quinta-feira, 16 de junho de 2016

Secretário-geral da ONU pede o fim da discriminação e de ataques contra pessoas com albinismo

Segundo a ONU, o albinismo é encontrado em todos os países e sociedades no mundo, independentemente da etnia ou do sexo das pessoas. Além disso, a discriminação e a estigmatização das pessoas com essa condição também existem em diferentes graus em todo o mundo.
Albinismo é uma condição congênita mais comum na África subsaariana. Foto: ONU/Marie Frechon
Albinismo é uma condição congênita mais comum na África subsaariana. Foto: ONU/Marie Frechon
Em comunicado sobre o Dia Internacional de Consciencialização sobre o Albinismo, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu na segunda-feira (13) que todos os países acabem com a discriminação que ameaça o bem-estar, a saúde e até mesmo a vida das pessoas com albinismo, solicitando programas que permitam a participação plena de pessoas com essa condição na sociedade.
“Peço a todos os países e partes interessadas que reconheçam que os direitos humanos se aplicam a todas as pessoas em todos os lugares, incluindo as pessoas com albinismo”, disse.
Segundo a ONU, o albinismo é encontrado em todos os países e sociedades no mundo, independentemente da etnia ou do sexo das pessoas. Além disso, a discriminação e a estigmatização das pessoas com essa condição também existem em diferentes graus em todo o mundo.
“O albinismo tem sido muitas vezes submetidos a mistificação, provocando crenças errôneas e mitos”, explicou o secretário-geral.
“A crença completamente equivocada de que poções ou amuletos feitos de partes do corpo de pessoas com albinismo têm poderes mágicos deu origem, em alguns países, a uma demanda maior por esses restos humanos. Isso levou a maiores ataques, sequestros e assassinatos de pessoas com albinismo, e até mesmo a roubos de seus corpos de cemitérios”, completou.
A ONU também destacou que, por conta da longa história de discriminação e estigmatização de albinismo, em alguns lugares, as pessoas com essa condição acabam vivendo em extrema pobreza, sem acesso a serviços básicos, como alojamento, saúde e educação.
“A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás”, disse Ban. “Isso inclui as pessoas com albinismo. O ciclo de ataques, a discriminação e a pobreza devem acabar.”
Em 2013, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução apelando para a prevenção de ataques e discriminação contra as pessoas com albinismo.
O dirigente máximo da ONU também saudou a nomeação, em março de 2015, da primeira especialista Independente da ONU sobre os direitos das pessoas com albinismo.
Onu

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