segunda-feira, 10 de novembro de 2025

OIM na COP30 no Brasil coloca as pessoas no centro da ação do clima

 

Comunidades locais plantam sementes nativas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, Brasil, para ajudar na restauração do ecossistema e fortalecer a resiliência do clima. Foto: OIM/Juliana Hack

Enquanto líderes mundiais se reúnem no coração da Amazônia para a 30ª Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP30), a Agência da ONU para as Migrações (OIM) chama atenção para os milhões de pessoas que já estão enfrentando diariamente as consequências de enchentes, secas e desastres. 

A mensagem da OIM em Belém é simples: quando as casas e meios de subsistência das pessoas estão ameaçados, elas merecem a chance de permanecer em segurança, de se recuperar e de planejar o futuro. 

“Toda comunidade merece a chance de se adaptar e construir um futuro mais seguro, mas, para muitas, os impactos já são graves demais”, disse a vice-diretora geral de Operações da OIM, Ugochi Daniels, que representará a organização no Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). “Quando se torna impossível permanecer, as pessoas devem poder se deslocar com segurança e dignidade. É para isso que trabalhamos – por soluções práticas que protejam vidas e fortaleçam comunidades”. 

Apenas em 2024, desastres causaram 45 milhões de deslocamentos internos e perdas superiores a US$ 240 bilhões de dólares. Por trás desses números estão agricultores que tiveram suas casas destruídas por enchentes e crianças cujas escolas deixaram de existir. A OIM apoia governos e parceiros locais na recuperação e reconstrução de comunidades, ajudando-as para a próxima tempestade. 

Sediada pelo Governo do Brasil, a COP30 é a primeira conferência do clima realizada na Amazônia, destacando o protagonismo dos povos indígenas, comunidades locais e outros grupos mais afetados pela mudança do clima. Diante de enchentes, secas, incêndios florestais e ondas de calor extremo que já forçaram milhões a deixarem suas casas todos os anos, a OIM reforça que as decisões tomadas em Belém devem proteger os direitos das pessoas e fortalecer suas capacidades para adaptação e recuperação. 

Entre os resultados esperados da COP30 está a adoção do Objetivo Global de Adaptação, que estabelecerá metas concretas para proteger comunidades com sistemas de alertas precoce, meios de vida mais resilientes e moradias mais seguras – medidas cruciais para reduzir os deslocamentos relacionados com a mudança do clima. Esses objetivos estão alinhados com o trabalho da OIM. Somente em 2024, a OIM ajudou mais de 875 mil pessoas a se recuperarem de desastres e apoiou mais de 100 mil comunidades afetadas por choques do clima e degradação ambiental, contribuindo para que estejam mais preparadas para enfrentar desafios futuros. 

O Programa de Trabalho sobre Transição Justa (JTWP, na sigla em inglês) tem como objetivo garantir que, à medida que os países migram para fontes de energia mais limpas, trabalhadores e comunidades recebam apoio por meio de empregos decentes, proteção social e caminhos seguros para a migração. O novo Fundo para Reposta a Perdas e Danos irá direcionar recursos a comunidades vulneráveis para que elas possam reconstruir suas vidas com dignidade.  

À medida que as decisões tomadas em Belém moldarão os modos de vida nos próximos anos, a atuação da OIM na COP30 é guiada por um único objetivo: garantir que as pessoas na linha de frente da mudança do clima não sejam deixadas para trás.

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