O padre José Francisco Ferreira (no centro, na foto), natural de Belo Horizonte e pertencente ao Clero de Pouso Alegre (MG), relatou a sua experiência com a Pastoral de Brasileiros no Exterior, articulada no âmbito da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, na missão Nossa Senhora Aparecida, na arquidiocese de Miami, no Sul da Florida.
Com 13 anos de ministério sacerdotal, o padre José conta que o convite para a missão chegou em 2023 dos Missionários de São Carlos (Scalabrianos) e a proposta foi para ajudar os Scalabrianos em uma de suas missões com migrantes de origem latina. “Desde a Páscoa deste ano de 2024, estou em uma paróquia que trabalha, com grande concentração de brasileiros nos Estados Unidos”, informou.
O presbítero recorda de um trecho do Evangelho (Jo 4,3) que narra que Jesus deixou a Judeia, seu meio, e voltou para a Galiléia, onde era necessário que ele estivesse para estar com outro povo que ainda não conhecia, mostra o caminho de sua missão e que o deveria ser feito.
“É assim que entendo o querer de Deus em minha vida que me trouxe até aqui, porque era necessário estar com os migrantes e ser um deles, e poder colaborar como instrumento da Salvação na Igreja universal”. destaca.
Alegria no coração
O padre conta que a experiência missionária tem trazido uma alegria no coração e um abrasamento no exercício de seu ministério que ainda não havia experimentado.
“Como padre, ao longo dos anos, penso em cada serviço paroquial cotidiano que realizei, todos foram importantes e em cada um deles me senti um instrumento de Deus; mas na experiencia de Missão que hoje vivo, sinto que aqui sou necessário”.
Como padre diocesano, colaborando com os missionários Scalabrianos no apoio aos migrantes brasileiros, uma ação animada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o padre diz sentir que Deus o escolheu porque era necessário viver esta missão.
“Era necessário estar aqui com os migrantes que buscam um novo lar e experimentar em seus corações os sonhos e esperanças, a dor de suas saudades e os preconceitos migratórios vividos, para poder comungar em cada Eucaristia celebrada com eles, o gosto missionário do Amor de Cristo que alimenta e fortalece aos que mais precisam”, relatou.
Ele conta que, ao chegar na “fervorosa” comunidade, as pessoas disseram-lhe que esperavam por ele em oração e que sua ida para lá foi um presente de Deus. “Assim fui entendendo essa alegria que brotava em mim por estar nesta missão, pois minha presença entre eles aqui, era necessária neste momento”.
“Fui migrante e me acolheste”(Mt 25
William Bonfim
foto Pe. Jose Frnacisco
cnbb.org.br
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