O trabalho dos refugiados acontece dentro do sistema nacional de parques da Guatemala, formado pelas florestas tropicais na maior área protegida da América Central, além de três reservas de biosfera e das ruínas do povo Maia – é nesse incrível cenário que alguns refugiados hondurenhos estão reconstruindo suas vidas depois de escaparem do recrutamento das facções violentas. “Quando eu era pequeno, costumava assistir programas de natureza na TV. Eram os meus favoritos. Esse trabalho é como estar dentro de um destes programas e eu sempre sonhei em fazer isso”, afirmou Josué, de 19 anos.
Uma das maiores dificuldades de refugiados em qualquer país do mundo é justamente encontrar emprego, e por isso a importância do trabalho. O ofício de guarda florestal na Guatemala inclui um período de 15 dias por mês nos quais os guardas dormem em acampamentos dentro dos parques, e passam 15 dias de folga, em casa. “Os guardas do parque protegem algo que pertence a toda a humanidade”, afirma Abel Santos, coordenador de um dos programas que defende crianças e media o trabalho.
Em Honduras, recusar o recrutamento para servir às facções violentas pode significar um decreto de morte – e por isso a fuga de milhares de jovens do país. O trabalho na Guatemala é de especial importância por se tratar de um dos países mais biodiversos do mundo, onde a preservação de florestas tropicais é mais urgente. “Nosso trabalho é realmente importante. Estamos salvando a vida dos animais e protegendo os recursos que pertencem a todos”, afirma Alejandro, outro jovem que encontrou no trabalho sua nova vida. As florestas guatemaltecas são ameaçadas pelo desmatamento, a extração ilegal de madeira, o comércio ilegal de animais silvestres, além dos efeitos das mudanças climáticas e da ação humana.
por: Vitor Paiva
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