quinta-feira, 23 de maio de 2019

Quinta morte na fronteira EUA-México agrava divisões sobre leis de imigração

Mais de 300 mil pessoas foram detidas entre Janeiro e Abril quando tentavam entrar nos EUA sem documentos
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Mais de 300 mil pessoas foram detidas entre Janeiro e Abril quando tentavam entrar nos EUA sem documentosREUTERS/LOREN ELLIOTT

A morte de um adolescente da Guatemala num centro de detenção norte-americano, na fronteira entre o México e os EUA, relançou esta semana a troca de acusações entre o Presidente Donald Trump e o Partido Democrata sobre as leis anti-imigração.

Carlos Gregorio Hernandez Vásquez, de 16 anos, chegou sozinho à fronteira entre o México e os EUA no dia 13 de Maio. Foi detido e levado para o centro de triagem de McAllen, no estado do Texas, onde deveria aguardar o desenrolar do seu processo.

De acordo com o protocolo, os menores devem ser transferidos para um abrigo dos Serviços de Saúde até 72 horas depois da detenção, mas Carlos Vásquez ficou em McAllen nos seis dias 
seguintes.

No último domingo, o adolescente guatemalteco foi diagnosticado com gripe. Depois de medicado, foi levado para o centro da guarda fronteiriça de Weslaco, a cerca de 20 km – segundo as autoridades, o objectivo era conter a propagação do vírus.

Foi encontrado sem vida na segunda-feira, sem que tenha sido ainda revelada a causa da morte.

Esta é a quinta morte nos últimos seis meses em centros de detenção norte-americanos ao longo da fronteira com o México, numa altura em que se assiste a um aumento do número de pessoas que tentam entrar nos EUA sem documentos, muitas delas mulheres e crianças em busca de asilo – entre Janeiro e Abril, foram detidas mais de 300 mil pessoas.

O congressista do Texas Joaquin Castro, do Partido Democrata, denunciou o que diz ser “uma epidemia de morte” na zona da fronteira, e culpou as políticas anti-imigração do Presidente Donald Trump.

“Ninguém morreu [nos centros de detenção] nos últimos dez anos. E, de repente, nos últimos seis meses, tivemos cinco mortes”, disse Castro numa conferência de imprensa. “Estão a esconder do povo americano a verdade sobre estas atrocidades.”

Publico.
www.miguelimigrante.blogspot.com

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