terça-feira, 10 de maio de 2016

Escassez de água pode provocar mais conflitos

A menos que se tomem medidas urgentes e a curto prazo, a água vai começar a escassear em regiões onde hoje é abundante, como a África central e Ásia oriental, e a escassez tenderá a intensificar-se em zonas onde é já um bem insuficiente, como é o caso do Médio Oriente e do Sahel, em África, alerta o mais recente relatório do Banco Mundial sobre as alterações climáticas e os seus efeitos na economia.

De acordo com o estudo, os efeitos combinados das alterações climáticas com o crescimento das populações e a expansão das cidades, irá provocar um crescimento exponencial na procura de água, o que contrastará com a escassez cada vez maior deste bem em algumas regiões. A manter-se a tendência atual, os especialistas do Banco Mundial estimam que as taxas de crescimento das regiões mais afetadas reduzam em seis por cento, até 2050.

Por outro lado, as subidas abruptas do preço dos alimentos provocadas pelas secas poderão avivar conflitos latentes e originar mais migrações, pois quando o crescimento económico se vê afetado pelas chuvas, os episódios de secas e inundações geram ondas de migrações e surtos de violência dentro dos países, adiantam os autores do estudos.

«A escassez de água constitui uma ameaça importante ao crescimento económico e à estabilidade no mundo, e as alterações climáticas estão a agravar o problema. A nossa análise mostra que se os países não adotarem medidas para melhorar a gestão dos recursos hídricos, algumas regiões densamente povoadas poderão ver-se afetadas por largos períodos de crescimento económico negativo», avisa o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

Fatima Missionaria 

www.miguelimigrante.blogspot.com

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