quarta-feira, 15 de março de 2017

Encontro em Brasília promove integração entre crianças migrantes e brasileiras

Festa intercultural, brincadeiras e outras atividades proporcionaram um dia repleto de diversão e interação para crianças e adultos de diversas nacionalidades. Organizado pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), parceiro da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o evento “Crianças sem Fronteiras” ocorreu no último sábado (11) em Brasília.
Crianças na Bridges Church de Brasília. Foto: Bridge Church.
Crianças na Bridges Church de Brasília (foto arquivo). Foto: Bridge Church.
Refugiados e migrantes de diversos países e culturas reuniram-se com famílias brasileiras no encontro “Crianças sem Fronteiras”, que aconteceu no quintal da igreja Bridges Church no último sábado (11), em Brasília.
O evento, promovido pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), organização parceira da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), promoveu a integração das crianças e a oportunidade de lazer e interação com a comunidade brasiliense.
Segundo Rosita Milesi, diretora do IMDH, encontros como esse favorecem a família inteira. “A integração das crianças é um elemento extremamente favorável para que as famílias se sintam parte da comunidade”, afirmou.
A iniciativa de fazer uma festa para as crianças que deixaram sua terra natal já acontece há três anos, mas esta edição foi a primeira em parceria com a igreja Bridges Church, que cedeu seu espaço de lazer para dar lugar ao encontro e trabalhou na organização do evento. Ao todo, estiveram presentes cerca de 100 migrantes e refugiados, além de voluntários e membros da igreja.
A representante do ACNUR no Brasil, Isabel Marquez, esteve no encontro e testemunhou a atmosfera de solidariedade e interação entre os convidados. “Os brasileiros são um grande exemplo de generosidade e acolhimento às pessoas que precisam de proteção, e este evento é um exemplo disso”, destacou.
Matilde, refugiada da Colômbia, esteve no evento com marido e filho. A família já está no Brasil há três anos, e afirma que o processo de integração no país está indo bem, destacando que o apoio do IMDH foi essencial para a adaptação local. “Somos muito gratos pelo acolhimento que recebemos dos brasileiros”, disse ela.
O pastor Dave Bollenbacher, da Bridges Church, contou que embora a igreja já tenha realizado outros eventos humanitários, essa foi a primeira atividade com refugiados. “Para nós é muito importante celebrar as diversidades, sejam elas culturais ou religiosas, era isso que tínhamos em mente quando decidimos organizar esse evento”.
Encontros como esse são positivos para promover a solidariedade e a interação entre diferentes culturas, segundo o ACNUR. O evento “Crianças sem Fronteiras” conta com o apoio de diversos parceiros e também da comunidade.
Para o ACNUR, iniciativas como essa são essenciais para que as crianças superem as dificuldades de integração com as pessoas que passam a fazer parte de suas novas realidades. Além disso, favorece a aprendizagem do idioma, processo que costuma ser impulsionado por meio da convivência e socialização.
Dos cerca de 9 mil estrangeiros que vivem no Brasil reconhecidos como refugiados, aproximadamente 18% são crianças e jovens de até 17 anos de idade. Em todo o mundo, crianças e jovens nesta faixa etária representam mais da metade dos 21,3 milhões de refugiados globalmente.
ONU

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