domingo, 7 de agosto de 2016

Imigrante, Melania Trump é questionada sobre processo de legalização

Melania tirou do ar o próprio website depois do surgimento de rumores que a ex-modelo nunca se graduou na universidade, como estava postado em sua biografia online
Melania tirou do ar o próprio website depois do surgimento de rumores que a ex-modelo nunca se graduou na universidade, como estava postado em sua biografia online
Ativistas especulam que ela tenha entrado nos EUA com visto de turista (B-1) em 1996, o qual não a permitia trabalhar no país
Famoso por iniciar o movimento que questionava o país de nascimento do então recém-eleito Presidente Barack Obama, Donald Trump agora prova do próprio veneno: A esposa do candidato presidencial republicano, Melania, que nasceu na atual Eslovênia e trabalhou como modelo fotográfico em Nova York em meados da década de 90, tem afirmado ser um exemplo de imigrante que entrou nos EUA legalmente e obedecido as leis. Em seu discurso, ela disse que aplicou para o green card e, posteriormente, obteve a cidadania americana.
Entretanto, a época em que as fotos foram tiradas e o próprio relato de suas viagens geraram questionamentos sobre quando ela entrou nos EUA e se podia trabalhar legalmente no país. O seu agente nos EUA, Paolo Zampolli, disse na quinta-feira (4) que ele a recrutou em Milão e a ajudou a obter o visto H1-B, que permitiu que ela ficasse nos EUA por 3 anos e trabalhasse como modelo.
“Ela nunca trabalhou ilegalmente para a nossa agência. Ela sempre trabalhou com um visto”, disse Zampolli. “É muito fácil; bastante padrão, conseguir um visto de modelo, pois ela tinha experiência na Europa. Confie em mim, eu não quero mentir sobre isso. Ela tinha um visto”.
As perguntas sobre o histórico migratório de Melania é um assunto particularmente sensível para Trump, que tem feito dos ataques aos indocumentados a base de sua campanha presidencial. Ele tem retratado os imigrantes mexicanos como estupradores, prometeu impedir que os muçulmanos entrem nos EUA e construir uma cerca ao longo de toda a fronteira com o México. A campanha de Trump não divulgou o histórico migratório de Melania.
“Deixa-me esclarecer de uma vez por todas: Eu sempre obedeci as leis migratórias desse país”, postou ela no Twitter, depois que dúvidas sobre o seu histórico apareceram na mídia. “Qualquer alegação do contrário é simplesmente uma inverdade”.
Em entrevistas, Melania disse que ela entrou nos EUA pela primeira vez em 1996 e que periodicamente viajava para a Eslovênia para obedecer o prazo de permanência do visto. “Eu obedeci a lei da forma que tinha que ser”, disse ela ao canal de TV MSNBC em fevereiro. “Eu nunca pensei em ficar aqui sem os papeis. Eu tinha um visto. Após alguns meses, eu viajava de volta à Eslovênia, para carimbar o visto”.
“Eu voltei e apliquei para o green card”, acrescentou. “Posteriormente, eu apliquei para a cidadania, então, eu segui o sistema”.
A descrição dela, de ir e voltar entre Nova York e Eslovênia, é mais consistente com os portadores do visto de turista B-1. Tal visto não permite que a pessoa trabalhe. É tecnicamente fraudulento para um viajante afirmar a um agente de imigração que sua viagem é turística quando na realidade o objetivo é trabalho. Tais violações são comuns e, embora passíveis, raramente resultam em ações judiciais.
Melania Trump tem enfrentados outros questionamentos com relação ao seu passado. Ela tirou do ar o próprio website, depois do surgimento de rumores que a ex-modelo nunca se graduou na universidade, como estava postado em sua biografia online.
 Brazilian Voice
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