sábado, 21 de maio de 2016

Governo encerra política de imigração que atendeu mais de 40 mil estrangeiros

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, 20, o governador Tião Viana anunciou o fim da rota de imigração para o Brasil que tinha como porta de entrada a fronteira acreana com o Peru. Desde 2010, quando começou o movimento migratório, mais de 43 mil pessoas – de 15 países, principalmente do Haiti – entraram no país pelo Acre.
Segundo o governador, os gastos com atendimento humanitário aos imigrantes nesse período ultrapassaram R$ 26 milhões, entre recursos estaduais e federais. Mesmo não sendo o Acre o destino final dos imigrantes, desde o começo do movimento, e mesmo recebendo críticas, o governo do Estado se comprometeu levar conforto às pessoas que realizavam uma longa e, por vezes, angustiante e perigosa travessia para chegar ao país.
Governador foi homenageado pelos imigrantes em Brasileia (Foto: Sérgio Vale/Secom)
“Da minha parte, só nos resta agradecer – ao governo federal, que, mesmo com demoras burocráticas, nos apoiou; à imprensa, por levar os fatos; e às nossas secretarias, que deram a esses imigrantes um tratamento humano e ético. Fica agora o sentimento de missão cumprida. E um dos últimos atos da presidente Dilma foi nos repassar R$ 10 milhões pelos R$ 14 milhões que gastamos. Eles serão investidos no sistema prisional do Acre”, disse Tião Viana.
Com políticas públicas do governo federal para frear a imigração ilegal, principalmente o aumento de vistos brasileiros em Porto Príncipe, capital do Haiti, aos poucos a rota acreana foi abandonada, até finalmente cessar. Além disso, cerca de 30% dos imigrantes que aqui chegaram foram para São Paulo e 70%, para a Região Sul.
O trabalho continua
Abrigo de Brasileia recebeu milhares de imigrantes (Foto: Angela Peres/Secom)
O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, ressaltou que, mesmo com todas as dificuldades, o governo do Estado não abandonou os imigrantes – desde o abrigo em Brasileia até a transferência para Rio Branco, quando o movimento deu um salto. Da capacidade de 250 pessoas por vez no abrigo, houve momentos em que estavam acomodados mais de dois mil imigrantes.
“Desativamos o abrigo e devolvemos o local. A atuação continua, mas de outra forma, apenas dando informações para os imigrantes que estejam chegando e um atendimento mais especializado caso haja uma situação dramática”, conta o secretário.
cerca de 30% dos imigrantes que aqui chegaram foram para São Paulo e 70%, para a Região Sul (Foto: Luciano Pontes/Secom)
Apoiando e buscando recursos para a questão da imigração no Acre desde 2010, o senador Jorge Viana também demonstrou satisfação pelo fim de uma problemática que por muito tempo parecia não acabar.
“Quando o Tião assumiu, ele já começou seu mandato com esse movimento, mas se dedicou a um grandioso trabalho, mesmo consumindo muito da gestão do seu governo e por muito tempo. É algo que vai ficar na história do Acre, e eu vejo que valeu a pena ajudar”, relatou.
Novo Acre
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