente construído de madeira, sem pregos, conforme as construções budistas do Japão.

A cultura pop japonês também toma conta das ruas de Suzano. A cidade já recebeu ao menos nove monumentos do anime Pokémon, o que rendeu para a cidade, em 2018, o título de ‘Pallet Town’ brasileira, ou a ‘capital nacional’ do Pokémon, em referência à fictícia cidade natal do protagonista Ash.

Até no hino da cidade a influência da imigração fica em evidência. Em um dos trechos o autor diz: “De vários lugares da Terra, vieram imigrantes formar potência ditosa que encerra a grande paz de um altar. Trouxeram nas mãos uma flor, trouxeram indústrias, também, hoje a Cidade Progresso se orgulha dos filhos que tem.”

Festas tradicionais japonesas fazem parte do calendário suzanense, como a Festa da Dália e a Festa da Cerejeira.

GAZETA bateu um papo com Reinaldo Katsumata, o presidente do Bunkyo Suzano. A entidade completou nesse ano 84 anos de existência, ou seja, é mais velha que a emancipação político- administrativa de Suzano, que comemora nesta sexta-feira (2) 72 anos.

“Como está no hino da cidade, os imigrantes, sejam eles de qualquer nacionalidade, inclusive japonesa, foram fundamentais para a cidade. Mas independente da origem, somos todos suzanenses”, ressaltou.

Ele destacou a presença na política e contribuição da colônia japonesa no desenvolvimento da cidade e falou sobre os desejos que tem para a população suzanense neste aniversário.

“Desejamos que esse ano seja de muita saúde e que os governantes consigam vacinar a população contra a Covid-19 até o final do ano, para que nós tenhamos o novo normal.”


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