terça-feira, 31 de março de 2015

Carteira de Trânsito Vicinal agiliza migração entre Brasil e Argentina

Autoridades brasileiras e argentinas estão trabalhando em conjunto para acertar os últimos detalhes para a emissão e como vai funcionar a Carteira de Trânsito Vicinal Fronteiriço. O documento promete agilizar o trânsito de moradores da região de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e Puerto Iguazú, na Argentina, entre os dois países.
Os interessados devem procurar o Departamento Nacional de Migrações, na rua Balbino Brañas, 67, em Puerto Iguazú, das 8h às 13h, de segunda a sexta-feira. É preciso apresentar o original e uma cópia do documento de identidade com foto, um comprovante de residência e uma foto 3x4 com fundo branco. O documento fica pronto em até uma semana e não é cobrada nenhuma taxa para a emissão.
Além de guichês exclusivos na aduana argentina – onde é feito o controle migratório -, os portadores da carteira fronteiriça também terão descontos nos estabelecimentos da cidade vizinha. Por conta da burocracia do processo convencional, em feriados como no fim de ano, Carnaval e Semana Santa, o tempo para cruzar a fronteira pode chegar a até três horas. A estimativa é que este tempo seja reduzido significativamente, apontam as autoridades dos dois países.
Tentativas semelhantes já foram feitas em anos anteriores, porém sem sucesso. Os detalhes da novidade deverão ser novamente discutidos em uma reunião na delegacia da Receita Federal em Foz do Iguaçu no dia 20 de maio. Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal, Ricardo Cubas Cesar, caso a procura seja grande, o documento também poderá ser emitido no Brasil.


G1

Número de brasileiros que querem imigrar para os EUA dobrou em um ano



Casais preocupados com melhores oportunidades de educação para os filhos são o principal perfil dos brasileiros que estão querendo imigrar para os Estados Unidos utilizando um visto de residência permanente chamado EB-5 .
O número de pessoas que fizeram o pedido desse visto no consulado americano no Brasil mais que dobrou de 2013 para 2014. No ano passado, foram feitas 47 solicitações, contra 19 no ano anterior.

Flávio Lanes é um desses brasileiros preocupados com o futuro dos filhos. Ele é radiologista e empresário, sua filha de 15 anos faz o ensino médio nos EUA (conhecido como high school) e o filho de 12 anos quer fazer o mesmo.

Ele conta que, há um ano, quando sua filha foi para fora, ele decidiu entrar com o pedido do EB-5. A ideia é dar aos filhos a oportunidade de crescimento acadêmico e profissional.
— Quando eles terminarem os estudos, poderão escolher se querem voltar ao Brasil ou se querem continuar lá, de forma legal. Se tenho condição de oferecer isso a eles, por que não fazer?

Também preocupado com o futuro e a segurança do filho, o empresário Cristiano Garcia Ribeiro também está interessado no EB-5. Segundo ele, desde que o filho nasceu, ele está pensando em sair do Brasil.

— As cidades brasileiras que possuem qualidade de vida não têm espaço para trabalho. Enquanto espero o resultado do pedido de imigração, já matriculei meu filho em uma escola bilíngue de tempo integral.

A quantidade de brasileiros seguindo esse caminho ainda é muito pequena em relação à China, por exemplo. No ano passado, 9.128 chineses fizeram o pedido do EB-5. Já em 2013, foram 6.895 pessoas daquele país tentando um visto de residência nos EUA.
Ainda assim, o ritmo de crescimento dos brasileiros em busca do visto despertou o interesse de escritórios especializados nesse tipo de processo de imigração. Segundo Lanes, o acompanhamento de profissionais é importante para entender a estrutura tributária dos EUA.

A cobrança de impostos lá é muito pior do que aqui no Brasil. Por isso, tem que planejar tudo o que deve ser feito e ter pessoas confiáveis para orientar durante o processo e para fazer certo pelo melhor caminho.

O visto


Os estrangeiros podem obter vistos EB-5, que é basicamente um status de morador, investindo US$ 500 mil
O programa EB-5 existe desde 1990 e tem o objetivo de criar postos de trabalho nos EUA em áreas predeterminadas pelo governo daquele país. Os estrangeiros podem obter vistos EB-5, que é basicamente um status de morador, investindo US$ 500 mil (cerca de R$ 1,566 milhão a preço de hoje) em regiões de alto desemprego, num empreendimento comercial que gere pelo menos dez empregos ao longo de dois anos.

Desde sua criação, o programa já abriu 150 mil vagas de emprego nos Estados Unidos e forneceu aproximadamente 18 mil green cards (vistos de residência permanente) para estrangeiros.
O diretor da LCR (empresa especializada no setor de franquias de hotéis e restaurantes e projetos de incorporação imobiliária nos EUA) para a América Latina, Patrick Findaro, explica que, em troca do investimento financeiro, o participante recebe de forma legal, segura e rápida o green card permanente, em até dois anos e meio após o aporte.
— Ainda tem o direito a estender o benefício da residência fixa a familiares diretos (cônjuge e filhos com até 21 anos de idade).

Brasileiro deve evitar dólar como investimento

De acordo com a empresa, a resposta do departamento de imigração dos EUA às petições pode levar de 12 a 14 meses. Assim, há participantes que se inscreveram em 2014, por exemplo, mas só receberão a resposta neste ano.

Nem todos os pedidos são aprovados, mas o índice de aprovação é alto. No ano passado, 80% das petições, no total, foram aprovadas.

Segundo Patrick, os critérios do EB-5 para a entrega do green card permanente são: o interessado precisa atestar a procedência legal do valor mínimo exigido e precisa confirmar ao governo norte-americano a geração dos postos de trabalho sustentáveis.

O valor de U$ 500 mil exigido é mais baixo do que o solicitado em outros países com programas similares (na Inglaterra o montante mínimo é de 2 milhões de libras e em Portugal, por exemplo, 500 mil euros) e desde 1990 não é reajustado pelo governo dos EUA.

Segundo Ilka Komatsu, gerente da LCR no Brasil, acredita-se que a partir do segundo semestre desse ano o aporte mínimo exigido deve aumentar em 50% ou seja, para U$ 750 mil.

Impostos

Sem planejamento tributário, o brasileiro que quer se mudar para os EUA pode ter que pagar impostos iguais nos dois países
Sem planejamento tributário, o brasileiro que quer se mudar para os EUA pode ter que pagar impostos iguais nos dois países
Thinkstock
O advogado Júlio Barbosa, licenciado nos Brasil e nos EUA, afirma que os interessados em morar nos EUA devem fazer um planejamento tributário detalhado, já que os dois países não têm tratado de tributação. Assim, a mesma renda pode ter imposto nos dois locais.

— Há rendas que não são tributadas no Brasil, mas que têm uma carga de imposto de até 40% nos EUA, por exemplo.

O processo de levantamento dos documentos necessários pode levar cerca de quatro semanas, segundo o advogado. E o processo todo para o pedido do EB-5 pode demorar seis meses, a depender dos investimentos e da estrutura de renda da pessoa.

— Antes de se tornar um residente, se o interessado tiver renda aqui no Brasil, ele terá que fazer declaração de renda nos dois países. O que pagar aqui poderá ser usado como crédito do que terá que pagar lá. Por isso é importante fazer a declaração de saída definitiva do País, quando for deixar o Brasil.


R7

segunda-feira, 30 de março de 2015

Alemanha vai precisar de meio milhão de imigrantes por ano

Os números da imigração devem atingir anualmente as 533 mil pessoas para que sejam colmatadas as necessidades provocadas pela reforma dos trabalhadores alemães nascidos nas décadas de 1950 e 1960.

Em 2014, a Alemanha aproximou-se do número pretendido, pois recebeu 470 mil pessoas, mas nos últimos 60 anos a média anual de imigrantes não ultrapassou os 200 mil anuais.
O estudo alemão calcula que, sem imigração, o número de pessoas com idade para trabalhar registe até 2050 uma baixa de 36 por cento, o que significa um decréscimo de 29 milhões de pessoas dos 45 milhões que se encontram no ativo atualmente.
As falhas de mão-de-obra, segundo a mesma investigação, não se podem resolver apenas com o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, nem sequer com o aumento da idade da reforma.

O estudo sublinha que mesmo que o número de mulheres venha a ser igual ao dos homens no mercado de trabalho e que a idade de reforma venha a ser dilatada para os 70 anos, o aumento só atingiria os 4,4 milhões de pessoas com idade para trabalhar em 2050.
A redução da população em toda a Europa e a recuperação económica em países afetados pela crise fazem com que venha a diminuir a probabilidade de novos imigrantes oriundos de outros países europeus interessados no mercado de trabalho alemão.


Noticias ao Minuto

Missão Paz colabora com projeto MT Brasil – Migrações Transfronteiriças


O Ministério da Justiça e o CNIg estão realizando o projeto MT Brasil – Migrações Transfronteiriças, através de um levantamento que busca conhecer a realidade da migração recente para o Brasil. O material que será recolhido e sistematizado será utilizado para a capacitação de agentes públicos que lidam com os imigrantes nos diversos pontos de entrada no Brasil.
 A Missão Paz está colaborando com este levantamento, organizando encontros com grupos de imigrantes reunidos por nacionalidades, como do Haiti, Congo, Mali e Senegal entre outros. Além disso, está ajudando na identificação de associações de imigrantes e de empresas que contrataram imigrantes.

Missâo Paz

sábado, 28 de março de 2015

Teresina recebe Congresso Internacional de Direitos Humanos

Estão abertas as inscrições para o Congresso Internacional de Direitos Humanos (CIDH), que acontecerá entre os dias 08 e 10 de abril, no Auditório da OAB-PI. O evento é uma realização da Comissão de Direitos Humanos e tem como objetivo fazer uma abordagem multidisciplinar do tema.
Durante o evento, serão debatidos temas como Preconceito, xenofobia e migrações forçadas, saúde como direito fundamental, pena de morte, prisões inúteis e Convenção Americana de Direitos Humanos, entre outros.  “Tudo o que atenta à dignidade humana é direitos humanos”, afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Campelo Filho.
O evento trará profissionais renomados de todo o país para tratar de temas pertinentes aos direitos humanos. Participarão como palestrantes: Alci Marcus (PI), André Luís Callegari (RS), Augusto Jobim (RS), Campelo Filho (PI), Cícero Krupp da Luz (SP), Denis Ortiz Jordani (SP), Gustavo Pereira (RS), Jesus Sabariego (Portugal), João Luis Kleinowski Pereira (RS), Julianna Moreira Reis (PI), Paulo Henrique Portela (CE), Pierre Guibentif (Portugal), Roberto Tardelli (SP), Rosália Mourão (PI), Sandra Regina Martini (RS) e Yuri Felix (SP).

As vagas são limitadas e a carga horária é de 40 horas/aula. Investimento: 1º Lote: Até 22 de março – Acadêmicos e Alunos de especialização: R$ 80,00 / Profissionais: R$ 100,00; 2º Lote: De 23 de março à 07 de abril – Acadêmicos e Alunos de especialização: R$ 100,00 / Profissionais: R$ 120,00.

Às inscrições por cartão de crédito será acrescido taxa de administração do site. Outras informações: www.oabpi.org.br/cidh,secretaria.cidh@gmail.com ou (86) 9829 0826.

PROGRAMAÇÃO:

08 de abril

09h às 11h30 - Credenciamento e entrega de material

14h - Cerimônia de abertura

14h30 - Conferência Magna de Abertura: As lutas pelos Direitos Humanos nos recentes movimentos sociais globais na Europa no contexto da crise – Prof. Jesus Sabariego (Portugal)

16h - O olhar de José Saramago sobre os direitos humanos – Prof. Rosália Mourão (PI)

17h - Preconceito, xenofobia e migrações forçadas. A proteção internacional dos direitos humanos no Brasil e no mundo – Prof. Gustavo Pereira (RS)

18h30 - Direitos Sociais num cenário neoliberal – Prof. Julianna Moreira Reis (PI)

19h30 - Quanto vale um direito? A falácia do desenvolvimento econômico na suspensão dos Direitos Humanos - o caso dos megaeventos e megainvestimentos no Brasil – Prof. Cícero Krupp da Luz (SP)



09 de abril

14h - O papel da indústria para proteção do meio ambiente como direito humano – Prof. João Luis Kleinowski Pereira (RS).

15h - A saúde como direito fundamental na sociedade cosmopolita – Profa. Sandra Regina Martini (RS).

16h - Garantias processuais penais frente à Convenção Americana de Direitos Humanos e o ordenamento jurídico nacional – Prof. Denis Ortiz Jordani (SP)

17h - Os Tribunais Supranacionais e sua influência na Jurisprudência do STF – Prof. Yuri Felix (SP)

18h - Os direitos humanos e o direito penal: uma (re)humanização emergente – Prof. Manuel Valente (Portugal)

18h50 - O “fim” dos Direitos Humanos e Democracia por vir – Prof. Augusto Jobim (RS)

20h10 - O panorama dos Direitos Humanos no Piauí – Prof. Alci Marcus (PI) e membros das comissões da OAB/PI



10 de abril

14h - A evolução dos direitos humanos sob os influxos dos processos de globalização – Prof. Campelo Filho (PI)

15h30 - Pena de morte: uma leitura à luz do Direito Internacional dos Direitos Humanos – Prof. Paulo Henrique Portela (CE)

16h30 - Prisões inúteis – Prof. Roberto Tardelli (SP)

18h - Entre jurisprudência e cidadania: a força dos direitos humanos - Prof. Pierre Guibentif (Portugal)

19h - Conferência Magna de Encerramento: Medidas de proteção frente à Lavagem de Dinheiro – Prof. André Luís Callegari (RS)

20h - Lançamento do Livro: “Lavagem de Dinheiro” – Autor: André Luís Callegari


21h - Encerramento das atividades

Capital Teresina

Itália tem recordes de pedidos de asilo enquanto abrigos de imigrantes lotam

Enquanto a Itália lida com um número recorde de imigrantes que fazem a viagem arriscada através do Mediterrâneo para chegar à costa da Europa, o país também registra um número recorde de pedidos de asilo político, lotando os centros de detenção de migrantes com supostos refugiados na esperança que alguns de seus casos sejam aceitos.
Durante anos, os refugiados muitas vezes usavam a Itália como porta de entrada para países no Norte da Europa, onde as comunidades de imigrantes mais estabelecidos oferecem melhores oportunidades de emprego.

Mas a agência de refugiados da ONU informou esta semana que o número de pedidos de asilo apresentados na Itália aumentou 148% em 2014 em relação ao ano anterior, superando de longe o recorde de 2011, quando cerca de 40 mil pessoas solicitaram asilo no país na esteira da Primavera Árabe.

Ao todo, cerca de 63,7 mil pessoas pediram asilo na Itália em 2014, fazendo com o país fosse superado apenas por Alemanha, EUA, Turquia e Suécia, de acordo com um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para o Refugiados. Deste total, 9,8 mil dos pedidos são do Mali, cujos cidadãos lideraram as solicitações de asilo na Itália em 2014.
"Quando eu penso sobre minha situação, eu quero chorar, porque eu não tenho dinheiro e nem mesmo as roupas que uso são minhas", disse Landing Sono, um jovem de 25 anos que está no abrigo para imigrantes Umberto I, em Siracusa, na Sicília.
Ele é um dos 195 homens africanos abrigados no centro de imigrantes. Todos eles vivem o mesmo dilema: são livres para sair e caminhar ao redor da cidade, mas se fugirem antes de ter uma audiência para solicitar asilo, eles vão perder a chance de obtê-lo em outros lugares do país.

Lamin Beyai, de Gâmbia, fica no centro de imigração o dia todo à espera de uma audiência para solicitar asilo. "Não é fácil ter de voltar para o mar para chegar a outro lugar, lá tudo pode acontecer. Só Deus pode salvá-lo", disse.


Fonte: Associated Press.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Coordenadora da OIM diz que tráfico de seres humanos tende a crescer

Em declarações à imprensa após dissertar o tema “Tráfico de seres humanos versus contrabando de migrantes” no seminário sobre “Violência baseada no sexo e proteção de grupos vulneráveis”, a especialista disse que o fenômeno deve merecer atenção redobrada em todos os países.
A coordenadora louvou a ação do governo angolano em fazer parte desde Setembro de 2014 do Protocolo de Palermo, que é o instrumento legal internacional que trata do tráfico de pessoas, em especial mulheres e crianças.
Lerena Pinto explicou que o Protocolo de Palermo foi elaborado em 2000, entrou em vigor em 2003.
O Protocolo é oficialmente conhecido como Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças.
A especialista apontou como causa do tráfico de seres humanos e o contrabando de migrantes a pobreza, procura por melhores condições de vida, falta de informação sobre o assunto, desemprego, desastres naturais, conflitos sociais e políticos.
Lerena Pinto acredita que os conflitos sociais e políticos desestabilizam e deslocam as populações levando os traficantes a aproveitarem a situação.
A responsável disse que para acabar com este fenômeno onde as crianças e mulheres são as maiores vitimas é preciso existir três “P”, nomeadamente “prevenir”, “proteger e assistir as vitimas” e “promover ações por meio de palestras”, assim como distribuir cartilhas, folhetos e outros meios informativos.
O seminário foi promovido pelo Ministério da Família e Promoção da Mulher (Minfamu), em parceria do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e teve a participação de 121 eletivos da Polícia Nacional, Procuradoria Geral da República e membros sociedade civil.
No evento que durou dois dias, foram abordados diversos temas entre eles “O papel da Polícia Nacional no combate à violência doméstica”, “Combate à violência contra as mulheres e Lei 25/11 contra a violência doméstica”, “Mecanismo de refrescamento e resposta ao VHI/SIDA”, “Refugiados, requerentes de asilo indeferido e apátridas” e “Tráfico de seres humanos versus contrabando de emigrantes”.

 Agencia Angola Press

AC deixa de pagar empresa de ônibus e abrigo de imigrantes fica superlotado

Falta de água, condições insalubres e superlotação. Essa é a atual situação do abrigo para imigrantes em Rio Branco, que enfrenta a superlotação de estrangeiros. Nesta quarta-feira (25), 1.041 pessoas estavam alojadas no local, que tem capacidade física para 240, segundo a administração do espaço. Destes, 187 são senegaleses, 20 dominicanos e os demais haitianos. Uma dívida que supera R$ 3 milhões com a empresa de ônibus, contratada em abril de 2014 para o transporte dos imigrantes até São Paulo, é um dos principais fatores para a superlotação. Com o serviço de transporte suspenso, os estrangeiros não conseguem deixar a cidade.
O haitiano Jean Diekson, de 30 anos, está há 15 dias no abrigo e já se arrependeu de ter abandonado o Haiti. “Não era como eu imaginava, me arrependo de ter vindo”, disse. Ele já solicitou os documentos que precisa para ficar no país, mas lamenta que não tem dinheiro para deixar o Acre. “Muitos aqui estão esperando o ônibus, porque não têm dinheiro para ir embora”, afirma.
Segundo ele, muitos imigrantes sofrem com dores de cabeça, febre e diarreia. “Temo muitas pessoas doentes por causa das condições dos banheiros”, afirma.
Os imigrantes afirmam que os banheiros estão todos entupidos e não existe água suficiente para todo mundo. “Não existe água suficiente para se banhar, muito menos para limpar os banheiros. A água não é suficiente para todo mundo no abrigo”, reclama o haitiano Celimon Jambier, de 32 anos.
Ele já está há 23 dias no abrigo. Jambier conta que com a superlotação, muitos haitianos dormem do lado de fora do abrigo, em um quintal que existe no local. Segundo ele, também não há água potável para todos e nem todos se adaptaram à comida no local. “É bem asqueroso, eu estou há 23 dias aqui, para mim o mais importante é água e o ônibus para ir embora”, afirma.
Bereles Jean, de 33 anos, que há 24 dias está no abrigo de imigrantes e espera por um ônibus que o leve para São Paulo. Ele afirma que não tem dinheiro e, sem ter para onde ir, está preso no abrigo. “Muitas pessoas chegam e poucos vão embora. Quem tem dinheiro, paga o ônibus na rodoviária, mas quem não tem, fica aqui”, diz.
De acordo com o responsável pela gestão do abrigo, Antonio Crispim, a equipe tenta fazer o possível para manter o abrigo, mas a superlotação dificulta o trabalho. Ele afirma que há 10 dias não existem mais ônibus saindo do Acre e não há, ainda, previsão para que o serviço retorne. Segundo ele, a falta de água é pontual, normalmente acontece quando quebra uma bomba ou há falha na distribuição no bairro.
Em relação aos problemas de saúde dos haitianos, Crispim afirma que uma vez por mês há atendimento médico no abrigo e que os demais casos são encaminhados para as UPAs ou postos de saúde assim que identificados. “Quando o médico não está aqui, nós levamos eles para a UPA ou ao posto de saúde.  Eles não se adaptam bem com a nossa água, porque tem muito cloro, então costumam reclamar de dores de barriga”, afirma.
Crispim também salienta que os haitianos são enganados no país de origem por agências de viagem.”No Haiti, tem gente que faz pacotes de viagem, dizendo que vai ter um hotel com comida e passagem de ônibus. Eles usam o abrigo como se fosse uma extensão do trabalho deles.  Algumas pessoas estão estimulando os haitianos a vir para o Brasil, dizendo que aqui é a terra prometida”, diz.
Ao Jornal do Acre, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, afirmou que é preciso ainda regularizar a dívida com a empresa de ônibus que faz o transporte dos imigrantes para São Paulo. “Temos que regularizar a situação junto a empresa, para deixar o abrigo em condições dignas, com o máximo de 150 imigrantes, precisamos de 4 ônibus por dia durante um mês. Temos problemas com água para beber, tomar banho, para os banheiros. A única coisa que está regular é a alimentação”, ressalta.

Rota de imigração
Imigrantes chegam ao Acre todos os dias através da fronteira do Peru com a cidade de Assis Brasil, distante 342 km da capital. A maioria são imigrantes haitianos que deixaram a terra natal, desde 2010, quando um forte terremoto deixou mais de 300 mil mortos e devastou parte do país. De acordo com o governo do estado, desde 2010, mais de 32 mil imigrantes entraram no Brasil pelo Acre.
Eles vêm ao Brasil em busca de uma vida melhor e de poder ajudar familiares que ficaram para trás. Para chegar até o Acre, eles saem, em sua maioria, da capital haitiana, Porto Príncipe, e vão de ônibus até Santo Domingo, capital da República Dominicana, que fica na mesma ilha. Lá, compram uma passagem de avião e vão até o Panamá. Da cidade do Panamá, seguem de avião ou de ônibus para Quito, no Equador.
Por terra, vão até a cidade fronteiriça peruana de Tumbes e passam por Piura, Lima, Cusco e Puerto Maldonado até chegar a Iñapari, cidade que faz fronteira com Assis Brasil (AC), por onde passam até chegar a Brasiléia. 

Mais de mil imigrantes estão hospedados em abrigo, que só tem capacidade para 150 pessoas. (


fotto: Veriana Ribeiro/G1)


quinta-feira, 26 de março de 2015

Japão pode dar visto para estrangeiros trabalharem em lojas de conveniência



A intenção é de treinar estagiários, fazendo com que eles possam ser contratados pelas empresas no exterior MASAMICHI MAEDA/ALTERNATIVA Tóquio - O governo japonês poderá permitir a entrada de estagiários estrangeiros interessados em trabalhar em lojas de conveniência, em acordo com as grandes redes do país, informou a emissora NHK nesta quinta-feira.

Segundo o Ministério de Economia, Comércio e Indústria, a intenção é de treinar os estrangeiros por um tempo determinado, fazendo com que eles possam ser contratados pelas empresas japonesas que mantêm lojas de conveniência no exterior.
A medida, que alteraria alguns termos do já existente sistema de concessão de visto para estagiários estrangeiros em determinados setores, pode ajudar na expansão das redes de lojas em outros países.

O governo prevê, no entanto, que a liberação da entrada de estrangeiros seja vista apenas como uma forma de compensar a falta de funcionários nas lojas de conveniência, deixando a questão do treinamento de lado.

Para evitar esse tipo de comentário, o Ministério de Economia, Comércio e Indústria pretende discutir formas de tornar o treinamento eficiente com as empresas que administram as redes de lojas.

O Japão tem atualmente cerca de 48,6 mil lojas de conveniência em todo o país, segundo dados de 2014. A rede 7 Eleven é a mais numerosa, com 16,3 mil unidades. Lawson tem 11,7 mil e FamilyMart conta com 10,5 mil.


Alternativa

Documentário brasileiro conta a história esquecida dos refugiados saarauís -



Refugiados há 39 anos no deserto do Saara, no Oeste da África, o povo saarauí é o protagonista do documentário “Quem – Entre Muros e Pontes”, dirigido pelo cineasta brasileiro Cacau Rhoden. Apresentado esta semana em São Paulo, o filme é o retrato de um povo que sobrevive quase que exclusivamente do auxílio de ONGs e organismos internacionais, sem a perspectiva de uma resolução política para a sua situação no curto prazo.

São quase 200 mil refugiados em uma região da África conhecida como Saara Ocidental, ocupada pelo Marrocos desde a saída das tropas colonizadoras da Espanha, em 1976. Desde então, inúmeras guerras e tentativas de resolução política vêm sendo tentadas, sem sucesso.

Duas décadas de guerra entre os saarauís separatistas e as forças militares do Marrocos deixaram heranças superlativas: o estoque estimado de 3 a 7 milhões de minas terrestres e uma muralha de pedras e areia com 3.500 quilômetros, levantada pelo Marrocos na tentativa de manter segregados os saraauís. O muro perde em extensão apenas para a Muralha da China, construída ao longo de séculos de diferentes dinastias. Ultrapassa também tentativas similares de segregação na história contemporânea, como o Muro de Berlim (com 150 metros de extensão) e o da Cisjordânia (com 350 metros).

“Muitos pensam que o importante é doar dinheiro para leite e mantimentos para os refugiados. Muitos países fazem isso como se tivessem um problema de consciência. Mas essa ajuda humanitária não cura. É um calmante. O que cura é uma solução política”, diz o filme.

O documentário, de 20 minutos de duração, está disponível no site do VideoCamp, uma nova plataforma de filmes inspiradores e com potencial de transformação lançado na quarta-feira. Seu acesso é gratuito.


Texto: Adus 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Brasileiros são 3ª nacionalidade com mais indocumentados

Dentre os cerca de 632 mil imigrantes sem documentos que vivem no estado da Flórida, os brasileiros representam uma parcela significativa do total, segundo uma pesquisa do Migration Policy Institute, uma organização sediada em Washington, D.C.

De acordo com o estudo, os brasileiros estão em terceiro lugar no condado de Broward em número de imigrantes indocumentados, atrás de colombianos e mexicanos. Cidades com grande concentração de imigrantes brasileiros, como Pompano Beach, Deerfield Beach e Coral Springs.

Já em Miami-Dade, os brasileiros não aparecem entre os cinco grupos mais numerosos de imigrantes sem documentos que vivem por lá. Os colombianos são os mais numerosos no condado, seguidos por nicaraguenses, hondurenhos, mexicanos e venezuelanos.

Em Palm Beach, condado onde fica a cidade de Boca Raton, os brasileiros aparecem em quarto lugar na lista de nacionalidades com maior número de indocumentados, atrás de guatemaltecos, mexicanos e colombianos. 

O estudo, que usou dados do Censo entre 2008 e 2102, revelou que a população indocumentada no sul da Flórida é a maior do estado. A região é a que tem as maiores taxas de emprego e onde se encontram os melhores salários.

ACHEIUSA

Las nuevas nacionalidades disparan un 48% los españoles en el exterior


El 1 de enero de 2015 había 2.183.043 españoles inscritos en los registros consulares. Es un 48% más de los 1.471.691 de 2009, el año en el que el Instituto Nacional de Estadística (INE) comenzó a publicar esta información y el en que la crisis ya se había instalado en la economía española. El aumento es del 6,1% respecto al año pasado.
¿Responden estos datos a una masiva salida de españoles por la recesión? No. Al menos, no del todo. El mayor factor que explica este incremento es la nacionalización de ciudadanos extranjeros, según los demógrafos consultados por este diario. Entre 2009 y 2015 el número de ciudadanos con pasaporte español que vive fuera ha aumentado en 711.352 personas. Pero los nacidos en España son solo 99.637 más (633.750 en 2009; 733.387 en 2015), según los datos del Padrón de Españoles Residentes en el Extranjero (PERE) difundidos estye miércoles por el INE.

“Hay que mirar dónde ha aumentado la presencia de españoles y desde 2009 el 72% de la subida se concentra en América Latina, sobre todo Argentina o Cuba, mientras el 24% ha sido en Europa”, explica Albert Esteve, director del Centro de Estudios Demográficos en la Universidad Autónoma de Barcelona, que excluye la emigración económica como causa fundamental.


Esteve remite a la ley de Memoria Histórica, aprobada en diciembre de 2007, una norma que permitió acceder a la nacionalidad a los hijos de emigrantes (y exiliados) sin necesidad de que sus progenitores hubieran nacido en España, como se exigía hasta entonces. En buena parte de los casos, “es gente que nunca ha pisado España”, apunta.

Este sería uno de los factores. Pero hay más razones. Mikolaj Stanek, del Grupo Dinámicas Demográficas del CSIC, destaca otro aspecto. Se trata de los extranjeros que acudieron a España atraídos por la bonanza económica, que adquirieron la nacionalidad durante su estancia y que han dejado el país por la caída de las oportunidades laborales.

“Los inmigrantes fueron las principales víctimas, sobre todo en la segunda recesión, entre 2011 y 2012”, comenta.

Por ello, Stanek explica que sí habría “un efecto innegable” de la crisis sobre el aumento de la población extranjera. Por una parte, debido a este fenómeno. Por otra, por los nacidos en España que han dejado el país también por las dificultades en el ámbito laboral. Desde 2009 hay 16.823 residentes más inscritos en el Reino Unido (un 44%) o 9.891 en Alemania (22%).

En términos relativos, son los menos, respecto a las cifras globales, destaca Esteve. “En los datos del INE no se refleja una importante salida de estas personas”, añade.

Stanek apunta que, en todo caso, el aumento ha sido continuo. E indica que el PERE no es una herramienta demasiado eficaz para registrar la emigración, especialmente la de nacisos en españa. El acto del registro es voluntario, y muchos jóvenes que parten a Europa no se dan de alta en los consulados al considerar que su estancia fuera será temporal y que no les aporta gran cosa. Más bien, todo lo contrario. La inscripción implica la baja del padrón municipal, lo que supone la pérdida de acceso normalizado al sistema de salud o de ventajas sociales, como puede ser el acceso a vivienda de promoción pública, como comenta este demógrafo.


Por ello, en línea con otros especialistas Stanek considera que se estaría infrarregistrando este fenómeno y habría una importante bolsa de este tipo de emigrantes (jóvenes, nacidos y formados en España) oculta. “Algunos estudios indican que las cifras reales serían un 50% más elevadas que estas”, subraya.

El Pais

terça-feira, 24 de março de 2015

UE recorre a países árabes para impedir entrada de refugiados pelo Mediterrâneo


Alguns países membros da União Europeia (UE) querem impedir que imigrantes vindos do Norte da África sequer cheguem a solo europeu, segundo noticiou a revista alemã Der Spiegelneste .

De acordo com o semanário, a Itália, Alemanha, França e Espanha planejam acordo com Estados não europeus, como Egito e Tunísia, para que também eles fiquem encarregados no resgate de barcos de refugiados no Mar Mediterrâneo. Por estarem geograficamente mais próximos, esses países poderiam intervir mais rápido e efetivamente, evitando, assim, tragédias humanitárias.

Mas, segundo a Der Spiegel, esse não é o único objetivo dos idealizadores do projeto: as Marinhas do Egito e da Tunísia deverão transportar os resgatados para seus portos. A UE, em contrapartida, se propõe a auxiliar os dois países árabes no repatriamento de imigrantes irregulares.

O documento a que a revista teve acesso não revela como esse processo deve ocorrer na prática. O texto reforça, no entanto, que esse tipo de ação produziria "um efeito real de dissuasão".

O número de imigrantes que tentaram a travessia do Mediterrâneo para chegar à Europa bateu recorde no ano passado. Segundo a ONU, cerca de 207 mil pessoas fizeram o trajeto, e mais de 3.400 morreram na tentativa.


CN/otr/kna

Região sul é novo eldorado dos trabalhadores estrangeiros no Brasil


Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul estão entre os Estados que mais receberam mão de obra do exterior em 2013

Definitivamente, o sul é o novo eldorado dos trabalhadores estrangeiros com preferência por trabalhar no Brasil. É isso que revelam os dados do Observatório de Migrações Internacionais (OBMigra), ainda que parciais, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que fez o levantamento entre os anos de 2012 e 2013. Na região, Santa Catarina é o grande destaque. Somente em 2013, o Estado recebeu 4.376 pessoas de fora – mais do que o dobro do total alcançado em 2012. Em números absolutos, o Paraná encabeça o maior número de trabalhadores: 6.574 (veja mais detalhes na tabela abaixo). Os trabalhadores vêm para o Brasil com vaga garantida, pois em sua maioria são profissionais com nível superior. De acordo com o levantamento do MTE, eles procedem, principalmente, da América Latina.



Estado
Trabalhadores (2012)
Trabalhadores (2013)
Variação
(em %)
Santa Catarina
1.875
4.376
133,4
Mato Grosso
892
1.573
76,3
Paraná
3.890
6.574
68,2
Rio Grande do Sul
2.181
3.097
42,0
Rondonia
722
936
29,6
Fonte: A inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro. OBMigra 

Amanha

segunda-feira, 23 de março de 2015

Soropositivos estrangeiros não poderão ser deportados por causa de infecção

De acordo com a nova determinação do Tribunal Constitucional da Rússia, o fato de um cidadão estrangeiro ser portador do vírus HIV não pode servir de fundamento para deportação nem posterior proibição de entrada no país. Ativistas dos direitos humanos elogiaram decisão e conquista na proteção dos direitos de soropositivos.

O Tribunal Constitucional da Rússia declarou inconstitucional a prática de aplicação de normas estabelecidas em algumas leis que regem o estatuto jurídico dos estrangeiros na Rússia e que permitem a deportação de cidadãos estrangeiros ou apátridas HIV-positivos cujos familiares residem permanentemente no país.
A determinação do tribunal se deu após recursos impetrados por dois cidadãos ucranianos e uma cidadã da Moldávia que foram proibidos de permanecer em território russo apenas porque são soropositivos. Após a decisão do tribunal, ambos os casos serão revistos.

 “Diante da combinação desses fatores, é inaceitável deportar um cidadão estrangeiro, negar-lhe a entrada no país ou não fornecer a ele a autorização de residência temporária”, explica juiz Nikolai Mélnikov, acrescentando que esses estrangeiros não estão violando a legislação nacional.
Atualmente, indivíduos estrangeiros que se encontram legalmente na Rússia tornam-se indesejados se “representarem uma ameaça real para a saúde pública”. No caso de diagnóstico de infecção por HIV, essas pessoas são geralmente deportadas.
Além disso, a autorização de permanência temporária no país é obtida somente após a apresentação do certificado de não infecção pelo HIV ao Serviço Federal de Migração (FMS, na sigla em russo).
Cabe lembrar que, em fevereiro passado, a presidente do Conselho da Federação (Senado russo), Valentina Matvienko, havia declarado que existe a necessidade de elaborar uma lei para estabelecer as normas de deportação de imigrantes com Aids ou tuberculose.
“Em um período de dificuldades econômicas, o Estado não pode assumir a responsabilidade por pessoas que vêm do exterior já portando essas doenças. Outra coisa, é se a pessoa estava trabalhando na Rússia e adquiriu a enfermidade. Nesse caso, é preciso fazer todo o possível para prestar assistência a ela aqui”, disse Matvienko.
Conquista social
“Uma pessoa soropositiva não deve a priori ser considerada perigosa para a sociedade”, disse à Gazeta Russa Maria Onúfrieva, diretora da ONG ‘Comunidade de pessoas que convivem com o HIV’. “Se uma pessoa constituiu família, toma medicação e está sob a supervisão de um médico, recusar a autorização de sua entrada no país ou deportá-la com base apenas na presença da infecção pelo HIV é claramente uma violação de direitos.”

Onufrieva acredita que a determinação do tribunal é uma grande conquista no campo da proteção dos direitos das pessoas com HIV eque a legislação nessa área deve ser objeto de revisões periódicas. “A família é um valor incondicional e seus interesses devem estar significativamente acima da política de migração”, acrescentou.  
O presidente da ‘Liga da proteção dos direitos dos pacientes’, Aleksandr Séverski, observa, contudo, que até mesmo os soropositivos nascidos no país vêm enfrentando problemas. “Os empregadores procuram buscar informações sobre a saúde de seus funcionários e praticamente exigem que seja quebrado o sigilo médico”, afirma.
Muitas vezes, os temores com relação aos portadores de HIV são injustificados e acompanhados por comportamento inadequado, segundo o especialista. “É imprescindível que um trabalho de esclarecimento, no sentido de como se comportar, seja realizado pelo Estado e pelas ONGs”, concluiu.



Leigos Scalabrinianos Reunidos na Missão Paz


Estamos diante de um fenômeno um pouco diferente em relação ao passado. Hoje não vivemos simplesmente numa época de grandes migrações, e sim, numa época em que se vive em “estado de migração”. Alguns exemplos serão suficientes para elucidar a afirmação. Nos dias de hoje, além dos 250 milhões de pessoas que vivem fora do país em que nasceram temos milhões de pessoas que moram fora da região ou da cidade de origem (migrantes internos), milhões de pessoas que trabalham fora da região ou cidade em que residem milhões de pessoas que se deslocam temporariamente ou  por outras atividades. Além disso, não podemos esquecer os milhões de pessoas que, mesmo permanecendo na própria terra, vivenciam o “fato migratório” pela ausência cotidiana de familiares que migraram. Enfim, vivemos num mundo em mobilidade, num mundo onde os deslocamentos geográficos se tornaram cada vez mais normais, habituais.


Neste contexto se reuniram durante o domingo 22 de março nas dependências da Missão Paz aproximadamente 35  leigos de varias comunidades como Brasil, Argentina, Chile, Paraguai,Peru, Bolivia, Mexico , para aprender o significado do Bispo  João Batista Scalabrini  no caminhar das migrações. O  Seminarista Felimon Mexicano fala sobre a importância dos leigos junto a  missão dos  migrantes . Padre Luis Espinel  diz o que significa  ser um Leigo Scalabriniano “Ele é a pessoa que , tendo conhecimento de sua vocação batismal e de sua responsabilidade social, se propõe realiza La comprometendo-se   dentro do espírito e do carisma scalabriniano.


No final do evento foi  celebrada a missa pelos Padres Antenor Della Vecchia Alejandro Cifuentes , Paolo Parise, Luis Espinel e seminaristas Pierre Vertus e Ever ,para que os leigos se comprometam a um trabalho com os migrantes sempre na solidariedade na acolhida e no amor.


Miguel Ahumada