O ACNUR, Agência da ONU para Refugiados e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) estão profundamente consternados com a perda de pelo menos duas vidas após um barco ter naufragado na costa da Venezuela na última quinta-feira, 22 de abril.
Segundo as autoridades locais, pelo menos 24 pessoas, incluindo várias crianças, estavam a bordo do barco que se dirigia para a nação caribenha de Trinidad e Tobago. Sete pessoas foram resgatadas por navios comerciais venezuelanos e dois corpos foram recuperados até o momento. As operações de resgate ainda estão em andamento para encontrar outros sobreviventes entre os 15 venezuelanos que ainda não foram localizados.
“As águas do Mar do Caribe continuam ceifando a vida dos venezuelanos”, disse Eduardo Stein, Representante Especial Conjunto do ACNUR e da OIM para Refugiados e Migrantes da Venezuela. “À medida que as condições no país pioram, situação agravada pela pandemia de Covid-19, as pessoas continuam a fazer viagens arriscadas.”
Este é o mais recente de vários incidentes envolvendo o naufrágio de barcos que transportavam refugiados e migrantes venezuelanos para as ilhas do Caribe. Em dezembro de 2020, foi relatado outro naufrágio perto da cidade venezuelana de Guiria.
Com as fronteiras terrestres e marítimas ainda fechadas para limitar a transmissão da COVID-19, essas viagens são realizadas principalmente por rotas irregulares, o que aumenta os perigos e riscos à saúde e proteção.
“Naufrágios, mortes trágicas em fronteiras e mais sofrimento são evitáveis, mas apenas se uma ação internacional imediata e coordenada for mobilizada para encontrar soluções pragmáticas que tornem salvar vidas e proteger os direitos humanos as prioridades de qualquer resposta”, acrescentou Stein.
“O estabelecimento de vias regulares e seguras, inclusive por meio de vistos humanitários e de reunião familiar, bem como a implementação de sistemas de entrada sensíveis à proteção e mecanismos de recepção adequados, podem prevenir o uso de rotas irregulares, contrabando e tráfico”.
O ACNUR e a OIM reiteram sua disponibilidade em prestar apoio e conhecimento técnico na busca de soluções práticas para fornecer caminhos regulares que também levem em consideração as medidas de prevenção da COVID-19. O ACNUR e a OIM, colíderes da Plataforma de Coordenação Interinstitucional para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), trabalham com pelo menos 24 outros parceiros e governos do Caribe para atender às necessidades dos refugiados e migrantes na sub-região.
Existem mais de 5 milhões de refugiados e migrantes venezuelanos em todo o mundo e estima-se que 200 mil dessas pessoas estejam no Caribe.
Agência da ONU para Refugiados
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