O novo Ministro da Imigração,
Refugiados e Cidadania do Canadá é um antigo refugiado somali que chegou ao
país há 20 anos, fugido da guerra civil. O novo elenco de ministros de Justin
Trudeau, anunciado na terça-feira e composto de forma paritária (com seis
homens e seis mulheres), conta também com um tenente-coronel Sikh e com uma
ministra dos Negócios Estrangeiros de origem ucraniana.
Ahmed Hussen
será o novo ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania de Trudeau. Vai
substituir John McCallum, que assumirá funções enquanto embaixador do Canadá na
China. Hussen, de origem somali e também ele refugiado, chegou ao país em 1993,
aos 16 anos.
Hoje, com 41, é advogado e activista
político, dedicando-se a assuntos relacionados com as leis de imigração e
refugiados. Enquanto activista, foi uma peça indispensável para a aprovação de
um plano de reactivação urbana, com vista à criação de habitações dignas para a
comunidade de um bairro social de maioria negra em Toronto, Regent Park, onde
viveu. Já integrou o Comité para a Justiça e Direitos Humanos canadiano e a
Associação Parlamentar Canadá-África.
Foi o primeiro refugiado (e também o
primeiro somali) a ser eleito para o Parlamento canadiano, em 2015, pelo
Partido Liberal Democrata, no distrito de York-South Weston. Agora
comprometeu-se a oferecer a sua “experiência como imigrante” mas também como
advogado em matéria de migração enquanto “alguém que trabalhou durante muitos
anos como activista e defensor da comunidade”, disse, citado pelo canal CBC.
À imprensa, Hussen disse que a sua
trajectória de vida muda a maneira como vai enfrentar esta nova etapa. “Estou
muito orgulhoso da História do nosso país enquanto um lugar de asilo, um lugar
que abre as suas portas e corações a novos imigrantes e refugiados, e estou
especialmente orgulhoso por me tornar o ministro dessa pasta”, disse, segundo o Toronto Star.
O director executivo da Associação de
Ajuda ao Imigrante Somali de Toronto, Mahad Yusef, celebrou a decisão de
Trudeau. “É uma boa notícia para a nossa comunidade”, afirmou Yusef. “Era algo
que que precisávamos mesmo, não só a comunidade somali, mas toda a comunidade
negra”, afirma, salientando, também, a importância da representação somali no
Governo.
INÊS CHAÍÇA
P CANADA
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