terça-feira, 3 de maio de 2016

Acolhimento e integração, única resposta

“Somente se amarmos e acolhermos o outro com amor, a resposta será amor. Se, ao invés, tivermos medo e nos defendermos, a resposta serão desafio e tensão.” Foi o que afirmou o secretário geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Dom Duarte da Cunha, falando do desafio migratório pelo qual a Europa está atravessando e das tentativas, por parte de alguns Estado, de levantar novos muros.

Igreja engajada na construção da coesão social

Dias atrás, o secretário geral do referido conselho participou, em Paris, de um encontro entre bispos representantes das Conferências episcopais da França, Reino Unido e Alemanha para uma avaliação acerca da situação das migrações, em particular, em Calais, ao longo do confim entre França e Inglaterra.
“A Igreja encontra-se na linha de frente na assistência às pessoas necessitadas, mas está também comprometida a construir, não tanto com palavras, mas com gestos concretos, a harmonia e a coesão social”, disse Dom Duarte, citado pela agência Sir.

Dois critérios: acolhimento e exame de consciência

E a Igreja está fazendo isso em toda a Europa, de norte a sul”, reiterou o prelado, que, em seguida, indicou dois critérios com os quais as Igrejas europeias podem olhar para a questão migratória.
“O primeiro é que a Europa é composta também por todas as organizações, eclesiais e não-eclesiais, engajadas nesta frente, e pelas milhares de paróquias que abriram as portas: também elas são a Europa, um povo acolhedor e positivo”, disse o secretário geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
O outro critério é o exame de consciência: “O que está acontecendo na Europa hoje, o fato de estar se fechando, de estar levantando muros e de estar amedrontada é o fruto de um passado em que educamos as pessoas a ser consumistas, egoístas, individualistas”, explicou o prelado.

Dar início a processos de integração

“Não podemos pensar que após durante anos ter sido patrocinada uma educação vazia de valores, que hoje se possa encontrar uma cultura de valores”, acrescentou.
“O problema é entender se se está trabalhando concretamente para administrar com realismo o fenômeno migratório, criando processos de integração”, concluiu Dom Duarte da Cunha. 

Radio Vaticano
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