Nos Emirados Árabes Unidos, 88,4% da população são imigrantes. Ou seja, numa população total de 9,1 milhões, 8,09 milhões são estrangeiros. De seguida está o Qatar com 75,5% de imigrantes e o Kuwait com 73,6%. 
No total, os Estados Unidos são o país que tem o maior número de imigrantes. Segundo os dados mais recentes do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas, em 2015, os EUA tinham 46,6 milhões de imigrantes no seu território, o equivalente a 14,5% da população.
Ainda em termos globais, segue-se a Alemanha com 12 milhões de imigrantes (14,9% da população) e a Rússia com 11,6 milhões (8,1% da população).
Esta é a lista dos oito países com mais imigrantes em termos proporcionais:
PaísPercentagem de imigrantes na populaçãoNúmero de imigrantes
Emirados Árabes Unidos88,4%8,09 milhões
Qatar75,5%1,6 milhões
Kuwait73,64%2,8 milhões
Liechtenstein61,82%23.493
Andorra60,12%42.082
Macau58,28%342.703
Mónaco55,37%21.042
Bahrein51,14%704.137
“Em toda a região do Golfo, em particular nestes três países (Emirados Árabes Unidos, Qatar e Kuwait), há oportunidades de emprego, principalmente na construção, na manufatura, na indústria de extração petrolífera e no setor doméstico. É por isso que são destinos muito populares para os trabalhadores que não conseguem emprego nos seus países”, explica à BBC a analista do Instituto de Políticas de Migração Jeanne Batalova.
A maioria das pessoas que imigram para estes países vêm do sudeste asiático, principalmente da Índia, do Paquistão e do Bangladesh, mas também da Malásia, Indonésia e Filipinas, explica a mesma especialista.
Estes trabalhadores ocupam principalmente empregos poucos qualificados. A maioria dos imigrantes da Índia e do Paquistão são homens contratados para os setores da construção e da manufatura. As mulheres, que vêm principalmente do Bangladesh, da Indonésia e das Filipinas, dedicam-se a empregos do setor doméstico e ao comércio.
Estes três países da região petrolífera do Golfo (Emirados Árabes Unidos, Qatar e Kuwait) também atraem trabalhadores especializados dos países do Ocidente, nomeadamente para os setores do petróleo e gás, educação, finanças e investimento.
São, portanto, muito dependentes da mão-de-obra estrangeira e, por isso, foram criados programas para empregos temporários, que permitem aos cidadãos e às empresas contratar funcionários estrangeiros. Contudo, há lacunas nos programas e na sua implementação, que podem levar a abusos dos direitos humanos e dos direitos laborais. Durante muito tempo foi permitido que os empregadores retivessem os passaportes dos seus funcionários, por exemplo.
Atualmente, os governos estão a trabalhar para equilibrar as necessidades da mão-de-obra estrangeira com os empregos dos trabalhadores nacionais. Por enquanto, as condições dos trabalhadores estrangeiros, tanto qualificados como não qualificados, ainda levam a que haja um separação entre eles e a sociedade local.
TVI24
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