sábado, 8 de março de 2025

Panamá vai fechar abrigos após queda do fluxo migratório para os EUA

Martin Bernetti /AFP


O Governo do Panamá anunciou nesta sexta-feira (7) que vai fechar vários abrigos, após a queda do fluxo migratório para os Estados Unidos, e deportar quem entrar no país pela selva de Darién.

Com a política de deportações do governo de Donald Trump, agora a maioria dos migrantes no Panamá e em outros países centro-americanos fazem o percurso inverso, ou seja, para a América do Sul.

‘Devido à redução em quase 100% da migração irregular que entra no Panamá a partir da Colômbia, vamos iniciar o fechamento paulatino dos abrigos’, anunciou o ministro da Segurança, Frank Ábrego, acrescentando que aqueles que entrarem no Panamá através da floresta serão deportados imediatamente para o seu país de origem ou de procedência.

Nos últimos três anos, mais de 1 milhão de pessoas, a maioria venezuelanos, cruzaram a floresta em sua travessia para o norte. Diante dessa chegada em massa, o governo Panamá Montou acampamentos para oferecer serviços básicos aos migrantes, com o apoio de organizações internacionais.

O fluxo migratório para o norte despencou. Em 2025, entraram no Panamá por Darién 2.600 pessoas, contra 72.000 no mesmo período do ano anterior.

Segundo Ábrego, fica aberto o abrigo de São Vicente, em Metetí, com capacidade para 300 pessoas, para “qualquer eventualidade, tanto no fluxo do sul para o norte quanto do norte para o sul”.

O ministro informou que os migrantes que chegam agora ao Panamá são asiáticos e africanos, e não sul-americanos ou caribenhos, como acontecia antes.

https://www.itatiaia.com.br/

www.miguelimigrante.blogspot.com


sexta-feira, 7 de março de 2025

Imigrantes brasileiros: Como os outros países vêem o Brasil?

 

Sophia Utnick-Brennan (MF Press Global)

Os brasileiros que se aventuram em outros países e passam a refazer a sua vida em outra cultura muitas vezes se deparam com uma realidade: A forma como o Brasil e seu povo são percebidos no exterior.

Essa visão pode variar, mas em locais como os Estados Unidos e Portugal, predominam estereótipos que podem dificultar a adaptação de quem chega.

De um lado, os brasileiros são vistos como um povo alegre, hospitaleiro e limpo. A ideia de que o Brasil é um país de pessoas calorosas e felizes, apesar das dificuldades, é amplamente difundida. No entanto, essa mesma imagem muitas vezes esconde uma face menos positiva, marcada por preconceitos e estereótipos negativos.

Estereótipos negativos: Violência e exotização

Nos Estados Unidos, por exemplo, há uma percepção de que o Brasil é um país subdesenvolvido, dominado pela violência e associado a imagens superficiais, como a Amazônia e o Carnaval. 

“Muitos acham que o Brasil é apenas um lugar altamente perigoso, onde a criminalidade impera, também existe uma visão exageradamente exótica sobre o nosso país, que muitas vezes reduz nossa cultura a festas e danças”.

“Por outro lado, os brasileiros são vistos como um povo alegre, hospitaleiro e limpo. A ideia de que o Brasil é um país de pessoas calorosas e felizes, apesar das dificuldades, é muito forte nesses países”, conta a empresária brasileira de destaque nos Estados Unidos Sophia Utnick-Brennan.

O desafio da adaptação

Para quem imigra, acostumar-se a essa dualidade de percepções leva tempo. De um lado, o carinho pelo Brasil e pelo povo brasileiro, de outro, os desafios de provar que o país e seus cidadãos vão além dos estereótipos.

“Com o tempo, conseguimos mostrar que somos mais do que a imagem que fazem de nós. Mas é um processo que exige paciência e resiliência e depende de cada um”, conclui Sophia.

https://revistasoberana.com.br/

www.miguelimigrante.blogspot.com

quinta-feira, 6 de março de 2025

Mais de 70 mil estrangeiros entraram no mercado formal de trabalho do Brasil em 2024

 


Levantamento da FecomercioSP mostra que, somente em 2024, cerca de 71 mil postos celetistas foram abertos e preenchidos por pessoas de fora do País (Arte: TUTU)


O ótimo momento do mercado de trabalho do Brasil (uma taxa de desemprego recorde de apenas 6,6%, de acordo com o IBGE) reflete em vários aspectos, como aumento da massa de salários e da média de renda da população e, agora, também é possível ver como ele tem impacto sobre países da região. 

Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que, somente em 2024, cerca de 71 mil postos celetistas foram abertos e preenchidos por pessoas de fora do País. É o maior volume para um único ano desde que o Caged mudou sua metodologia, em 2020 [gráfico 1].

Isso significa um avanço de 50% em relação a 2023, quando pouco mais de 47,3 mil vagas foram atendidas por estrangeiros. Como não poderia deixar de ser, o grosso delas são conformadas por latino-americanos, sobretudo venezuelanos e haitianos [gráfico 2].

Em 2023, com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), 44% da mão de obra do exterior no mercado formal de trabalho do Brasil era de cidadãos da Venezuela no fim daquele ano — muito à frente, inclusive, do segundo país da lista, o Haiti, com 44,7 mil postos. Essa tendência se manteve ao longo de 2024, muito por causa dos setores econômicos que mais contratam esses trabalhadores. A lista continua com paraguaios, argentinos, cubanos, bolivianos e peruanos. 

Na leitura da Entidade, o fato de dois terços (60%) dessa mão de obra ser preenchida por pessoas de países em crise, Venezuela e Haiti, mostra como o Brasil pode elaborar políticas públicas voltadas para a absorção delas. Conta muito, por exemplo, a boa escolaridade desses migrantes, além do fato de serem jovens e de virem ao nosso País em busca de melhores condições de vida. 

Não só isso, mas empregá-las também gera um efeito social relevante, porque proporciona renda, acesso ao sistema de crédito e proteção institucional, já que o regime celetista garante uma série de benefícios ao trabalhador. Se a tendência é que esse fenômeno continue crescendo, por fatores que vão da política internacional ao desempenho econômica brasileiro, ele pode ser utilizado para melhorar a produção do País e expandir os setores que mais demandam por mão de obra. 

[GRÁFICO 1]

Vagas formais preenchidas por estrangeiros (em mil)

Período do Novo Caged (2020-2024)
Fonte: Caged/FecomercioSP
 

[GRÁFICO 2]

Principais nacionalidades no mercado de trabalho formal do Brasil (em mil)

RAIS (2023)

Fonte: RAIS/FecomercioSP
 

Pelo levantamento da Federação com base no Novo Caged, de 2024, há dois deles com mais força na busca por estrangeiros: a indústria, com 92,8 mil trabalhadores celetistas (o que significa um terço de todos os vínculos), e o comércio, com ênfase em empreendimentos de reparação automotiva, com 65,7 mil postos [tabela 1].

[TABELA 1]

Setores econômicos com maiores saldos de empregos celetistas (em mil)

Novo Caged (2024)

Fonte: CAGED/FecomercioSP
 

Os dados tanto da RAIS quanto do Novo Caged ainda permitem criar um perfil claro desses sujeitos: são jovens homens adultos (entre 30 e 39 anos), com ensino médio completo trabalhando em São Paulo (62,7 mil vínculos), em Santa Catarina (60,7 mil) e no Paraná (48,7 mil). Vale dizer que, no ano passado, o mercado catarinense se expandiu com mais força para esse público, gerando 18,9 mil novas vagas.

Considerando que deve haver uma desaceleração do desempenho do mercado de trabalho do Brasil em 2025, se espera que o mesmo aconteça com a absorção dessa mão de obra, mas ainda assim ela deverá continuar sendo importante. A Federação permanecerá atenta a ele, sobretudo em busca de alternativas que melhorem o ambiente de negócios do País.

https://www.fecomercio.com.br/

www.miguelimigrante.blogspot.com


quarta-feira, 5 de março de 2025

Turquia vai construir um muro na fronteira com a Grécia para conter imigração irregular



"Num primeiro momento, está prevista a construção de 8,5 quilómetros (de barreira) este ano", declarou Yunus Sezer, presidente distrital de Edirne, na Turquia, que faz fronteira com a Grécia e a Bulgária, países membros da UE.

O dirigente acrescentou que, de seguida, o muro será prolongado ao longo da fronteira terrestre entre a Turquia e a Grécia, que tem cerca de 200 km e acompanha quase na totalidade o rio Evros, que os turcos chamam de Meriç.

Em 2016, a UE e a Turquia assinaram um acordo para que o país mantivesse no seu território os refugiados sírios - as estimativas apontam que o número atualmente é de 2,9 milhões de pessoas.

O acordo, assinado após a chegada de mais de um milhão de refugiados à UE em 2015, incluía como contrapartida dois pagamentos de 3 bilhões de euros (mais de 3,2 bilhões de dólares na taxa de câmbio atual) para a Turquia.

As ONGs criticaram o pacto, que entenderam como uma manobra do bloco para terceirizar a gestão migratória.

Em fevereiro e março de 2020, dezenas de milhares de migrantes chegaram à fronteira e tentaram entrar na Grécia, depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ameaçar abrir as suas fronteiras com a UE.

Na altura, Atenas construiu uma barreira de aço de dezenas de quilómetros na fronteira com a Turquia.

O fluxo migratório entre a Turquia e a Grécia, no entanto, ocorre fundamentalmente pelo mar, devido à proximidade das ilhas gregas do leste do Egeu das costas turcas.

Seis migrantes morreram no final de fevereiro em águas turcas quando tentavam chegar à ilha grega de Samos num bote insuflável.

A Turquia, por sua vez, construiu nos últimos anos muros com uma extensão de 1.000 km ao longo das fronteiras com o Irão e a Síria, para impedir as entradas irregulares.

MadreMedia / AFP

https://24.sapo.pt/

www.miguelimigrante.blogspot.com


terça-feira, 4 de março de 2025

Chefe de Direitos Humanos pede ação para impedir desmoronamento da ordem internacional

 

Conselho de Direitos Humanos da ONU/Marie Bambi
 

Alto comissário alertou que indivíduos e corporações nunca tiveram tanto controle e influência sobre nossas vidas

Volker Turk apresentou atualização global destacando preocupação com controle de dados por “oligarcas da tecnologia”; ele alertou para a proliferação de conflitos e disse que eles estão sendo explorados para gerar divisões, comércio predatório e roubo. 

O mundo atravessa um período de “turbulência e imprevisibilidade”, que se reflete em confrontos crescentes e sociedades divididas. Foram essas palavras usadas pelo alto-comissário de Direitos Humanos da ONU para descrever um contexto marcado por 120 conflitos ativos e uma ordem internacional sob risco.

Em discurso no Conselho de Direitos Humanos nesta segunda-feira, Volker Turk afirmou que o consenso global em torno das normas e instituições internacionais, duramente construído ao longo de décadas, não pode “desmoronar diante dos nossos olhos”.

Controle do “poder irrestrito”

O alto comissário alertou que indivíduos e corporações nunca tiveram tanto controle e influência sobre nossas vidas. Ele enfatizou que qualquer forma de poder não regulamentado “pode levar à opressão, subjugação e até mesmo à tirania”.

Turk declarou preocupação com o fato de que “um punhado de oligarcas do setor de tecnologia, que não foram eleitos, tem nossos dados”, incluindo endereço, hábitos, informações genéticas, condições de saúde, pensamentos, desejos e medos.

Segundo ele, esse nível de controle favorece a manipulação e por isso os Estados devem se adaptar rápido para cumprir seu dever de proteger as pessoas de um “poder irrestrito”.

O conflito permeia a vida quotidiana

O chefe de Direitos humanos ressaltou que “autocratas, demagogos e aproveitadores” se beneficiam do caos gerado por conflitos para praticar táticas de “dividir para governar, ações comerciais predatórias ou simplesmente roubo”.

Para ele, o conflito permeia toda a vida quotidiana, “desde os produtos que compramos até os feeds de notícias que navegamos”. Isso inclui desde os minerais extraídos em zonas de guerra até as chamadas fazendas de robôs e centros de golpes que florescem “nos cantos mais sem lei do mundo”.

O alto comissário afirmou que todas as pessoas estão envolvidas de alguma forma e tem a responsabilidade de agir por meio de hábitos de consumo, uso de mídias sociais e engajamento político.

Eleições e desumanização

Turk também relatou que acompanhou as recentes campanhas eleitorais na Europa, América do Norte e outros lugares com “crescente apreensão”.

Para ele, as frases de efeito sobre um único assunto, desprovidas de substância, simplificam excessivamente questões complexas e baseiam-se frequentemente na “criação de bodes expiatórios, na desinformação e na desumanização”.

O alto comissário alertou que a desumanização é um passo para tratar um grupo inteiro como estranho, “indigno dos direitos básicos”, funcionando como um “precursor perigoso do ódio e da violência” que deve ser denunciado sempre que ocorre.   

“Masculinidade tóxica”

O chefe de Direitos Humanos expressou preocupação com o ressurgimento de “ideias tóxicas sobre a masculinidade” e os esforços para glorificar os estereótipos de gênero, especialmente entre os homens jovens.

De acordo com ele, os culpados por isso são os “influenciadores misóginos” com milhões de seguidores nas redes sociais que “são aclamados como heróis”.

Turk destacou que essas ideias circuladas online e offline vão contra a igualdade de gênero e resultam em “violência e retórica de ódio contra as mulheres, defensores dos direitos femininos e figuras políticas”.

Estruturas legais “ignoradas e descartadas”

O alto comissário enfatizou que a guerra é a violação máxima dos direitos humanos. Ele disse ser “escandaloso” que, em todos os conflitos atuais, as estruturas legais criadas para proteger civis, limitar danos e garantir justiça sejam “ignoradas e descartadas, de forma descarada e repetida”.

Em 2024, um número recorde de 356 trabalhadores humanitários foram mortos enquanto prestavam ajuda a pessoas em algumas das crises mais graves do mundo.

No Sudão, o alto comissário condenou mais uma vez os bombardeios lançados em zonas densamente urbanizadas, com total impunidade e disse que “os civis estão a “pagando um preço insuportável, numa luta aberta por poder e recursos”.

Caminhos para a paz na Ucrânia e em Gaza

Voltando-se para a Ucrânia, Turk afirmou que se opõe a “qualquer acordo de paz que exclua a Ucrânia”.

Ele disse que após três anos desde a invasão russa em grande escala, as pessoas continuam sofrendo terrivelmente e que uma paz sustentável deve basear-se na Carta das Nações Unidas e no direito internacional.

No Território Palestino Ocupado, o chefe dos direitos humanos da ONU insistiu que o frágil cessar-fogo se mantenha em Gaza “e se torne a base para a paz”.

Ele também insistiu que as entregas de assistência humanitária sejam retomadas imediatamente, após anúncio de Israel da suspensão do fluxo de ajuda.

O chefe de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, respondeu com alarme à decisão israelense, insistindo que o cessar-fogo “deve ser mantido”.


news.un.org

www.miguelimigrante.blogspot.com

segunda-feira, 3 de março de 2025

"Missionários de esperança", tema do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2025


"Migrantes, missionários de esperança", este é o tema escolhido pelo Papa Francisco para o 111º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que, neste ano, não será realizado como tradicionalmente no último domingo de setembro, mas será comemorado nos dias 4 e 5 de outubro, em virtude do Jubileu do Migrante e do Mundo Missionário.

O anúncio foi feito por meio de uma nota do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, responsável pela organização do evento, na qual se destaca que "à luz do Jubileu, o tema evidencia a coragem e a resiliência dos migrantes e refugiados, que testemunham diariamente a esperança no futuro, apesar das dificuldades. Trata-se da esperança de alcançar a felicidade mesmo além das fronteiras, uma esperança que os leva a confiar plenamente em Deus".

"Migrantes e refugiados tornam-se 'missionários de esperança' nas comunidades que os acolhem", afirma o Dicastério, "contribuindo frequentemente para revitalizar a fé e promovendo um diálogo inter-religioso baseado em valores comuns. Eles recordam à Igreja o propósito último da peregrinação terrena: o alcance da Pátria futura".

vaticannews.va

www.miguelimigrante.blogspot.com


sábado, 1 de março de 2025

UnB lança base de dados sobre estudantes e docentes estrangeiros

 

O evento contou a participação da reitora Rozana Naves e de representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da ACNUR. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

A Universidade de Brasília lançou a plataforma DataMigra, uma base de dados que reúne informações sobre estudantes e docentes estrangeiros na instituição. A iniciativa, fruto de parceria entre o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra/Ela/ICS/UnB) e a Secretaria de Assuntos Internacionais (INT/UnB), visa fornecer uma análise estatística detalhada da presença de migrantes na UnB. O evento ocorreu no dia 21, no Auditório da Reitoria, campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. 

 

A plataforma, que está disponível no portal da UnB, permite consultar dados sobre nacionalidade, tipo de curso, forma de ingresso, gênero e vínculo dos estudantes e docentes estrangeiros. A ferramenta também possibilita a análise de dados por curso, área de conhecimento e período de ingresso.

 

>> Conheça a plataforma DataMigra

 

O lançamento da plataforma foi marcado por um evento que contou com a presença da reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, e representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

O professor Leonardo Cavalcanti, coordenador do OBMigra, explicou como a ferramenta funciona. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

A reitora destacou a importância da plataforma para a gestão da UnB, afirmando que a instituição deve se basear em dados para desenvolver políticas públicas eficazes. "A Universidade de Brasília precisa se projetar para os próximos anos, e essa plataforma é um passo fundamental nesse sentido", disse.

 

O docente e coordenador científico do OBMigra, Leonardo Cavalcanti (ICS/UnB), explicou que a plataforma é um projeto pioneiro no Brasil e que a ideia é reproduzi-la em outras universidades. "A UnB é o piloto, e a gente já tem a metodologia para replicar essa iniciativa", afirmou.

 

DADOS – O levantamento revelou que a UnB conta com 561 discentes refugiados e imigrantes matriculados em diversos cursos e 415 docentes imigrantes em sua comunidade acadêmica. A UnB recebe esse público em diferentes níveis de ensino, com a graduação (30,3%) e a especialização (29,95%) concentrando a maior parte dos estudantes estrangeiros.

 

Os dados mostram que a Colômbia é o país de origem com maior número de estudantes (80) e docentes (47) na UnB. Cuba (68 alunos) e Argentina (31 docentes) ocupam o segundo lugar em seus respectivos grupos. Entre os cursos com maior número de estudantes estrangeiros, destacam-se o de especialização em Medicina de Família e Comunidade (69 alunos), Relações Internacionais (24 alunos) e Direito (21 alunos).

 

Visita do Ministro da Presidência do Conselho de Ministros de Portugal, António Leitão Amaro, ao OBMigra. Foto: Klaubert Miranda/Secom UnB

O levantamento também revelou que o cargo de professor efetivo é o mais representativo entre os docentes imigrantes, com 153 profissionais atuando nessa modalidade. O Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução (LET/IL) concentra o maior número de professores imigrantes (49), seguido pelo Departamento de Matemática (MAT/IE), com 23 pessoas.

 

VISITA – O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros de Portugal, António Leitão Amaro, responsável pelas políticas de imigração do país europeu, visitou o OBMigra, localizado no campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. Durante a visita, o Brasil apresentou sua experiência em compartilhar dados migratórios entre diferentes órgãos do governo, além do papel do observatório na análise de informações sobre migrações internacionais.

 

A troca de informações entre Brasil e Portugal demonstra o interesse mútuo em colaborar internacionalmente para melhorar as políticas migratórias, baseando-as em dados e evidências. O objetivo é fortalecer a governança migratória, tornando-a mais eficaz e integrada. O intercâmbio de experiências e conhecimentos é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes e inclusivas, que atendam às necessidades dos migrantes e refugiados, promovendo a integração e o desenvolvimento social.


 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.


https://noticias.unb.br/

www.miguelimigrante.blogspot.com