/LUCIANA ABDUR/DIVUULGAÇÃO/CIDADES
O município de Esteio, na Região Metropolitana, concluiu um mapeamento sobre o número de pessoas refugiadas e migrantes que se instalaram na cidade desde 2018. O número saltou de 240 há seis anos para 1.430, em 2024. Destes, 1.298 são oriundos da Venezuela. A pesquisa concluída, em 17 de outubro, pelo Mapeamento de Migrantes e Refugiados em Esteio, além de buscar saber quantos estrangeiros vivem em solo esteiense, visa, também, ter acesso, entre outras informações sobre país de origem e atual moradia na cidade.
Após os primeiros grupos chegaram à cidade muitos outros foram chegando, incentivados por familiares, parentes e amigos, segundo a secretária de Cidadania e Direitos Humanos Cristiane Franco da Silva. "Desde 2018, nós fizemos um trabalho as pessoas sentirem seguras e acolhidas em Esteio. Os familiares comentavam nas redes sociais a situação e chamavam mais pessoas para Esteio, em uma espécie de boca a boca digital", analisa.
Depois dos venezuelanos, que são maioria, Oo segundo país que conta maior número de migrações é Cuba com 68 refugiados de Cuba (4,75%), seguidos de 30 migrantes do Peru (2,09%). Além destes, Esteio abriga angolanos, argentinos, colombianos, dominicanos, senegaleses, uruguaios, um chileno e um haitiano.
"Por causa da crise no Peru e também através dos contatos com os venezuelanos, pela imprensa e pelas redes sociais, os peruanos começaram a vir para Esteio", analisa a coordenadora do Espaço Mundo, Neidi Ittner.
Além disso, segundo o levantamento, Novo Esteio é o bairro com maior número de refugiados/migrantes, com 390 pessoas (27,27%). Segundo a secretária, a escolha pelo bairro se dá por conta dos valores mais baixos de aluguel e flexibilização na documentação para o contrato. As localidades de Vila Pedreira, Olímpica e Centro são outras com maior população de refugiados.
Entre as iniciativas para o acolhimento dos migrantes refugiados, em Esteio, está o Espaço Mundo. Inaugurado em 2020, para o atendimento, orientação e escuta a imigrantes e refugiados. O local auxilia tanto nos problemas que são coletivos, como, regulamentação dos documentos, busca por moradia e recolocação no mercado de trabalho, quanto em questões particulares de cada indivíduo, como, saúde mental, resolução de conflitos, entre outros.
No mesmo ano, em meio à pandemia, a cidade executa a Política Municipal de Acolhimento a Refugiados e Imigrantes. O programa busca promover a igualdade de direitos e de oportunidades a refugiados e a imigrantes, garantindo o acesso aos serviços públicos municipais como a qualquer outro morador da cidade. E, visa, também, criar mecanismos e condições para o acolhimento, bem como estimular o engajamento comunitário na integração.
"Escutar, dialogar, prevenir, chamar a responsabilidade. Aqui a gente promove a escuta sensível de cada ser humano ", fala a coordenadora do Espaço Mundo, Neidi Ittner. O local atende em média, 11 pessoas por dia.
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