sábado, 6 de junho de 2020

O INVESTIMENTO DOS IMIGRANTES

O Que Fazer na Ilha da Madeira: Onde fica, Como ir e Roteiros!
Em situações extremas, o ser humano luta pela sua sobrevivência e transborda atitudes e capacidades desconhecidas. Esta Pandemia da Covid19 é uma situação destas, quer pela sua afetação direta à nossa saúde como também pelas suas consequências económicas e sociais a que todos teremos de nos habituar.

Mas, a situação que se vive na Venezuela, é também uma situação extrema e ainda mais hoje que, além da Pandemia que assola ao mundo, não têm serviços de água e de eletricidade, ou sofrem de apagões que chegam a durar até mais de 12 horas; muitos não tem serviço de gás em casa; não há combustível para às viaturas; não tem serviços de saúde adequados e em condições; não possuem suficiente capacidade económica para adquirir alimentos e medicamentos, e por fim, já nem televisão por cabo têm.

    Neste momento, na nossa região residem aproximadamente 9000 portugueses, entre madeirenses que viveram na Venezuela e luso descendentes, que decidiram voltar para a Região Autónoma da Madeira em busca de uma melhor qualidade de vida e muitas vezes, sua própria sobrevivência.

    Durante o estado de emergência a associação foi confrontada com algumas situações que, embora já existiam antes da Covid19, ficaram agravadas com a Pandemia, nomeadamente, ilegalidades principalmente na área do direito de trabalho, que foram devidamente encaminhados à Inspeção Regional de Trabalho; carências alimentares apoiadas com a ajuda da Cáritas Diocesana do Funchal e do Banco Alimentar, assim como situações sociais encaminhadas à Segurança Social.

    Com a imigração surgem os medos, as desigualdades, os abusos de aqueles que tenta aproveitar-se dos mais “desinformados”, pela sua necessidade, pelo seu desconhecimento e pela sua ânsia de integração.

    No entanto, acredito que com a imigração, também se erguem aspetos muito positivos para a Madeira, enquanto região de acolhimento, não só ao nível do enriquecimento cultural, como também ao nível demográfico e económico, com a introdução de mão de obra qualificada em vários setores produtivos, com o surgimento de novos empreendimentos, que produzem uma maior dinamização à nossa economia.

    Temos vindo a verificar que, os venezuelanos e portugueses vindos da Venezuela estão disponíveis para trabalhar, onde e quando seja necessário e sempre com boa disposição. Chegam com espectativas para desenvolver novas ideias de negócios e novos empreendimentos, principalmente nas áreas de restauração e do turismo, apostando o seu futuro na nossa região, com e sem a COVID19.

    Contudo, alguns manifestam uma grande inquietude quanto a pouca informação dos processos e a excessiva burocracia administrativa, principalmente no que toca a licenças camarárias para a construção ou recuperação de imoveis, o que lês dificulta realizar o seu empreendimento como planificado e em tempo útil, perdendo em muitos casos além de dinheiro, o bem mais valioso, o tempo.

    Da nossa parte, continuaremos a sensibilizar às autoridades competentes para uma menor burocracia e um menor tempo de resposta na resolução dos problemas, a fim de evitar que os nossos imigrantes, assim como qualquer outro investidor, opte por preferir outras localidades para o seu investimento e continuem a apostar na nossa Região Autónoma da Madeira e o Porto Santo.
ANA CRISTINA MONTEIRO
Presidente da Venecom
JM-Madeira
www.miguelimigrante.blogspot.com

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