Sem apoio do Estado refugiados voltam a viver em condições precárias nas áreas comuns do aeroporto de Guarulhos - Organização de Resgate de Refugiados Afegãos (ARRO)
O aeroporto internacional de Guarulhos (GRU), o principal do Brasil, voltou a servir como abrigo improvisado para refugiados vindos do Afeganistão. Desde a retirada das tropas dos Estados Unidos e retorno do grupo fundamentalista Talebã ao poder, o país sofre uma das piores crises humanitárias do mundo.
Centenas de afegãos passaram a
buscar refúgio no Brasil, que tem feito um acolhimento aquém do necessário, com
caso recente de pessoas se acumulando no aeroporto de Guarulhos em condições
precárias.
Ao desembarcar em terras
brasileiras inúmeras pessoas permanecem no aeroporto aguardando uma lenta e
ineficaz transferência para centros para refugiados, onde planejam recomeçar
suas vidas. Enquanto a ajuda não vem, improvisam barracas em locais destinados
ao trânsito de pessoas, especialmente nos saguões dos terminais de passageiros.
No aeroporto os afegãos
enfrentavam diversos desafios, como a dificuldade na comunicação, local para
higiene básica, recursos financeiros para alimentação e condições mínimas para
poder dormir. Alguns grupos autorizados a desembarcar no Brasil contam com até
sessenta pessoas que ao passarem pela imigração se encontram completamente
desamparados.
A secretaria municipal de
Desenvolvimento e Assistência Social de Guarulhos informa que o município
possui aproximadamente 300 vagas para refugiados afegãos, além de mais 150
vagas em entidades parceiras do governo do estado de São Paulo. Quando chegam ao
local recebem assistência médica, alimentação e auxílio para a retirada de
documentação. Porém, o ógão afirma que devido ao número de pessoas as filas são
longas o que acaba obrigando a permanência dos afegãos nas dependências do
aeroporto.
Em resposta ao problema a
prefeitura de Guarulhos recebeu do Governo Federal um total de 600 mil reais,
além de R$ 4 milhões do Governo de São Paulo, onde foram investidos R$ 3
milhões para construção de acolhimentos e R$ 1 milhão gastos com alimentação dos
afegãos que permanecem abrigados no aeroporto.
aeromagazine.uol.com.br/
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