terça-feira, 31 de maio de 2016

La muerte de otro niño en el Mediterráneo recuerda al mundo el drama de la migración

Después de que diera la vuelta al mundo la historia del pequeño Aylan Kurdi, el dolor volvió a encarnarse en el inocente cuerpo de un menor. Esta vez, una ONG mostró la imagen de un rescatista alemán sosteniendo entre sus brazos el cuerpo inerte de un bebé que se ahogó en el Mediterráneo, como si estuviera dormido.
“Tomé el brazo del bebé y de inmediato protegí el pequeño cuerpo en mis brazos, como si aún estuviera vivo (…) el sol brillaba en sus ojos inmóviles”, cita la agencia Reuters al rescatista de la estremecedora fotografía.
Sea Watch, una organización humanitaria alemana, difundió la imagen con la esperanza de que las autoridades europeas se convenzan de la necesidad de permitir el paso de los inmigrantes, luego de que en apenas una semana murieran cientos de personas en el intento de buscar una vida mejor.
El niño murió mientras viajaba junto a centenares de personas en un bote de madera que salió de Libia. Hace recordar al niño sirio Aylan, cuyo cuerpo sin vida de apenas tres añitos quedó tendido en una playa turca el año pasado.
A partir de los testimonios de los sobrevivientes, la Organización Internacional para las Migraciones (OIM)considera que en la última semana han muerto alrededor de mil personas en distintos naufragios en el Mediterráneo.
Flavio Di Giacomo, portavoz de la OIM en Italia, dijo que en el lapso mencionado se rescató a 13,000 personas que trataban de llegar a Europa a través del Mediterráneo, cifra que en este año ya ha alcanzado las 47,200, dos centenares más de las asistidas en todo 2015.
Di Giacomo descartó que Europa esté enfrentando una invasión, pero sí señaló que se vive una “emergencia humanitaria porque la gente continúa muriendo de forma excesiva”.
Y es que el Mediterráneo, con todos los peligros que implica, se ha convertido en la principal puerta de entrada al continente europeo tras el cierre de la ruta de los Balcanes.
Univision
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Plataforma quer ajudar refugiados a falar português

O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) criou aPlataforma de Português Online para que os cidadãos estrangeiros, nomeadamente os refugiados, possam aprender a falar a língua portuguesa, estando já disponível a partir do site do organismo.
De acordo com a informação disponível na sua página na Internet, a Plataforma de Português Online foi lançada na passada sexta-feira, e é uma ferramenta com conteúdos para a aprendizagem da língua portuguesa por adultos falantes de outras línguas.
"Para já, esta Plataforma está disponível em português e inglês, sendo que brevemente poderá ser consultada noutras línguas, nomeadamente em árabe, mandarim e romeno, indo assim ao encontro das necessidades específicas dos refugiados acolhidos em Portugal”, refere o ACM.
De acordo com o organismo, esta plataforma pretende ser mais do que um manual para o ensino do português, disponibilizando ferramentas que permitem ao utilizador “praticar a língua nas atividades linguísticas de compreensão oral, da leitura e da produção escrita”.
“Aprender e alargar o vocabulário, bem como os conhecimentos da gramática do português para ser usada nos contextos de uso da língua, constitui outra das potencialidades desta nova Plataforma”, explica o ACM.
De acordo com o ACM, a plataforma está apta para ajudar a desenvolver competências em língua e competências gerais, “nomeadamente o conhecimento sociocultural e a consciência intercultural, organizadas em 24 módulos temáticos funcionais, apresentados nos formatos texto, áudio, vídeo e imagem.
Para já só está disponível o primeiro módulo, mas o ACM diz que os restantes também estarão brevemente.
Através da página da plataforma é possível constatar que haverá um tutor para responder a quaisquer dúvidas, sendo disponibilizados exercícios para praticar a língua portuguesa e exames para testar os conhecimentos adquiridos.
TVI24
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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Crianças "imigrantes não são um perigo"

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O papa Francisco afirmou este sábado que "os imigrantes não são um perigo, estão em perigo", durante um encontro que manteve no Vaticano com 500 crianças italianas e imigrantes, chegadas da região da Calábria.
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*       "Os imigrantes não são um perigo, estão em perigo", disse o pontífice por várias ocasiões, numa mensagem de fraternidade e de tolerância para com outras culturas e religiões, que pediu às crianças que repetissem com ele.
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*       "O comboio das crianças" é o nome de uma iniciativa, organizada pelo Conselho Pontifício da Cultura, que desde há quatro edições leva crianças ao Vaticano de comboio para conhecer e conversar com o papa. Desta vez, o tema eleito foi "Trazidos pelas ondas" e os participantes foram menores que vivem na Calábria, no sul de Itália, uma das regiões do país que concentra um maior número de imigrantes.
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*      "Boa parte [dos participantes] é constituída por refugiados que vieram sobre as ondas do mar com as suas esperanças e tragédias", disse à agência espanhola Efe o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, o cardeal Gianfranco Ravasi.
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*      Críticas aos países que deportam os migrantes Durante o evento, Ravasi leu uma carta que as crianças tinham escrito ao papa e na qual refletiam sobre os "adultos que deixam a sua terra por causa da guerra e das perseguições", em que disseram que não conseguem entender "tanta injustiça" no mundo.
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*      O pontífice concordou com esta mensagem e mostrou-se crítico em relação aos países que "não deixam vir e deportam as pessoas em busca de salvação, paz e trabalho", uma afirmação que assume particular significado depois de, na última semana, as embarcações europeias terem socorrido mais de 12 mil pessoas no Mediterrâneo.
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*       "Os que chegam têm uma religião diferente, mas isso não é perigoso porque somos todos irmãos, Deus quer-nos a todos", afirmou o papa.
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*      O sumo pontífice começou por receber as crianças com beijos, abraços e gestos de carinho, comentou os desenhos que um ou outro tinha levado e ofereceu-se para responder a perguntas.
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*      Um participante perguntou ao papa como se devia acolher os imigrantes, ao que Francisco respondeu que devia ser "com gestos de carinho e abertura", sublinhando três palavras-chave: "ternura, compaixão e amizade".
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*      "Os italianos não são todos bons, como em todas as partes, e os que vêm não são todos maus", disse ainda o papa, que explicou o significado de aceitar os imigrantes com uma frase: "vou cuidar de ti". O papa riu, interagiu com as crianças e pediu-lhes por diversas vezes que repetissem as suas idéias principais ou ensaiassem gestos de acolhimento. 

Correio da Manha

Discriminação, agora, é assunto de prefeitura no Japão

Os estrangeiros que moram no Japão têm motivos para comemorar. Na semana passada, após anos de forte pressão externa e uma importante mudança da interpretação do termo "liberdade de expressão", o Parlamento japonês aprovou a lei que torna ilegal discursos e ações que incentivam a discriminação contra estrangeiros.


É importante lembrar que discriminação e racismo já eram considerados crimes no Japão. Mas, agora, as ações que incentivam essas práticas também são ilegais. Até então, expressões frequentemente usadas em protestos organizados contra estrangeiros, como “Volte para seu país!” e “Coreanos devem morrer!” eram consideradas formas de liberdade de expressão.

A nova lei define o discurso de ódio como “declarações e ações injustas que envolvem insultos, ameaças de agressão física, ameaça de morte, discriminação e exclusão de estrangeiros que residem legalmente no Japão”. Com a intenção de protejer a integração dos filhos de estrangeiros, a lei enfatiza que é ilegal qualquer declaração ou ação que incentive ou promova a “exclusão de crianças estrangeiras de suas comunidades”.

Apesar do importante avanço, a eficácia da lei irá depender totalmente da ética japonesa no cumprimento de regras. Apesar de a lei caracterizar o discurso discriminatório como “imperdoável”, não prevê penalidades para quem o pratica. Ou seja, a lei diz: “Não faça isso, é proibido! Mas, se fizer, não vai acontecer nada com você.”


Assunto de prefeitura 

O ponto mais importante da lei, na minha opinião, é que, agora, discriminação também é assunto de prefeitura. A nova lei delegou para os governos locais a responsabilidade de fiscalizar e implementar medidas para combater a discriminação contra estrangeiros e minorias.

Isso significa que as ações contra discriminação serão mais específicas. Cidades onde há grande concentração de brasileiros, por exemplo, poderão criar campanhas educacionais direcionadas, além de disponibilizar telefones para denúncias e consultas sobre o assunto.

Claramente, a lei foi feita para combater as manifestações agressivas de grupos ultraconservadores como o Zaitokukai, uma associação com mais de 15 mil membros que luta contra os “privilégios” concedidos aos estrangeiros que recebem algum tipo benefício do governo. Os coreanos que moram no Japão são os principais alvos do grupo, incluindo crianças que estudam em escolas coreanas que recebem subsídios do governo japonês.

O tema é polêmico e divide opiniões, mas é bom saber que esse problema será tratado de forma mais específica e localizada.

Foto: Kasuhisa Yuki (Creative Commons) 


 Paulo Sakamoto

sábado, 28 de maio de 2016

Imigrantes com salários atrasados em Porto Alegre recebem doações

Senegaleses e haitianos relataram que estavam passando fome.
Em Caxias do Sul, na Serra, imigrante senegalês mobiliza para ajuda.


Imigrantes que passam dificuldades em Porto Alegre por causa do atraso no pagamento de salários agora contam com a solidariedade para amenizar o problema. Horas depois do relato no programa Jornal do Almoço, da RBS TV, na terça-feira (24), eles começaram a receber doações. Nos cálculos dos estrangeiros, o que eles já ganharam vai durar por quatro ou cinco meses.

"Ontem [terça-feira] nós recebemos mais de 50 ligações de pessoas querendo fazer doações. Então acredito que umas 100 doações nós recebemos, entre alimentos, roupas...", destaca a fiscal do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Porto Alegre, Cidia dos Santos.
O Jornal do Almoço mostrou na reportagem que 15 imigrantes estavam com dificuldades de se alimentar e de se proteger contra o frio depois que a empresa para a qual eles prestam serviços começou a atrasar os salários.
"Está difícil em casa. Nós está (sic) sem comida, sem pagar conta, sem pagar aluguel, sem pagar luz, sem pagar água. Como é que nós vai (sic) viver agora? A nossa família lá, como eles vai (sic) viver? Eles dependem de nós. Nós trabalha e manda dinheiro (sic)", disse o africano Ebrima Bereteh, ainda sem imaginar que receberia doações.
Em uma casa na capital, seis dos imigrantes entrevistados não estão conseguindo pagar o aluguel, que é de R$ 1,2 mil reais, divididos entre eles. Antes, a geladeira estava praticamente vazia. Agora, eles têm o que comer pelos próximos meses, estimam.
"Agora tem comida, tem casaco... Falta o dinheiro", destaca o senegalês Mormbadhe Mortala.
A empresa de construção que contratou os imigrantes alegou que teve dificuldades para fazer o depósito porque as contas deles estariam bloqueadas, mas afirmou que os pagamentos seriam feitos nos próximos dias.


G1

Conselho Europeu apela a resposta mundial à crise dos refugiados

O presidente do Conselho Europeu veio apelar a uma resposta a nível mundial à crise dos refugiados, de modo a que não seja apenas a Europa a lidar com o problema.
À margem da cimeira do G7 no Japão, Donald Tusk disse que as nações europeias precisam de ajuda para lidar com a enchente de pessoas que estão a chegar, vindas de países em conflito no Médio Oriente e em África.
“Temos consciência de que é devido à geografia que a maior parte da responsabilidade é, e continuará a ser, posta na Europa”
Ontem foi anunciado que a Comissão Europeia está a prepara novo apoio financeiro para resolver esta crise. 
A estratégia surge numa altura em que os números, avançados na semana passada, apontam para uma nova desilusão na tentativa da UE em recolocar os migrantes chegados à Europa.
Em setembro do ano passado, os líderes dos Estados-Membros aprovaram o Programa de Relocalização de Refugiados, comprometendo-se a repartir, em dois anos, 160 mil pessoas instaladas nos campos de Itália e Grécia.
A meta eram 20 mil até meados de maio, mas até à data pouco mais de 1600 foram relocalizadas.
Uma realidade frustrante para Dmitris Avramopoulos, Comissário Europeu para a Migração, que não hesitou em mostrar a sua insatisfação publicamente e apelou a um maior esforço.
Dois dias depois destas declarações, a Comissão Europeia anunciou a libertação de um pacote de emergência com 56 milhões de euros à Grécia, para melhorar as condições dos migrantes nos centros de acolhimento, fortalecer os registos e os eventuais processos de asilo.


TVI24HRS
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sexta-feira, 27 de maio de 2016

¿Hacia un nuevo Chile? Expertos asumen alza en migración y llaman a que el Estado defina su rol

Por Denisse Vásquez H
Actualmente, un 2,3% de la población chilena es migrante. La cifra es baja si se compara al 13% que promedian los países OCDE, pero los expertos pronostican que el porcentaje experimentará un aumento importante en los próximos años.
La tasa de crecimiento demográfico en el país es de 1% anual mientras que los migrantes aumentan 7%, ritmo que de mantenerse llevará a que en 2040 los migrantes representen alrededor del 13% del total de la población, semejante al promedio de la Unión Europea y de la misma OCDE.
Otra muestra de que la composición de la población chilena está cambiando son los nacimientos. Hoy, el 6% de ellos evidencia al menos un progenitor extranjero y crecen a una tasa anual cercana al 11,5%. Si esa velocidad se mantiene, en el 2040 los nacimientos de este tipo serán superiores que los de ambos padres chilenos, como pronostica el doctor en Ciencias Sociales, Lorenzo Agar.
Este y otros resultados se analizaron en el seminario “¿Qué sabemos de los chilenos?”, organizado por la Asociación Nacional de Avisadores (ANDA) y que se concentró en “los nuevos chilenos”, el fenómeno de la inmigración y sus desafíos, que contó con la participación de académicos, empresarios y autoridades los que coincidieron en que el proceso migratorio es indetenible y Chile debe adaptar sus políticas públicas para hacer frente a dicho fenómeno.

Enfrentando el fenómeno
“La migración no es un anhelo o una aspiración, es una realidad”, planteó el jefe nacional de Extranjería y Migración, Rodrigo Sandoval, quien recordó que el gobierno está trabajando en un proyecto para cambiar la actual ley de migración, la cual dijo ingresará al Congreso este año.
Según el directivo, no es que Chile carezca de una política de migración sino que tiene una pero es “pésima” y no permite enfrentarla, gestionarla y aprovecharla adecuadamente; de ahí la importancia de una pronta reforma.
Estos cambios a la ley adquieren vital importancia teniendo en cuenta el aumento que se espera para los inmigrantes para los próximos años.
El abogado y ex ministro de Relaciones Exteriores, Hernán Errázuriz, señaló que las principales razones para que Chile siga atrayendo gente -especialmente dentro de la región-, es que la diferencia de los salarios sigue siendo sustantiva y también por la seguridad que ofrece nuestro país.
“Esto implica una definición del rol del Estado en la regulación de la migración a través de definiciones, por ejemplo, en los requisitos de la entrega de visas de residencia”, planteó el doctor Lorenzo Agar.
El consul general del Perú, Alejandro Riveros, recomendó hacer cambios en las políticas públicas de natalidad, ya que la tasa de nacimientos en Chile es de 1,8% similar a la de países desarrollados, nivel que está por debajo de del 2,1% necesario para mantener una población activa y asegurar el futuro del país, “lo que podría influir directamente en el bienestar del país y las futuras generaciones”.
IMPACTO EN EL CRECIMIENTO Y EMPLEO
El menor ritmo de la economía impone desafíos a la migración, principalmente por el efecto en el empleo. Así lo manifestó el ex ministro del Interior, Francisco Vidal, quien planteó que en un escenario de desaceleración se puede empezar a ver al nuevo chileno como una "amenaza" al lugar de trabajo, lo que espera no ocurra. El presidente de la Sofofa, Hermann von Mühlenbrock, se mostró optimista frente al escenario furturo, ya que confía en que se retomará con rapidez un crecimiento importante, lo que requerirá generar más empleo.
"Necesitamos que vengan personas a colaborar, a consumir. Esta gente viene a ayudarnos a que sigamos siendo un país con potencia", agregó.
El representante de la Organización Internacional para las Migraciones (IOM), Jaime Esponda, añadió: "La mayoría de los migrantes se contituyen en agentes que contribuyen positivamente a los procesos de desarrollo económico, social y cultural. Además, está comprobado que la naturaleza hostil de contextos de acogida no disminuye la inmigración".
Diario Financiero
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Governo alemão aprova lei para regular a integração de estrangeiros

O Governo alemão deu mais um passo para criar a primeira lei na Europa que regulará a integração de requerentes de asilo num país, ao aprovar o esboço de um projecto que, na prática, exige aos refugiados um determinado grau de aculturação para que possam disfrutar de benefícios sociais. “Estamos a fazer uma oferta verdadeiramente boa a quem chega cá, mas também dizemos de forma clara que esperamos que estas pessoas a aceitem”, disse a chanceler Angela Merkel depois do encontro de ministros, que se prolongou até de noite na quarta-feira.
A chamada Lei de Integração foi apresentada em Abril por Merkel como uma espécie de carta de “deveres e direitos” para requerentes de asilo e — não declaradamente — como uma concessão aos que no seu partido resistem à política de portas abertas e os que na sociedade alemã estão receosos da maneira como o país vai conseguir acolher as mais de um milhão de pessoas chegadas só no último ano. A luz verde dada esta quarta pelo executivo alemão praticamente garante que a lei será aprovada este Verão no Bundestag.
Há dois aspectos centrais na nova lei. Imigrantes e requerentes de asilo desempregados devem ter até 600 horas de aulas de alemão e um mínimo de 100 horas de “orientação cultural”, durante as quais se vão preparar para um exame chamado “Viver na Alemanha”, onde se pergunta, por exemplo, se dois homens ou duas mulheres podem ter uma relação amorosa, ou se pede que distingam entre festas judaicas e cristãs. O Governo propõe-se também a criar 100 mil empregos de salário reduzido que se podem somar aos subsídios que já recebem do Estado.
A lei quer agilizar também a contratação de refugiados, mas os que faltarem ou não aceitarem as aulas obrigatórias sofrem um corte nos benefícios sociais para um mínimo “que assegure a sua subsistência” — o valor será calculado individualmente, segundo o Ministério do Trabalho. O Governo oferece hoje um máximo de 354 euros a cada requerente de asilo nos primeiros 15 meses na Alemanha e até 404 euros caso o seu pedido seja aprovado. Enquanto aguardam, escreve a Reuters, os requerentes recebem acomodação com aquecimento gratuito.
“Claro que 100 horas não é suficiente para ensinar tudo às pessoas, mas é um bom começo”, argumenta Ralf Sydlik, professor do Instituto de Comunicação Intercultural de Berlim, onde ensina sobre tópicos que vão desde o sistema eleitoral alemão às normas sociais mais básicas — à pergunta sobre se o país permite casais homossexuais, feita na presença da Reuters, só um entre oito alunos respondeu que sim. Jens-Uwe Schaefer, director do instituto, acredita para além disso que o nível de alemão que é hoje lecionado não basta e que metade dos imigrantes e requerentes de asilo continuará desempregada dentro de cinco anos.
O segundo aspecto da nova lei é mais controverso. Berlim quer forçar requerentes de asilo a viver pelo menos três anos num local designado pelos governos locais, a não ser que estes consigam emprego ou estudem numa zona diferente. O Governo quer evitar a sobrecarga de algumas cidades e a criação de “guetos” em grandes centros urbanos, à imagem do que aconteceu no pós Segunda Guerra, quando uma avalanche de trabalhadores estrangeiros — vindos sobretudo da Turquia — criaram o que ainda hoje são bairros de grandes maiorias muçulmanas, vistos por muitos como zonas isoladas do modo de vida alemão e europeu.  
“Não queremos sociedades paralelas, não queremos guetos”, explicou na quarta-feira o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, respondendo a críticas de que o Governo quer impedir que muitos recém-chegados vivam em locais onde lhes será mais fácil estabelecer laços linguísticos e religiosos.

“O que os políticos conservadores estão a dizer é que os refugiados devem aprender os nossos valores cristãos, os nossos valores europeus”, diz ao Washington Post Bernward Ostrop, especialista em asilo na organização católica Caritas. “[Mas] é melhor encorajá-los a aprender do que exigir que o façam.”
Portugal
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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Todos os refugiados são imigrantes econômicos?

Quando os eleitores se preparam para votar a proposta de reforma da Lei de asilo político, em 5 de junho, o Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão) insiste em afirmar que a maioria dos refugiados não vêm à Suíça para fugir da morte e perseguição. 

 (Keystone)
(Keystone)
Entrevistado pela swissinfo.ch, o parlamentar e recém-eleito presidente do SVP, Albert Rösti, criticou as propostas de acelerar os procedimentos de asilo e a oferta de assistência jurídica gratuita, considerando-as um encorajamento para os falsos refugiados.
Em vez disso, Rösti afirmou: "Devemos estar, sim, a procura de soluções para rejeitar ou repatriar os chamados refugiados econômicos, que constituem a maior parte dos requerentes de asilo na Suíça."
swissinfo.ch quis saber se procede que a maioria dos refugiados não está realmente fugindo de perseguição ou riscos de vida, mas sim, simplesmente à procura de melhores condições econômicas.
Embora seja impossível saber as razões exatas que levam os migrantes a abandonar seus países de origem, nós podemos avaliar as decisões tomadas em cada pedido de asilo. O objetivo é avaliar a proporção de solicitantes que acreditam estar sofrendo perseguições ou situações de risco, fatores que impediriam seu retorno à pátria. Isso não significa que aqueles que recebem proteção não são migrantes econômicos ou o contrário. O Estado não tem obrigação legal de oferecer proteção aos que vêm pedir refúgio por outras razões como a melhora das condições econômicas.
Dados da Secretaria Federal de Migração (SEM) mostram que, em 2015, mais da metade de todos os solicitantes de asilo que receberam a decisão em primeira instância, ou no Tribunal Federal Administrativo, obtiveram alguma forma de proteção: 6.377 tiveram o pedido de asilo aceito e 7.109 foram admitidos temporariamente (usualmente em casos em que o retorno seguro não é possível). Isso equivale a uma taxa de proteção de 53.1%. Em 2014, foi de 58.3%.
Se olharmos mais para o passado, 2014 e 2014 parecem ser uma anomalia: a taxa de proteção ficou abaixo de 50% em todos os anos entre 2006 e 2013. Assim podemos concluir: em oito dos últimos dez anos, as autoridades consideravam que mais da metade dos solicitantes de asilo na Suíça havia chegado ao país por outras razões que a necessidade de proteção.

Realidade distorcida?

Mas os críticos questionam esses números. A SEM teria incluído em seus cálculos básicos as decisões de enviar os solicitantes de asilo de volta ao primeiro país europeu no qual entraram - os chamados "casos de Dublin" - e outras decisões negativas. Para o Conselho Suíço do Refugiado, uma ONG atuante no setor, trata-se de uma abordagem enganosa.
"Isso significa que a Suíça não examina se a pessoa realmente necessita de proteção", escreveu Constantin Hruschka, chefe do serviço jurídico, em um artigo publicado em 2015. "Incluir essas decisões nas taxas de reconhecimento distorce a percepção sobre a necessidade de proteção, pois essas pessoas estão potencialmente recebendo proteção no país responsável por revisar esse pedido."
Em outras palavras, o resultado ao incluir os casos Dublin na contagem global é de ter uma taxa de proteção menor do que o número real. Hruschka ressalta que, tanto o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), como o Eurostat, remove os casos Dublin ao calcular as taxas de proteção.
Se seguirmos essa abordagem e recalcularmos a taxa de proteção, retirando em primeiro lugar os casos Dublin da contagem geral para o período entre 2009 e 2015 (a Suíça começou a implementar a Convenção de Dublin no final de 2008), então, sem dúvida, a maioria dos solicitantes de asilo que receberam uma decisão necessitavam uma forma de proteção para os dois outros anos após 2014 e 2015: em 2010 e 2011, quando a taxa de proteção ficou em 56.2% e 54.7%, respectivamente, segundo os nossos cálculos.
Talvez Rösti e outros membros do seu partido estejam falando sobre solicitantes de asilo no contexto atual. Os últimos dados da SEM, cobrindo os primeiros três meses de 2016, mostra que o Afeganistão, Síria, Iraque, Eritréia e o Sri Lanka eram os principais países de origem dos refugiados que chegaram à Suíça.
Curiosamente, eritreus e sírios, que estavam entre as principais nacionalidades dos solicitantes de asilo nos últimos anos e, cuja grande maioria, obteve proteção, chegaram em um número mais baixo comparado aos últimos três meses de 2015. E no mesmo período houve um aumento significativo do número de solicitantes do Marrocos, Somália, Argélia e Tunísia. Em síntese, apenas a Somália está no ranking de 10 países, cujos cidadãos receberam proteção na Suíça.
Dito isso, as chegadas tendem a flutuar com base em vários fatores: a época do ano, a habilidade dos migrantes de se mover através das várias rotas através da Europa, e a situação nos países de origem. E mesmo assim, ainda não é possível ter uma visualização clara da situação em 2016. (Mesmo se a SEM admite ser difícil prever o número de refugiados). Mas se a guerra na Síria persistir, e a chegada de eritreus alcançar os números elevados como nos anos anteriores, então a taxa de proteção deve se manter acima dos 50%.

O veredito

Portanto, a resposta à questão - se a maioria dos solicitantes de asilo na Suíça podem ser considerados migrantes econômicos depende do período que estamos falando e a forma de calcular a taxa de proteção. Baseado apenas nos cálculos da SEM, apenas em 2014 e 2015 mais de 50% dos solicitantes de asilo receberam proteção. Mas se removemos os casos Dublin da base de cálculo, como a ACNUR e Eurostat o fazem, então nós podemos dizer que as afirmações de Rösti foram também incorretas para 2010 e 2011.
Isso é o que os números nos dizem. Quanto à verdadeira motivação dos refugiados para vir à Suíça, apenas eles poderiam dizê-lo com certeza. 
Adaptação: Alexander Thoele
SWI
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Redução de mortes de imigrantes no Mediterrâneo pode significar acerto de políticas, diz OIM


Menos imigrantes estão morrendo na tentativa de cruzar o mar Mediterrâneo, o que pode refletir a adoção de políticas mais eficazes para controlar o fluxo de pessoas, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) nesta terça-feira.
Neste ano, 1.370 imigrantes e refugiados que buscavam chegar à Europa morreram no mar, quase 25 por cento a menos do que a esta mesma altura do ano passado, afirmou o porta-voz da OIM Joel Millman. A cifra inclui 13 mortes em maio, mas nenhuma delas na rota do leste do Mediterrâneo localizada entre a Turquia e a Grécia, disse.
"Atribuímos essa queda nas fatalidades à queda extremamente acentuada de pessoas que chegaram à Grécia saídas da Turquia", afirmou Millman. "Obviamente, como a rota turco-grega parece estar suspensa, esperamos que este seja o início de uma política de gerenciamento (da imigração) confiável".
"É possível, e quero enfatizar o possível, que o período de fatalidades recorrentes que ocorria desde 2013 esteja chegando ao fim agora, talvez vejamos um verão (europeu) mais seguro".

(Por Stephanie Nebehay)
Reuters

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terça-feira, 24 de maio de 2016

Guarda costeira líbia detém embarcações com cerca de 550 pessoas




Cerca de 550 migrantes que tentavam chegar à Europa por mar foram hoje detidos, na que foi a segunda operação de interceção de embarcações de transporte clandestino de migrantes em dois dias, anunciou a guarda costeira líbia.

"A guarda costeira do oeste [da Líbia] que patrulhava na zona da refinaria de Zaouia (45 quilómetros a oeste de Trípoli) intercetou hoje quatro grandes canoas pneumáticas que transportavam cerca de 550 migrantes clandestinos", indicou o coronel Ayoub Qassem, porta-voz da marinha líbia, citado pela agência France Presse.


Estes migrantes "são originários de vários países de África", afirmou ainda à AFP. "Há entre eles 30 mulheres, das quais oito grávidas, e três crianças".

Dn

Missão Paz e Arquidiocese celebram 1º aniversário da beatificação de Dom Oscar Romero



Nesta segunda feira dia 23 de maio foi comemorado o primeiro aniversario da beatificação de Dom Oscar  Romero que teve lugar na Igreja Nossa Senhora da Paz a missa foi presidida pelo Cardeal da Cidade de São Paulo Dom Odilo Sherer e os Padres Scalabrinianos Alejandro Cifuentes, Paolo Parise, Luis Espinel , Antenor Dalla Vecchia, Padre Garcia e Irmani e seminaristas do Itesp.





Marcaram presença todas as comunidades hispânicas e brasileiras, foi um momento especial lembrar a beatificação do mártir latinoamericano nas palavras que foram lembradas nas homilias de Dom Oscar Romero “ Não é um prestigio para a igreja estar bem com os poderosos, prestigio para a igreja é sentir que os pobres a sentem como sendo sua, sentir que a igreja vive uma dimensão na terra chamando todos, a conversão e á salvação a partir do mundo dos pobres , porque eles são unicamente os bem –aventurados


No final da missa Dom Odilo foi convidado a participar de um momento de partilha com as comunidades presentes com diferentes comidas típicas dos países que atuam na Igreja Nossa Senhora da Paz  .


Miguel Ahumada
Fotos e textos  


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Livro mostra situação de refugiados no Brasil

Lançado na sexta-feira (20) em Curitiba, no Paraná, o livro “Refúgio e Hospitalidade”, reúne artigos e ensaios de especialistas em acolhimento de migrantes no Brasil. A obra foi organizada pelo oficial de Proteção do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados no Brasil (Acnur), Gabriel Godoy, e pelo professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador do projeto Refúgio, Migrações e Hospitalidade, que estuda o fenômeno das migrações contemporâneas, José Gediel.
Reprodução

O livro: discussões para inserir o migrante na sociedade
Nesta obra, os organizadores trazem textos que analisam as políticas de acolhimento a migrantes, a inserção deles no mercado de trabalho e na sociedade brasileira, os novos fluxos migratórios, o papel da sociedade civil, o papel do ministério público e os direitos dos migrantes, entre outros temas. O objetivo, afirmou Godoy, é discutir como a sociedade internacional e a brasileira recebem migrantes em seus países.

“A questão que está aberta é: a comunidade internacional quer proteger eles ou quer se proteger deles? As pessoas têm sido barradas. O que vemos na Europa, por exemplo, é um esquecimento da hospitalidade exatamente em um continente que precisou disso para sobreviver ao nazifascismo na Segunda Guerra (1939-1945)”, disse Godoy à ANBA.

O Brasil, observa Godoy, desempenha um papel contraditório ao receber e acolher migrantes e refugiados. “Após a Constituição de 1988, o residente é tratado em igualdade de direitos com os nacionais, mas temos uma lei de imigração de 1980 atrasada e uma lei de refúgio contemporânea e com foco moderno. Nossa lei de imigração é da época da ditadura (1964-1985). É ambíguo”, afirma.

Godoy observou ainda que o Brasil precisa evoluir no acolhimento ao migrante, sobretudo porque inseri-los na sociedade e no mercado de trabalho traz como resultado ganhos para o País. “O Brasil se esforça em ser global, em integrar a cadeia de suprimentos global, em estar no comércio mundial, mas tem uma lei imigratória muito atrasada. A circulação (global) de mercadorias não ocorre sem a circulação de pessoas. Os migrantes são, sim, parte da geração de riqueza de um país”, disse Godoy.

O livro aborda essas questões e desafios. Sua publicação é vinculada à Cátedra Sérgio Vieira de Mello, que reúne universidades que debatem o refúgio.

Serviço

O livro poderá ser baixado a partir da próxima semana no sitehttp://www.acnur.org/t3/portugues/recursos/publicacoes/http://www.acnur.org/t3/portugues/
A publicação é gratuita

Agencia de Noticias Arabe Brasil

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