quarta-feira, 31 de agosto de 2016

PF em São Paulo não tem data disponível para estrangeiros retirarem documentos

Débora Freitas

A Polícia Federal em São Paulo não tem data de agendamento disponível para tirar ou renovar documentação para estrangeiros, desde 18 de agosto. Com isso, imigrantes e refugiados não conseguem tirar o registro nacional, uma espécie de identidade, essencial para qualquer atividade legal no país.
O documento provisório do haitiano Robinson Cléuge já venceu e ele não consegue data para tirar o permanente.

As segundas vias também não podem ser solicitadas. Apenas no setor de documentação da Missão Paz, entidade que auxilia imigrantes e refugiados na região central de São Paulo, uma média de 40 estrangeiros é atendida por dia. Segundo o responsável, Padre Paolo Parisi, já são quase 500 pessoas sem documentos nos últimos dez dias. 
A Polícia Federal tem dito aos estrangeiros que não há prazo para normalização do serviço. Hoje pela manhã, a página destinada ao agendamento de estrangeiro no site da PF informava que ainda não havia data disponível. A reportagem da CBN entrou em contato com a Polícia Federal, que ainda não se pronunciou.

CBN

Cassação de Dilma Rousseff pode afectar comunidade africana no Brasil


Opinião é da directora do Centro de Estudos Africanos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A eventual cassação do mandato da Presidente brasileira afastada Dilma Rousseff tem gerado incerteza nos estrangeiros que vivem no Brasil, em especial a comunidade africana.
Muitos deles estudam e trabalham no país.
Os programas já consolidados pelo Governo do PT para os estrangeiros nos últimos anos podem sofrer alterações caso seja confirmada a impugnação da governante brasileira.
Esta é a avaliação da professora Vanicleia Silva Santos, do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e também directora do Centro de Estudos Africanos da universidade.
“Esse impeachment teria algum impacto nas políticas que o Brasil tem para com os africanos que aqui estão. Há pessoas que vêm com o visto de estudante, também como refugiado político ou mesmo para morar de forma ilegal. Em relação às políticas que o Brasil tem com os países africanos envolve as relações diplomáticas até aos programas especiais que incentivam a chegada desses estudantes no país”, explicou Santos.
A especialista destaca o Programa Estudante Convênio para graduação e pós-graduação existe há 50 anos e está presente em universidades públicas e privadas recebendo estudantes africanos de várias localidades. Não apenas aqueles que falam o português, mas também outras línguas como o inglês e o francês. Esses estudantes têm os mesmos direitos dos demais”, ressaltou.
Vanicleia Santos também destaca outro projecto do Governo para a educação, a Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), em que um terço dos seus estudantes são provenientes da África, principalmente da Guiné-Bissau.
“Dos 2.800 alunos matriculado na Unilab, pouco mais de 800 são estrangeiros, a maioria guineense. Eles moram nas dependências da Unilab por quatro anos e quando terminam os estudos precisam retornar aos seus países. Se quiserem retornar posteriormente ao Brasil para fazer uma pós-graduação podem sim retornar”, frisou.
Para a docente, essa transição na política brasileira acaba gerando um incómodo, uma incerteza em relação ao futuro para os estrangeiros, em especial os africanos, que estão no país em busca de melhores oportunidades.
“Nos últimos 13 anos, o que a gente viu no Brasil foi uma política voltada para a população mais pobre e isso é um ponto importante. Estamos hoje num momento em que não apenas a política brasileira está em jogo, mas também um possível retrocesso das políticas voltadas para as populações menos favorecidas. Isso inclui os africanos”, ressaltou Vanicleia Santos, que diz esperar que o actual Governo Michel Temer continue estendendo os laços com os países africanos, embora tal não esteja a acontecer.
“O Brasil foi receptor dos africanos. Eles trabalharam na formação do nosso país. O Brasil é o que é hoje porque os africanos trabalharam aqui por 400 anos sem serem remunerados. O que o ex-Presidente Lula da Silva propôs é que o Brasil, além de ser apenas um país receptor, também promova um retorno a esses países que tanto contribuíram para a nossa cultura, economia, etc. O que penso hoje é que como a gente tem um espectro de um Governo que é sustentado pelo grande capital e que teve sua campanha financiada pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que programas esse governo terá para os mais pobres?”, questionou a directora do Centro de Estudos Africanos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Vanicleia Santos

 Voz da America

terça-feira, 30 de agosto de 2016

¿Ha visto a este joven? 30 de agosto dia de Victimas de la Desapariciones Forzadas

La ONU conmemora cada 30 de agosto a las víctimas de las desapariciones forzadas. Los conflictos, las migraciones o los desastres naturales son las principales causas de este fenómeno que cada año sume a miles de familias en una búsqueda interminable


La guerra entre el Gobierno colombiano y la guerrilla de las FARC terminó el pasado domingo después de 52 años. No para la madre de Enrique, quien desapareció en 1992 cuando tenía 15 años. Unos encapuchados se lo llevaron mientras vendía boletos para la rifa de una bicicleta por las calles de Calamar, en el departamento de Bolivar. "¿Ha visto a este joven?", es la pregunta que repetía la progenitora mientras mostraba la foto de su hijo a todo aquel que quisiera escucharla. Y a los que no, también. Como Enrique, unas 100.000 personas se han desvanecido en el último medio siglo en Colombia, convirtiéndose en sombras del pasado para sus familias que no dejan de buscarlas, ni pierden la esperanza de encontrarlas. Que vuelvan. La de Enrique es la historia real relatada en un cómic editado por el Comité Internacional de Cruz Roja (CICR) para sensibilizar sobre este problema global con motivo del Día Internacional de las Desapariciones Forzadas e Involuntarias que se celebra cada 30 de agosto.
"Lo he visto en Sri Lanka, en la época más dura del conflicto. Lo he visto también en Colombia y Timor-Leste. Las familias de los desaparecidos, principalmente las madres, sufren como el primer día. A pesar del paso de los años, siguen teniendo la esperanza de que sus allegados vuelvan a aparecer en la puerta de casa un buen día. Te dicen: 'Lo espero'. 'No quiero morir sin saber lo que ha pasado". Lo explica Frédérique Desgrais, responsable de la Unidad para el Restablecimiento de contactos familiares y personas desaparecidas del CICR. Para mitigar el dolor que deja la ausencia y la falta de información, la organización cuenta con programas de apoyo a las víctimas que abarcan desde ayuda psicológica, jurídica y material para las personas afectadas, así como de búsqueda, reasentamiento y reagrupación familiar.

LA SOMBRA DE ENRIQUE

Puedes leer aquí el cómic La sombra de Enrique, realizado por Benjamin Dix y su equipo, Positive Negatives, basado en una historia real de uno de los miles de desaparecidos en el conflicto en Colombia.
La dimensión de este problema global es desconocida "e históricamente no reconocida", denuncia esta organización en un comunicado. La falta de registros nacionales y reconocimiento de la figura del desaparecido en muchos países oculta aún más a los ya ausentes. El Grupo de Trabajo sobre Desapariciones Forzadas de Naciones Unidas ha recogido desde su creación, en 1980, un total de 55.273 casos en 107 Estados, de los que 44.159 siguen en estudio y atañen a un total de 91 países. En el último año, se han logrado esclarecer un total de 161. Según el último informe de este organismo, los países con mayor número de desaparecidos desde que se registran los datos son: Irak (16.560), Sri Lanka (12.349), Argentina (3.446), Argelia (3.168), Guatemala (3.154), Perú (3.006), El Salvador (2.673), Colombia (1.260), Chile (907) y Filipinas (786).
Cada uno de esos números es un drama familiar, una fotografía manoseada, una pregunta sin respuesta. ¿Le ha visto?  "Los familiares de las personas desaparecidas tienen derecho a conocer la verdad sobre la suerte y el paradero de sus seres queridos", recuerda el alto comisionado de la ONU de los Derechos Humanos en un comunicado. "Si están con vida, los desaparecidos deben ser localizados y protegidos. Si fallecieron, los restos deben ser buscados, tratados adecuadamente, identificados cuando sea posible y devueltos a sus seres queridos", añade el CICR. Pero, a tenor de las denuncias de esta y otras organizaciones como Amnistía Internacional, falta voluntad política para que así sea. "Inexplicablemente. Es difícil saber por qué se produce esa indiferencia por parte de los Estados. Nuestro rol es alertar", se limita a declarar Desgrais, que rehúsa cualquier tipo de crítica concreta. 

España y los desaparecidos de guerra

Otras organizaciones, sin embargo, sí ponen nombre y apellidos a esta falta de voluntad. Lo ha hecho Rights International Spain, que ha recordado que en España todavía hay quienes buscan a sus padres, abuelos o tíos entre los 114.000 desaparecidos en la Guerra Civil (1936-39) y los años de dictadura franquista (hasta 1976). "Los familiares de las víctimas de desapariciones forzadas en esta oscura etapa de nuestro país siguen siendo ignorados por el Estado español", subrayan en una carta dirigida a quien sea el "próximo presidente". Los gobiernos democráticos han puesto trabas, denuncia esta organización, al mandato de la ONU de cumplir con el derecho internacional en este sentido.
Así lo cree también Amnistía Internacional, que en un informe publicado hoy sostiene: "En España se sigue privando del derecho a la verdad, la justicia y la reparación a las víctimas. Las autoridades españolas siguen sin prestar asistencia adecuada al poder judicial argentino, que ejerce la jurisdicción universal para investigar estos crímenes de derecho internacional. En los últimos dos años, al menos cinco mecanismos de Naciones Unidas han constatado y expresado que España ni investiga ni deja investigar y le han instado a cumplir con sus obligaciones".
La ONG destaca en su documento que, además de la necesidad de luchar contra la impunidad y reparar el daño sufrido en el pasado, todavía muchos Estados o personas que actúan en su nombre y se niegan a reconocerlo, hacen desaparecer a personas para acallar la disidencia y eliminar cualquier oposición política, así como para perseguir a grupos étnicos o religiosos. No es que se nieguen a investigar los casos, es que son los culpables. "La desaparición forzada se usa a menudo como estrategia para infundir el terror en los ciudadanos. La sensación de inseguridad que esa práctica genera no se limita a los parientes próximos del desaparecido, sino que afecta a su comunidad y al conjunto de la sociedad", aclara la ONU.
Es el caso de Sudán del Sur, donde la población civil "se encuentra a merced de las violaciones de derechos humanos cometidas por las fuerzas gubernamentales tras la firma del acuerdo de paz en agosto de 2015 en un escenario de total impunidad", señala Amnistía. Según datos del CICR, en este país subsahariano se han registrado más de 10.000 casos de menores no acompañados separados de sus familias o desaparecidos.

Perdidos en el camino

"Las desapariciones forzadas con implicación del Estado y las perpetradas por agentes no estatales continúan siendo una práctica generalizada en México. La impunidad por estos crímenes sigue siendo absoluta. Según datos oficiales, 27.638 personas (20.203 hombres y 7.435 mujeres) se hallaban en paradero desconocido en el país al concluir 2015. Por lo general, las pocas investigaciones criminales sobre esos casos presentaban deficiencias y las autoridades no buscaban a las víctimas", sostiene Amnistía.
Y así en un largo listado de países donde por acción u omisión del Estado, las desapariciones forzadas son práctica habitual. Siria, Egipto, Etiopía, Ucrania, Turquía, Guatemala, Irak, Perú... Además de los conflictos y la lucha sucia contra personas incómodas, desde activistas hasta periodistas, las migraciones son un gran agujero negro que se traga la vida de miles de personas. Mueren o sepierden en el camino. Les ocurre a cientos, miles, de los que tratan de llegar a Europa por peligrosas rutas a través de África y Oriente Medio; o en el Mediterráneo, donde se ahogan ante la mirada de un continente rico, pero incapaz de salvar sus vidas. Les sucede a hondureños, salvadoreños o guatemaltecos que tratan de hacer realidad el sueño americano en Estados Unidos huyendo de sus países marcados por la violencia. Y México los engulló. Les pasas a los rohingya, minoría perseguida en Myanmar (antigua Birmania) donde viven en condiciones miserables, sin derecho a poseer tierra, explotados y limitados en sus movimientos, y se echan a la mar desesperados, no siempre para acabar con un final feliz.
¿Cómo actuar? El CICR propone, entre otras medidas, que se desarrollen marcos jurídicos orientados a identificar e informar sobre las víctimas, así como responder a las necesidades de las familias. Muchas no solo pierden a un padre, hija o hermano, sino que se quedan sin sostén económico y no adquieren, debido a la falta de leyes concretas, el derecho de volver a casarse en el caso de las mujeres, vender los bienes comunes o al acceso a determinados servicios sociales. Permanecen en un limbo emocional y legal que les hace revivir cada día el mismo día: el último que vieron a su Enrique.
El Pais 
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Governo Macri vai construir centro de detenção para imigrantes em situação irregular

O governo de Mauricio Macri, presidente da Argentina, anunciou  que irá construir um centro de detenção na cidade de Buenos Aires para imigrantes e refugiados que ingressarem ou permanecerem de maneira irregular no país.

A medida tem sido repudiada por juristas e organizações de direitos humanos, que afirmam que irregularidades migratórias não são motivo de detenção e que a iniciativa vai de encontro à Lei de Migrações argentina.

Segundo o comunicado publicado no site da Direção Nacional de Migrações, o diretor nacional de Migrações, Horacio García, a ministra de Segurança Nacional, Patrícia Bullrich, e o ministro da Justiça e Segurança da capital, Martín Ocampo, assinaram no dia 19 de agosto um acordo pelo qual a capital entregará um imóvel ao governo federal que será destinado a reter imigrantes e/ou refugiados que tenham cometido “infrações à Lei de Migrações vinculadas ao ingresso ilegal ao território ou a determinações judiciais, prévias a sua expulsão do território”.

O acordo estipula que a construção do centro será iniciada no dia 1º de setembro e durará quatro anos. Uma vez pronto, a Polícia Federal ficará responsável pelo transporte e custódia dos detidos.

A organização não governamental Cels (Centro de Estudos Legais e Sociais) disse por meio de comunicado que a decisão “implica na criminalização dos migrantes cuja situação é irregular, associando-os com um problema de segurança”. Para o órgão, a condição de migração irregular “não pode ser visto nunca como um problema de segurança”.

A Lei de Migrações argentina é considerada modelo no cenário internacional por não conter critérios de “combate” à imigração e aos imigrantes. A legislação só prevê a detenção para situações pontuais e como última medida.

Entrevistado pelo jornal argentino Página/12, o diretor da Área de Litígio e Defesa Legal do Cels, Diego Morales, afirmou que o novo acordo do governo implica numa “ampliação das determinações de retenção e expulsão [de imigrantes e refugiados] que a lei não contempla”.

A Anistia Internacional se pronunciou nesta sexta-feira (26) contra a criação do centro de detenção, afirmando que a iniciativa representa um “ponto de ruptura na política migratória argentina” e criticando a decisão do governo de usar a prisão como “forma de castigo” para a migração irregular em vez de abordar as causas que a provocam.

“Todas as pessoas, incluindo os imigrantes e refugiados, têm o direito à liberdade e à livre circulação, e à proteção frente à detenção e reclusão arbitrárias”, disse a organização em comunicado.

A presidente da Rede de Migrantes e Refugiados da Argentina, Lourdes Rivadeneira, por sua vez, afirmou àTélam, agência de notícias da Argentina, que “associar delito à condição de migrante é um grave retrocesso para o país e para a região”.

Foi criada uma petição online contra a criação de centros de detenção para imigrantes na Argentina. Até o momento, 1.250 pessoas assinaram a petição, que tem como meta 1.500 assinaturas.

Em resposta, o governo argentino disse à Télam que “a intenção da medida não é, de maneira alguma, criminalizar a imigração, apenas dispor de um espaço para alojar aqueles que, por diferentes situações, estejam a ponto de serem deportados, evitando assim que fiquem presos nas instalações das forças de segurança em portos, aeroportos e alfândegas”.


Opera Mundi

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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Atletas refugiados com necessidades especiais farão histórica estreia nos Jogos Paralímpicos do Rio

Pela primeira vez, uma equipe de atletas com deficiência que foram forçados a abandonar suas casas vão competir no cenário mundial das Paralimpíadas Rio 2016.
 Atletas com deficiência têm disputado a glória nos Jogos Paralímpicos desde 1960. Agora, no Rio de Janeiro, pela primeira vez para-atletas que enfrentaram o desafio adicional de serem forçados a deixar seus países de origem vão competir pela Equipe de Atletas Paralímpicos Independentes.
Os competidores, que são originalmente do Irã e da Síria, vão seguir os passos da amplamente comemorada Equipe Olímpica de Atletas Refugiados. Apesar de não terem ganho nenhuma medalha, os 10 atletas refugiados fizeram história nos Jogos Olímpicos Rio 2016, reafirmando a coragem e a perseverança dos refugiados e dos deslocados internos do mundo todo - uma população que já ultrapassa 65 milhões.
Antes dos Jogos Paralímpicos, que terão início dia sete de setembro, abaixo há um breve descritivo sobre quem são os atletas deslocados que vão levar uma mensagem de esperança, não só para os milhões de pessoas deslocadas com deficiência em todo o mundo, mas para todas as pessoas, em todos os lugares.

Como um menino que cresceu em Deir ez -Zor, na Síria, Ibrahim Al- Hussein costumava nadar no rio Eufrates. A renomada ponte suspensa da cidade era o seu ponto de partida e de trampolim. Seu pai, um técnico de natação, foi seu treinador, conduzindo Ibrahim e vários dos seus 13 irmãos para vitórias em competições de natação locais e nacionais.
Mas sua carreira como nadador foi interrompida quando a guerra eclodiu na Síria e intensos combates atingiram a região que morava.
Um dia, em 2013, Ibrahim correu para ajudar um amigo que tinha sido atingido por uma bomba, e acabou se ferindo. Ele perdeu a parte inferior de sua perna direita, abaixo do joelho. Ele fugiu para a Turquia, onde passou a maior parte do ano seguinte se recuperando. "Depois que fui ferido, eu ficava confinado em casa", disse. "Foi muito difícil não ser capaz de fazer qualquer coisa".
Ibrahim passou grande parte do ano seguinte ensinando a andar novamente. Em seguida, ele embarcou um barco inflável para a Grécia, onde vive desde 2014. Após sua lesão, Ibrahim pensou que nunca nadaria novamente, muito menos competir no cenário mundial. Mas a realidade passou a ser outra.
"Depois de 22 anos de treinamento, o meu sonho finalmente se tornou realidade", afirmou o atleta. "Às vezes eu vou para a cama à noite e por estar tão feliz eu choro".
Nos Jogos Paralímpicos, Ibrahim irá competir nos 50 metros e 100 metros nado livre na classe S10, uma das 10 classes com base no grau de habilidade. Sua participação acontece menos de um ano depois que ele começou a nadar novamente, em outubro do ano passado, depois de uma pausa de cinco anos.
“É impossível descrever a honra que estou sentindo”.
Em abril, Ibrahim conduziu a Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016 por um campo de refugiados em Atenas. Foi um gesto simbólico para mostrar solidariedade aos refugiados de todo o mundo, em um momento em que guerras e conflitos forçaram mais de 65 milhões de pessoas a deixar seus lares.
Apenas recentemente ele soube que iria para o Rio de Janeiro competir nos Jogos Paralímpicos.
“Quando eu descobri que iria competir nos Jogos, eu fiquei tão feliz que nem conseguia parar quieto”, disse Ibrahim. “Eu não conseguia nem dormir. Foi uma sensação maravilhosa”.
Em Atenas, Ibrahim praticava natação em uma associação grega para atletas com deficiência. Ele caminha utilizando uma prótese que um médico grego lhe deu de presente. Seus tempos na piscina estão alguns segundos acima de suas melhores marcas, quando ainda tinha as duas pernas. Mas Ibrahim está sempre se superando. E ele afirma que seu principal adversário é ele mesmo.
“É impossível descrever a honra que estou sentindo”, disse Ibrahim. “Agora, tudo que penso é fazer o meu melhor e atingir a minha meta”.  

Shahrad Nasajpour, um iraniano que teve concedido o pedido de refúgio nos Estados Unidos, também faz parte da equipe. Ele competirá no arremesso de discos nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Por ser um atleta com paralisia cerebral, ele competirá na classe esportiva F37. Ele escolheu não compartilhar sua história por razões pessoais, e está focado em aperfeiçoar sua técnica antes dos Jogos.
*Tania Karas contribui para esta reportagem de Atenas, Grécia.

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Alemanha espera 300 mil refugiados em 2016

Número representa menos de um terço do total de refugiados que chegou à Alemanha no ano passado

A Alemanha espera receber este ano até 300 mil requerentes de asilo, menos de um terço do total de refugiados que entrou naquele país em 2015, indicou hoje o Gabinete Federal para a Imigração e os Refugiados (BAMF).

"Estamos a preparar a chegada de 250.000 a 300.000 requerentes de asilo este ano", declarou o presidente do BAMF, Frank-Juergen Weise, numa entrevista ao jornal Bild am Sonntag.

"Podemos assegurar serviços com eficiência até 300.000 chegadas. Se chegarem mais pessoas, estaremos sob pressão e passaremos para um modo de crise. Mesmo assim, não nos encontramos nas condições que foram registadas no ano passado", acrescentou o responsável.

Em 2015, cerca de 1,1 milhões de migrantes chegaram ao território alemão, um recorde absoluto que levou ao limite os serviços administrativos responsáveis pelos pedidos de asilo e que testou a solidez da chanceler alemã Angela Merkel e do seu governo de coligação.

O número de chegadas de migrantes provenientes do Médio Oriente e do Afeganistão na Alemanha tem vindo a diminuir gradualmente, em parte devido ao encerramento da rota migratória dos Balcãs e à assinatura de um acordo controverso entre a União Europeia (UE) e a Turquia em março passado, negociado para travar a vaga migratória da costa turca para as ilhas gregas, uma das principais entradas na Europa.

Segundo Frank-Juergen Weise, as autoridades alemãs têm registado progressos no registo de pedidos de asilo, mas provavelmente não vão conseguir avaliar até ao final do ano os cerca de 530.000 casos que ainda estão em falta.

A integração dos migrantes autorizados a ficar na Alemanhano mercado de trabalho vai ser um processo "tedioso e caro", de acordo com o mesmo funcionário, que mesmo assim continua otimista sobre as perspetivas a longo prazo.

"Nós podemos fazer isso", declarou o presidente do BAMF, repetindo a frase que Angela Merkel usou no início da crise migratória.

"Finalmente fomos capazes de gerir muito bem o que estava errado no início desta crise [há cerca de um ano]. E a economia na Alemanha está bem, podemos assumir isto", reforçou.

DN Mundo

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domingo, 28 de agosto de 2016

Missão Paz revitalização da Praça dos Bombeiros na Baixada do Glicério


A Missão Paz fora do trabalhos com os migrantes e imigrantes também esta preocupada com a qualidade de vida dos moradores no bairro em que a Igreja Nossa Senhora da Paz  fica na baixada do Glicério em este sentido tem desenvolvido trabalho de consciência junto a comunidade.
  
 Praças públicas são, por excelência, espaços de convivência e, em muitos casos, marcos simbólicos do tecido urbano. porém, a falta da devida manutenção e de serviços constantes de melhorias submetem esses patrimônios a contextos diversos de degradação. Para devolvê-la ao uso coletivo da população da baixada do Glicério , a praça foi inserida num projeto  de revitalização  para enfrentar os problemas e tornar o bairro mais atrativo, o primeiro passo tomado pela Subprefeitura da Sé  foi elaborar uma parceria com varias instituições entre ela a Igreja Nossa Senhora da Paz –Missão Paz
O projeto da nova praça prevê ambientes apropriados para usos já correntes no espaço, destacando áreas de  lazer para as crianças, praticas esportivas, culturais.

Padre Antenor Dalla Vechia que luta junto a comunidade por uma melhoria do bairro ,diz que este espaço  e nosso  uma área de lazer , ter um espaço  para ser  feliz a pesar de todos os problemas a revitalização era esperado por toda a comunidade. Também marcou a presença o Subprefeito da Sé Gilmar Tadeu Ribeiro

Armando Silva Morador nascido e criado no Glicério diz que é importante criar uma Associação dos amigos da Praça para conservar este patrimônio. O grupo de teatro Impulso Coletivo apresentou para o publico e crianças presente uma peça que trata sobre a historia da construção do bairro e a chegada dos migrantes e imigrantes .  


Foto e texto Miguel Ahumada

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Haitianos deixam Brasil e geram crise migratória na Costa Rica


Os agentes humanitários começaram a desconfiar dos migrantes que ficaram presos na Costa Rica quando muitos disseram que se chamavam Muhammad Ali, nome do ex-campeão de boxe. Depois, os tradutores enviados para ajudar as autoridades locais começaram a detectar algo errado nos sotaques deles.
Milhares de migrantes que afirmavam ser da África Ocidental que tem o francês como língua não eram o que pareciam; na verdade, vinham do Haiti, no Caribe. Sem poder sair da Costa Rica depois que a Nicarágua fechou suas fronteiras, os Muhammad Alis geraram a maior crise migratória do país da América Central desde os anos 1980.
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“O francês que eles falavam não era o francês da África Ocidental. Eles falavam creole”, disse o presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, no centro internacional para acadêmicos Wilson Center, em Washington, em 22 de agosto. “Nós percebemos, então, que a maioria deles vinha do Haiti”.
A crise econômica no Brasil e o fim das obras para a Olimpíada estão gerando uma consequência inesperada. Muitos dos 50.000 imigrantes haitianos que estavam no Brasil estão se dirigindo aos EUA em busca de emprego, disse Solís. O ministro de Relações Exteriores da Costa Rica, Manuel González, disse que muitos dos 2.000 migrantes que chegaram à Costa Rica diziam ter raízes africanas, em busca de condições mais favoráveis, acreditando que isso evitaria a deportação.
Os haitianos se instalaram no Brasil quando receberam residência especial após o terremoto de 2010, que devastou o país caribenho e matou cerca de 300.000 pessoas. Seis anos depois, muitos agora estão piorando a crise migratória na Costa Rica, que tem dificuldades para lidar com a maior chegada de pessoas desde as guerras civis que assolaram os países vizinhos durante a Guerra Fria.
Estável e relativamente abastada em uma região pobre e violenta, a Costa Rica tem enfrentado repetidas crise de imigração. Entre outubro de 2015 e março passado, cerca de 8.000 cubanos que rumavam para os EUA ficaram na Costa Rica depois que a Nicarágua fechou sua fronteira. Posteriormente, eles foram levados de avião para El Salvador e seguiram caminho para os EUA via México.

Sem documento

O ministro das Comunicações da Costa Rica, Mauricio Herrera, disse que os haitianos buscam tratamento semelhante ao dado aos cubanos. Uma decisão da Corte Suprema da Costa Rica impede o país de deportar cubanos e Solís disse que tem sido difícil devolver os haitianos ao seu país de origem porque muitos não possuem documentos de identidade e porque o Haiti resiste em aceitá-los de volta.
Nos últimos dois anos, a Costa Rica também recebeu milhares de migrantes de El Salvador, Guatemala e Honduras que fugiam da violência e da pobreza em seus países.
“Eles estão fugindo de situações muito difíceis”, disse a vice-ministra de Governo, Carmen Muñoz, a uma comissão do Congresso neste mês. “Eles já não têm emprego e milhares estão migrando do Brasil para os EUA em busca de um futuro melhor”.


Especiais InfoMoney

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sábado, 27 de agosto de 2016

Aluno do Haiti apresenta pesquisa sobre Educação na UEMS

"Um profissional não se forma apenas para uma sociedade, e sim para um mundo inteiro". É o que afirma Jimmy Pierre, de 34 anos, aluno do Mestrado em Educação, oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na unidade de Paranaíba. Ele é o primeiro aluno estrangeiro a ingressar na universidade por meio de um programa da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a defender uma dissertação de Mestrado.
O estudante, que é de Porto Príncipe, no Haiti, ingressou no Programa de Pós-graduação em agosto de 2014. Em seu trabalho, Jimmy estuda o desenvolvimento humano na proposta educacional do Haiti, analisada a partir do enfoque Histórico-Cultural. A defesa está marcada para as 9h deste sábado, na unidade da UEMS em Paranaíba.
"Por meio desse Mestrado, dessa oportunidade que eu tive de fazer aqui na UEMS, eu consegui outra visão a respeito do desenvolvimento humano, da educação, dos valores morais, sociais e políticos", afirma.
A professora doutora Maria Silvia Rosa Santana, orientadora de Jimmy, afirma que o trabalho foi um grande desafio, tanto para ela, quanto para o aluno. "Para mim por ser um objeto de estudo que diz respeito a outro país, para Jimmy pela questão da língua. A dissertação dele foi escrita toda em português", conta.
Jimmy lembra que quando chegou em Paranaíba falava apenas francês, inglês e espanhol. "Eu tive que aprender português. Foi um pouco difícil no início, mas depois recebi muita ajuda de professores e colegas".
Para a orientadora, a experiência com o acadêmico haitiano foi muita rica. "A vinda do Jimmy para a UEMS foi muito boa, em todos os sentidos. Um estrangeiro, com outra experiência de vida, de formação, de aprendizado. Foi uma partilha muito importante para todos nós, alunos e acadêmicos de Paranaíba", afirma Maria.
Jimmy formou-se na graduação na Escola Internacional de Educação Física e Esporte, localizada em San José de las Lajas, em Cuba. No Brasil, conheceu universidades em diversas cidades como São Paulo, Brasília, além das cidades de Mato Grosso do Sul, como Campo Grande e Dourados.
A assessora de relações internacionais da UEMS (ARELIN), Silvana Moretti, lembra que Jimmy conseguiu a vaga em um processo seletivo com 157 candidatos. "Ele se esforçou muito. Durante o mestrado, ensinou francês e inglês para a comunidade. Jimmy é o exemplo de que esse convênio com países da América Central e América do Sul, além do México, é extremamente positivo".
Ainda segundo a assessora, atualmente, outros dois alunos que ingressaram na UEMS por meio desse programa, um da Guatemala e outro da Colômbia, estudam nas unidades de Dourados e de Campo Grande.
"Esses alunos levam o nome da UEMS para fora do Brasil e fortalecem o processo de internacionalização. Por meio destes programas, a universidade começa a ter visibilidade. A internacionalização é um processo novo dentro das universidades, é um processo que não tem volta", explica Silvana.
"Eu agradeço muito a UEMS, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) que também me ajudou, a OEA e ao grupo Coimbra. Tudo o que eu aprendi foi graças a essa oportunidade, que vou levar por toda a vida", diz o estudante. Sobre o futuro, Jimmy conta que pretende fazer Doutorado em um país da América do Norte, como o Canadá, ou da Europa.
Convênios
Atualmente, a UEMS participa de dois programas para receber alunos estrangeiros no Brasil, o Programa de Estudantes - Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG) e o Programa de Alianças para a Educação e a Capacitação (PAEC), oferecido por meio da OEA e do Grupo Coimbra.
O PEC-PG é uma ação do Ministério das Relações Internacionais, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que oferece bolsas de Doutorado pleno, em universidades brasileiras, a professores universitários, pesquisadores, profissionais e graduados do ensino superior dos países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém Acordo de Cooperação Educacional, Cultural ou de Ciência e Tecnologia.
O PAEC, oferecido pela OEA e pelo Grupo Coimbra, oferece bolsas para realização de cursos completos de pós-graduação stricto sensu, mestrados e doutorados. Seu principal objetivo é contribuir com a integração e o fortalecimento regional das Américas, por meio da qualificação de profissionais, principalmente daqueles oriundos de países de baixo nível de desenvolvimento humano.

 O Progresso

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Seminário Internacional Migrações: religiões e espiritualidades

O Seminário Internacional Migrações: religiões e espiritualidades e XXII Simpósio de História da Imigração e Colonização acontecem de 21 a 23 de setembro, no Rio Grande do Sul. Os eventos têm como foco propor a discussão do impacto provocado pelas migrações sobre religiões e espiritualidades e como religiões e espiritualidades impactaram regiões colonizadas por migrantes em âmbito internacional.  As inscrições podem ser feitas até 21 de setembro.
Organizado pelo Programa de Pós Graduação em História - UNISINOS, em parceria com o Instituto Histórico de São Leopoldo, a temática da presente edição enfatiza religiões e espiritualidades e possibilitará inúmeras abordagens, a exemplo do que vem sendo feito na pesquisa, na escrita e na análise da história da imigração e da colonização.
Objetivos:
  • Proporcionar ambiente de debate em torno do tema proposto para o evento, permitindo a interação ente historiadores de alcance internacional e nacional com jovens pesquisadores, bem como, com a comunidade em geral que se interessa pelos estudos imigratórios;
  • Analisar o tema proposto sob a luz de diversas abordagens, mapeando as mais recentes produções sobre as religiões e espiritualidades no âmbito da imigração;
  •  Possibilitar a interação através da apresentação de trabalhos na forma de comunicações, proporcionando a discussão e troca de ideias entre os participantes.
Ministrantes
  • Klaus Koschorke (Ludwig-Maximilians-Universität - Alemanha)
  • Gianpaolo Romanato (Università Degli Studi di Padova - Itália)
  • Lauri Emilio Wirth (Universidade Metodista de São Paulo)
  • Oneide Bobsin (EST)
  • Renata Siuda-Ambroziak (Universidade de Varsóvia - Polônia)
  • Martin Norberto Dreher (IHSL)
  • Ricardo Rieth (ULBRA)
  • José Oscar Beozzo (Instituto de Teologia de São Paulo)
Programação completa do evento, que acontece na unidade Unisinos - São Leopoldo, e mais informações na página da Unisinos.


 Unisino

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