Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de, aproximadamente,
5.9 graus na escala Richter devastou a capital Porto Príncipe e outras regiões
do Haiti. Ao atingir um dos países mais pobres do mundo, o terremoto devastou a
já precária região da capital Porto Príncipe. Desde então, sem a perspectiva de
melhoras, milhares de haitianos têm buscado, ano após ano, recomeçar suas vidas
em outros países, especialmente no Brasil.
A proximidade das
fronteiras colocou o Amazonas como um dos principais centros onde haitianos
estão buscando recomeçar. Para analisar as condições de vida desse grupo na
capital, duas estudantes de serviço social da faculdade Martha Falcão estão
elaborando o estudo “Redes de apoio aos imigrantes da cidade de Manaus”, que
aborda o tema.
A aluna e coautora do projeto, Alline Araújo Maia, destaca a
importância das instituições não governamentais, que acabam tomando a frente do
poder público no apoio aos imigrantes. “Já visitei algumas ONGs e redes de
apoio, que são responsaveis por suprir as necessidades mais urgentes dos
imigrantes e têm como objetivo prestar apoio e atendimento. Os serviços
oferecidos são: atendimento social e psicológico e assistencial, como também
serviços de orientação jurídica. As redes de apoio representam um importante
papel para os imigrantes que chegam em Manaus, sem apoio de parentes ou
familiares, sem condições de vida básicas”, relata a universitária.
De acordo com Alline, são necessárias politicas públicas
voltadas aos imigrantes. “O governo deve criar programas que facilitem a vinda
dos imigrantes, fazendo todo o acompanhamento e dando apoio, criando
programas referentes à imigração e devendo ser devidamnete implantado,
diante dos levantamentos que serão concluídos. Será necessário, antes de mais
nada, atender essas demandas que são impostas, fazendo parcerias com
instituições e promovendo melhor qualidade de vida e oportunidade”, sugere.
Condições de trabalho
“Assim como não está fácil para nós brasileiros, para os
haitianos não podia ser diferente. Em relação ao poder público, há participação
na disponibilização de cursos de capacitação profissional, por meio do
Pronatec,Cetam e também cursos da língua portuguesa em instituições de ensino
superior (parceria) e do próprio Cetam também. No início houve muitas
desistências desses cursos por não terem domínio do idioma, depois dessa
percepção foi que solicitaram intérprete em sala de aula e assim alguns
conseguiram concluir”, alerta a estudante.
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