AFP / Sebastian ENRIQUEZ
A Cepal
propôs nesta terça-feira a entrega de uma renda mensal básica de emergência de
143 dólares por seis meses a 215 milhões de latino-americanos pobres, os mais
afetados pela pandemia de coronavírus.
A
disseminação do vírus levará ao colapso das economias regionais este ano, com
uma queda média do PIB de 5,3%, o que trará 28,7 milhões de pessoas abaixo da
linha da pobreza, estima a agência
Nesse
contexto, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Eclac) - uma
agência técnica das Nações Unidas, com sede em Santiago - propôs a entrega
imediata de uma renda básica de emergência (IBE), com a perspectiva de
permanecer em o tempo de acordo com a situação de cada país.
"Isso é
especialmente relevante, pois a superação da pandemia levará tempo e as
sociedades deverão coexistir com o coronavírus, o que dificultará o
renascimento econômico e produtivo", disse Alicia Bárcena,
secretária-executiva da CEPAL, em uma coletiva de imprensa virtual.
Essa renda de
emergência (IBE) é equivalente ao custo per capita para adquirir uma cesta
básica e outras necessidades essenciais para a população que vive na pobreza em
2020, ou seja, 215 milhões de pessoas ou 34,7% da população regional.
A medida
implicaria em uma despesa adicional de 2,1% do PIB regional para cobrir todas
as pessoas que estarão na pobreza este ano. Segundo o relatório, os grupos
especialmente vulneráveis à crise socioeconômica derivada da pandemia são
mulheres e pessoas de estratos de baixa e média-baixa renda.
Segundo a
agência, os maiores aumentos na pobreza extrema ocorrerão no México, Nicarágua
e Equador, enquanto a pobreza em geral aumentará especialmente na Argentina,
México, Equador e Brasil.
Na América
Latina, o novo coronavírus causou mais de 20.000 mortes, mais da metade delas
no Brasil.
O México
registrou 3.353 mortes, seguidas pelo Equador, com 2.127.
A pandemia de
Covid-19 causou 280.000 mortes em todo o mundo e se espalhou para mais de 4
milhões de pessoas, de acordo com uma contagem diária.
AFP
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