quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Estudo de economistas prova a importância dos imigrantes

Pesquisa revela que a economia americana melhoraria com a presença dos imigrantes.
Economistas tentam provar que a imigração é capaz de criar mais empregos nos Estados Unidos. No estudo “Immigration, Offshoring and American Jobs” (Imigração, Empregos no Exterior e Empregos na América, em tradução livre), dois professores mostram que os imigrantes são necessários para mover a economia do país.
Segundo uma coluna do poderoso The New York Times, assinada pelo professor de economia Tyler Cowen, da Universidade de George Mason, o estudo foi feito por Gianmarco I. P. Ottaviano da Universidade de Bocconi (Itália) e por Giovanni Peri. Este último e Greg C. Wright, que faz doutorado de economia, são da Universidade da Califórnia, campus Davis.
De acordo com os autores do estudo, a chegada de mais imigrantes ao país incentiva a criação de mais negócios, e portanto cria mais empregos. Os economistas alegam ainda que, quanto mais fácil encontrar mão de obra imigrante barata, menor a possibilidade de mandar a mão de obra para um país estrangeiro.
Segundo os economistas, o que afasta os empregos de baixo salário e empregos relacionados - os quais incluem gerentes com alta qualificação, técnicos e outros – é a mudança da produção para outro país. Para Ottaviano, Peri e Wright, a contratação de imigrantes, ainda que com baixos salários, ajuda a manter muitos empregos nos Estados Unidos.
De acordo com o estudo, à medida que aumenta o emprego de imigrantes em um determinado setor, diminui o envio de trabalhadores para o exterior, e vice-versa. Com isso, os economistas concluíram que os imigrantes podem estar competindo muito mais com os trabalhadores que vão para o exterior, do que com outros trabalhadores no país.
Segundo Cowen, outros estudos do professor Peri mostraram que imigrantes com baixa qualificação geralmente preenchem vagas do mercado de trabalho americano, aumentando assim as perspectivas de aumento da economia interna. Ocorre aí, de acordo com Cowen, o fenômeno dos “trabalhadores complementares”, aqueles que adicionam valor ao trabalho de outros.
Reconhecendo a força imigrante
Na coluna, o professor de George Mason afirmou que os imigrantes bem sucedidos ajudam os Estados Unidos a fortificarem as relações comerciais com países como o Brasil e a Índia, e a criar mais empregos. Segundo Cowen, o problema do desemprego no país está nas condições macroeconômicas e não na imigração ou no deslocamento de trabalhadores para outros países.
Segundo um estudo, o número de imigrantes da América Latina e do Caribe caiu em 22%, no período de 2007 a 2009, e a partida deles não teria afetado o mercado de trabalho americano. Tyler alerta para o fato de que os imigrantes consomem produtos fabricados nos Estados Unidos, o que ajuda a criar mais empregos.
Cowen disse ainda que o público normalmente não pensa nas coisas positivas trazidas pelos imigrantes. Segundo o professor, muitos trabalhadores americanos perderam seus empregos porque provavelmente foram substituídos por máquinas. Por outro lado, o professor diz também que muitos computadores e máquinas contribuem para a criação de mais empregos, fazendo bem à economia.
Finalizando, o economista disse que os céticos tiraram as esperanças de uma reforma imigratória. De acordo com Cowen, a imigração deveria ser vista como uma força criativa a favor da economia. Permitir a presença de mais imigrantes, qualificados ou não, aumentaria a receita e ajudaria o Social Security, na opinião do professor. Isto ajudaria a melhorar o ambiente de negócios, além de trazer mais compradores de imóveis, segundo Cowen.

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