Nos últimos 24 anos, o Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra) da Polícia Federal registrou mais de 37,2 mil pessoas vindas de outros países no Ceará, incluindo residentes permanentes, temporários e outras classificações. Entre esses mggrantes há médicos, professores, enfermeiros, economistas, fotógrafos, motoristas, biólogos, artistas, atletas, jornalistas, pescadores, mecânicos, estudantes e aposentados, de várias idades e continentes, trazendo uma rica bagagem cultural e profissional.
Os motivos para a migração variam: alguns vêm voluntariamente para estudar ou trabalhar, enquanto outros migram devido a crises em seus países de origem. Ao chegarem, muitos enfrentam dificuldades para encontrar emprego e preconceito da população local. Contudo, essa população migrante pode trazer contribuições significativas para a sociedade, desde investimentos na indústria, setor imobiliário e comércio até a introdução de novas culturas, idiomas e hábitos alimentares, conforme aponta Silvana Nunes de Queiroz, professora da Universidade Regional do Cariri (URCA) e coordenadora do Observatório das Migrações no Estado do Ceará (OMEC).
Além de enfrentar xenofobia e dificuldades de comunicação, um desafio comum para migrantes em todo o Brasil, incluindo no Ceará, é a validação de diplomas de ensino superior. “Quando conseguem empregos, muitas vezes são em posições precárias que não correspondem à sua formação, resultando em menores rendimentos”, afirma Silvana Nunes de Queiroz.
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